Apresentadoras e convidado do 'Arraiá Em Casa' relembram memórias afetivas com as festas juninas

Divulgação Globo/João Miguel Júnior/Victor Pollak/Estevam Avellar/Multishow/Felipe Rufino
Pernambuco, Maranhão, São Paulo, França. É possível criar laços com as tradições juninas em todos esses lugares? A resposta do time do ‘Arraiá Em Casa’ é sim! No GNT, no Multishow e na TV Globo, a grande celebração da festa de origem nordestina que conquistou o Brasil é neste sábado, dia 27, em uma transmissão multiplataforma diretamente dos canais para as casas de todos os brasileiros. E para mostrar que nesse festejo tem lugar para todo mundo, o trio de apresentadoras da transmissão e seu convidado de honra relembram algumas das histórias e características que, para eles, remetem a esta época do ano.
 
Para a pernambucana Fabiana Karla, que comanda a transmissão na TV Globo a partir das 22h30, festa junina tem um cheiro muito familiar. “Sempre me vem à memória o perfume de casa, vindo da cozinha onde algumas tias e minha avó Zulmira estariam fazendo as canjicas e os bolos”, relembra. Além da apresentação do arraiá na emissora, Fabiana também participa de uma troca culinária especial com o chefe francês e apresentadora do Mestre do Sabor, Claude Toisgros, no GNT, na qual vai ensinar uma receita de mungunzá. Assim como ela, Claude tem uma relação bastante afetiva com a data. “A primeira vez que fui a uma festa junina foi com meus filhos pequenos. Todo ano as escolas promoviam esses festejos e foi assim que eu os conheci. Mas, na França, quando eu tinha 16, 17 anos, ia a bailes campestres que lembram muito os arraiás brasileiros, apesar de não serem necessariamente em junho”, detalha.
 
Já no Maranhão, o folclore junino do Bumba meu boi é uma das marcas registradas do estado. Thaynara OG, que faz a apresentação do ‘Arraiá Em Casa’ pelo GNT a partir das 20h, revela que cada item dessa tradição maranhense faz parte da sua própria história. “Acompanhamos uma programação para saber onde os grupos folclóricos vão se apresentar, visitamos as barraquinhas para comprar tortas de camarão com vatapá, torta de caranguejo, arroz de cuxá e outras comidas típicas. Todos vestidos com sua roupa xadrez. Ver a apresentação do Bumba meu boi, do Cacuriá, do Tambor de crioula, só no São João. É um período que a gente aguarda ansiosamente”, explica a influenciadora digital. 
 
Em São Paulo também tem festa junina e Laura Vicente, que apresenta os shows de Xand Avião, Fernando & Sorocaba e Matheus & Kauan no Multishow, a partir das 20h, conta que suas primeiras recordações são da infância. “As festas juninas fazem parte da vida da gente desde muito cedo, temos muitas memórias gostosas que foram criadas com elas. Como no coração de todos os brasileiros, a minha relação com festa junina sempre foi muito próxima. É uma data comemorativa que marca todo mundo desde criança, desde as festas na escola, com as brincadeiras”, descreve a apresentadora.
 
ParaQuemDoar.com
A solidariedade terá lugar no ‘Arraiá em Casa’ através da plataforma ParaQuemDoar.com.br, desenvolvida e lançada pela Globo para quem deseja apoiar institutos, fundações, entidades e movimentos sociais que estão trabalhando para minimizar os impactos da pandemia. Durante a transmissão da festa ao vivo, no dia 27, o público poderá realizar doações por meio da plataforma para projetos do nordeste e de todo o Brasil.
 
Confira, a seguir, a entrevista completa com o time da transmissão:
 
Fabiana Karla
 
Quais são suas principais memórias da época das festas juninas?
Sempre me vem à memória o perfume de casa, vindo da cozinha onde algumas tias e minha avó Zulmira estariam fazendo as canjicas e os bolos.
 
Como você, nordestina raiz, viu a iniciativa desse evento cultural não ficar de fora da programação durante a quarentena?
É uma ótima oportunidade de fazer um lindo resgate cultural e, ao mesmo tempo, trazer alegria para todas as pessoas que todo ano estão envolvidas, seja trabalhando ou desfrutando dessa festa tão simbólica para todos, principalmente para o meu povo nordestino. Achei muito oportuno darmos as mãos nesse momento, mesmo que virtualmente, como uma grande quadrilha junina. Vamos aquecer os corações como uma fogueira de São João!
 
