'Que Mundo É Esse?' chega ao Globoplay com um novo olhar sobre o Japão atual

Divulgação Globo
Dando sequência à estratégia do Globoplay de trazer, cada vez mais, informação e temas relevantes que dialoguem com a sociedade através de documentários originais, a plataforma se une à GloboNews de forma inédita para exibição em primeira janela da nova temporada do ‘QMEE?Japão’. A série, em cinco episódios, foi gravada no início de fevereiro e tinha como objetivo inicial apresentar o Japão neste ano importante, considerado como uma nova era para os japoneses por causa da proclamação do novo imperador e também  pela realização dos jogos olímpicos que seriam realizados em julho.
 
Ao  mesmo tempo que André Fran, Rodrigo Cebrian e Michel Coeli desembarcavam em Tóquio, um cruzeiro atracado no porto de Yokohama, próximo à capital japonesa,  era o segundo maior epicentro de COVID-19, além de Wuhan, na China, onde teve início a contaminação do vírus. Ao todo, mais de 700 pessoas foram infectadas e 10 passageiros morreram no navio Diamond Princess. Por segurança, autoridades japonesas estavam restringindo o acesso de jornalistas ao local.
 
Contando com a ajuda de um taxista local, André, Rodrigo e Michel conseguiram credenciamento e tiveram acesso para ficar o mais próximo possível para ver a situação daquelas pessoas, experiência que será mostrada no primeiro episódio da série que estará aberto para não assinantes.  “Era uma espécie de Big Brother do coronavírus naquele momento. Além de nós, tinha imprensa do mundo todo e ficamos em um cercado a cerca de 100 metros do navio. Dali era possível acompanhar os viajantes presos, em quarentena, que recomeçava sempre que um novo caso era confirmado no navio”, revela Rodrigo Cebrian.
 
A partir daí, o "Que Mundo É Esse?" começa a mergulhar cada vez mais na cultura do Japão e conhecer melhor como os antigos costumes ainda interferem na vida dos novos japoneses. A equipe vai até a cidade de Nara, onde conversam com aprendizes de "gueixa" para entender o quanto essa tradição milenar está atualizada com os conceitos atuais de feminismo. “Apesar de ser um país globalizado e completamente desenvolvido tecnologicamente, eles ainda lidam alguns assuntos de forma muito arcaica, como a submissão das mulheres. Entre os países de primeiro mundo, eles são um dos piores lugares em igualdade de gênero”, afirma André Fran.
 
Também nesta temporada, o programa viaja para Aokigahara, para conhecer a lendária "Floresta do Suicídio", local em que dezenas de pessoas vão, anualmente, para tirar as próprias vidas. Outro ponto visitado pela equipe foi o famoso mercado de peixes de Tóquio, região onde é possível encontrar a venda da carne de baleia, aspecto cultural e muito criticado por ambientalistas do mundo todo.
 
Além de mostrar um grupo de jovens contemporâneos que pratica Kart Cosplay no meio das ruas de Tóquio, o “Que Mundo É Esse?” também visita Hiroshima e vê de perto os impactos da bomba atômica e suas consequências, até hoje, para os japoneses. Ao final de uma visita ao Museu da Paz, André, Rodrigo e Michel têm a valiosa oportunidade de conversar e aprender com um sobrevivente do ataque de 6 de agosto de 1945, que mudou para sempre a história do Japão.
 
Entrevista com equipe do ‘Que Mundo É Esse?’: André Fran, Rodrigo Cebrian e Michel Coelhi
 
Como surgiu a ideia de gravar a nova era no Japão no ano dos Jogos Olímpicos?

Rodrigo Cebrian
A gente sabia que, com a mudança do imperador, isso teria um significado muito importante para a cultura e toda comunidade japonesa. Eles chamam de ano zero exatamente por ser uma nova era. É a chance deles de reverem vários conceitos da sociedade japonesa, desde a relação com as mulheres até as relações com o trabalho e muito mais. Como tínhamos feito na Rússia alguns meses antes da última Copa do Mundo, achamos interessante dissecar o Japão nessa nova era de um jeito novo. A gente queria ir lá e mostrar um país diferente, pelas pautas que já conhecíamos, mas através de uma nova visão.
 