Tem sugestões para o público de casa melhor aproveitar o evento? 
Se arruma, toma um quentão, arrasta os móveis e curta a festa! E ainda passa mensagem para os grupos da família para todo mundo curtir juntinho. E manda a foto para a gente!
 
Na sua decoração de festa junina não pode faltar...?
Na minha decoração não pode faltar balões e bandeirinhas... Ah, e uma toalha de mesa de chitão, bem bonita, que o visual tá garantido.
 
E quais músicas têm a cara do São João de Pernambuco?
“Tareco e Mariola”(Flávio José), “É de dar água na Boca” (Nando Cordel e Amelinha), “Meu Cenário” (Petrúcio Amorim) e “Devagar” (Jorge de Altinho).
 
Thaynara OG
 
Já virou tradição o “São João da Thay”, no Maranhão. Como é para você participar, agora, de uma festa como essa no mundo digital?
O “São João da Thay” estaria na quarta edição em 2020. Infelizmente teve essa pandemia e várias datas comemorativas passamos dentro de casa, inclusive o meu aniversário. Para mim é um pouco diferente porque a festa que eu faço é um momento para reunir pessoas de todos os cantos, ver os convidados de todo o Brasil se encantando com o folclore do Maranhão. São cerca de cinco mil pessoas participando do início ao fim, além de atrações musicais que vêm para o estado. A principal diferença vai ser fazer tudo isso virtualmente e com pouca gente. Mas, de qualquer forma, já me dá uma alegria danada porque a data não vai passar em branco. O ‘Arraiá Em Casa’ vai ser muito bonito. São três canais transmitindo a festa, três atrações musicais e um time de apresentadoras para segurar essa transmissão durante horas; tem tudo para ser inovador. Com certeza vai ser uma chance de matar a saudade de um período que a gente tanto ama.
 
Sem a possibilidade de ir às ruas celebrar o “São João” por conta do Isolamento social, do que vai sentir mais falta? 
Dos arraiás espalhados pela cidade! Aqui no Maranhão, geralmente acompanhamos uma programação para saber onde os grupos folclóricos vão se apresentar. Visitamos as barraquinhas, vemos o cardápio de cada uma, entramos na fila para comprar tortas de camarão com vatapá, torta de caranguejo, arroz de cuxá e outras comidas típicas. Todos vestidos com sua roupa xadrez. Além, claro, de ver as apresentações de dança folclórica. Tudo isso vai me fazer uma falta enorme! Comida típica a gente até pode fazer em casa em outras épocas do ano, mas ver a apresentação do Bumba meu boi, do Cacuriá, do Tambor de crioula, só no São João. É um período que a gente aguarda ansiosamente.
 
Como essa falta será recompensada no ‘Arraiá Em Casa’?
O “São João da Thay” dá muito destaque para o folclore maranhense. Já o ‘Arraiá em Casa’ vai ser a festa de todo o Brasil. Vamos apresentar como são as festas juninas em cada canto do país, teremos cantores de diferentes estados, vamos falar das comidas típicas. Acho que essa festa tem esses três pilares fortes: música, comida e tradição. Tudo isso a gente vai ter no ‘Arraiá Em Casa’. Vai ser uma coisa linda de ver, estou bem ansiosa.
 
Qual a importância em levar uma festa tão tradicional do Nordeste para o país todo?
Primeiramente é a de matar a saudade de quem está sofrendo com a falta dela nesse período. Essa é uma festa muito esperada o ano todo, especialmente aqui no Nordeste. A gente ama muito. Vai ser um jeito de aquecer o coração da galera de uma forma segura, com todo mundo em casa, mas não menos animada, porque vai ter animação, sim! Também é uma oportunidade de levar o folclore de cada lugar, que é tão único, para o Brasil todo. Para mim, parecem vários países dentro do Brasil de tão diferente que é a nossa cultura em cada canto. Essa festa vai despertar a curiosidade dos brasileiros para conhecerem mais o próprio país e toda sua riqueza. 
 
Na sua opinião, o que faz as festas juninas serem tão amadas no país inteiro?
É uma festa que não tem idade, para toda a família curtir junta. É uma programação que os meus avós adoram, mas minhas primas mais novas adoram também. Dá para ir com a família, com os amigos. Não tem idade para curtir, é uma festa de todos, que abraça todo mundo. Para mim esse é um grande diferencial, além das comidas típicas e da questão cultural envolvida nela, que nos faz ter orgulho da nossa raiz, da nossa origem, da nossa identidade regional. Tudo isso a gente sente com mais força nas festas juninas, por isso elas são tão aguardadas e tão amadas.
 
Laura Vicente
 
Qual é a sua relação com Festa Junina?
Como no coração de todos os brasileiros, a minha relação com festa junina sempre foi muito próxima. É uma data comemorativa que marca todo mundo desde criança, desde as festas na escola, com as brincadeiras. E é uma festa que tem marcas muito regionais também. Em cada região que vamos, vemos algo novo e característico em sua festa junina. Há dois anos fui cobrir o “São João da Thay”, no Maranhão, com a Thaynara OG, e foi muito legal notar essas diferenças especialmente nas festas juninas do Nordeste. 
 
Quais são as expectativas para o evento?
Uma das maiores festas do Brasil vai dar seu jeito de fazer e acontecer, mesmo à distância e com isolamento social. Eu me sinto muito lisonjeada de representar o Multishow nesse Arraiá. Uma das coisas mais preciosas das festividades juninas é ver a pluralidade do brasileiro e como se festeja em cada canto do país, e é exatamente isso o que a gente vai mostrar com o ‘Arraiá Em Casa’.
 
Para você, qual é o lado positivo da versão online do evento, neste ano?
Acho que um dos movimentos mais importantes em meio ao que estamos vivendo é, de alguma forma, repensar, nos reinventar e nos redescobrir. O entretenimento, a cultura  e o jornalismo têm tido papel importantíssimo nesse momento tão difícil, seja pra informar, divertir, entreter e até fazer a gente arrastar os móveis de casa e fazer dali mesmo um arraiá, né não?
 
O que representa, para você, participar desse arraiá online?
Para mim representa muita coisa. As festas juninas fazem parte da vida da gente desde muito cedo, temos muitas memórias gostosas que foram criadas com elas. O dia de São João é comemorado de diversas formas pelo Brasil e eu já tive o prazer de acompanhar alguns deles. Estou feliz de fazer parte de um projeto tão grande para levar um pouco de alegria para a casa de cada pessoa que nos acompanhar neste sábado. E, além disso, temos uma ação social rolando, no Praquemdoar.com.br, que vai ajudar a minimizar os impactos causados pela pandemia.
 
Claude Troisgros
 
Você é o francês mais brasileiro que existe. Você costuma ir às festas juninas? Qual a sua melhor recordação?
A primeira vez que fui a uma festa junina foi com meus filhos pequenos. Todo ano as escolas promoviam esses festejos e foi assim que eu os conheci. Mas, na França, quando eu tinha 16, 17 anos, ia em bailes campestres que lembram muito os arraiás brasileiros, apesar de não serem necessariamente em junho.
 
Tem alguma das comidas típicas que você mais gosta de preparar?
As comidas de festa junina são realmente muito típicas e não fazem parte da minha cultura gastronômica. São comidas que você só encontra nessa época e que durante o resto do ano são até difíceis de achar e comer. Mas, a canjica doce com leite de coco ou até canjiquinha de frango são pratos que eu gosto muito de fazer em casa.
 
Como foi o processo de escolha das receitas para o especial? Foi fácil decidir o que preparar?
Na realidade, a receita que eu escolhi para preparar no especial não é tipicamente de festa junina, ela é uma mistura do que eu faço: essa coisa de valorizar o produto brasileiro, mas com minhas técnicas francesas. A Fafá, que é a cozinheira da minha casa, fez um dia desses um bolo de tapioca que me encheu de alegria. Eu pedi a receita e refiz do meu jeito, mais leve, com menos gordura e farinha. E aí me veio a ideia de empanar os bolinhos de tapioca com açúcar e canela, lembrando um pouco a rabanada.
 
Você e o Batista são pessoas que vieram de lugares muito diferentes, mas compartilham uma amizade sólida e de parceria. Como se dá essa troca cultural entre vocês?
A gente se conhece há 38 anos. Batista foi a primeira pessoa que trabalhou comigo no meu primeiro restaurante, o Roanne, então a gente tem uma sinergia muito grande. O que faz essa troca cultural ser fácil é o fato de nós dois termos vindo de cidades pequenas, no interior. Além disso, nós dois viemos de famílias humildes, onde a cozinha familiar era muito importante, onde tios, avós, filhos, todo mundo se juntava em volta de uma mesa, então a gente tem essa mesma história, essa mesma educação. A gente se entende com sabores diferentes, mas com a mesma pegada.

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