Vocês desembarcaram no Japão no meio da situação envolvendo o cruzeiro Princess Diamond. Como foi vivenciar um caso tão marcante no meio de toda essa pandemia do coronavírus? 

André Fran
Ainda não tinha sido decretada a pandemia, então, havia muita incerteza de como seria e qual dimensão ia ganhar essa história do coronavírus. Naquele momento, o Diamond Princess era o maior foco de contaminados pelo COVID-19, além de Wuhan, na China, que foi o epicentro de tudo. A gente sabia que estar ali e chegar perto do navio era uma pauta muito importante, mas só depois tivemos a dimensão do que representava aquele navio e o início da pandemia global, que se agravou em seguida.
 
Com a pandemia crescendo no mundo todo, vocês tiveram que adaptar o roteiro do ‘Que mundo é esse?’

Michel Coeli
A gente não tinha esse foco de falar do coronavírus, mas falar da cultura japonesa, do novo imperador, das Olimpíadas sob a ótica do programa que é  fazer um retrato atual do país. Uma pauta que surgiu durante as gravações foi sobre o bloqueio de navios chineses para atracarem no Japão por conta do risco da doença. Esse fato chamou nossa atenção de que aquele vírus poderia impactar gravemente na economia de um país. Essa adaptação de roteiro é algo comum para nós. Como gravamos um material documental, algo muito orgânico, muita coisa acontece durante a viagem e a gente tem que estar muito aberto para abordar situações ou casos não previstos.
 
Você já tinha visitado o país anteriormente? O que mais chamou mais sua atenção nesse “novo” Japão?

Rodrigo Cebrian
Eu tinha ido há 15 anos  e, obviamente, foi muito diferente essa nova visita. Ao fazer o ‘Que mundo é esse?’, a gente se aprofunda em várias pautas e não apenas em um assunto específico. Além disso, o que chamou atenção foi o esforço deles para receber os jogos olímpicos, que será um primeiro evento de escala mundial em que receberão pessoas de vários países. Eles estão com uma preocupação muito grande na imagem do Japão como um povo receptivo, já que os japoneses têm uma fama de serem mais fechados.
 
O que mais chama sua atenção na cultura japonesa?

André Fran
O mais me chama atenção é esse contraste de como eles são. Temos Tóquio, que é a maior metrópole do mundo, mas, ao mesmo tempo, é muito organizada, os metrôs são silenciosos e o povo é respeitoso. Eles têm avanços tecnológicos impressionantes que ajudam a evitar catástrofes, mas parecem um parque de diversões de tão moderno. Paralelo a isso, os japoneses lidam com alguns assuntos de forma arcaica ainda, como a submissão das mulheres. É curioso pensar como esses contrastes representam tanto esse país.
 
O que o telespectador poderá esperar dessa nova temporada de ‘Que Mundo é esse?’ 

Michel Coeli
O público poderá esperar o que a gente normalmente faz no ‘Que Mundo é Esse?’: desmitificar algumas situações especificas dos países e mostrar coisas que as pessoas não faziam ideia. A maioria acredita que o Japão é muito para frente, muito moderno, muito tecnológico, mas às vezes esquecem ou não sabem que o Japão tem um lado muito tradicional em vários aspectos. Então, a gente toca nesses assuntos e mostra um outro lado que as pessoas desconhecem. 
 
Rodrigo Cebrian
Tem muitos assuntos interessantes que o público de casa vai adorar. Desde o início da pandemia, que tivemos a oportunidade de vivenciar de perto com o navio, como o costume natural de higiene dos japoneses, que todo o planeta está tendo que praticar com mais rigidez a partir de agora. O programa também terá muita coisa interessante da cultura geek e da mistura de personagens de videogame com mangás e animes. Quem tiver a curiosidade de enxergar a cultura japonesa de uma forma diferente, o ‘Que Mundo é esse’ vai ser muito interessante e surpreendente.
 
André Fran
O que o telespectador poderá conferir nessa temporada no Japão é que terá muita coisa de vivência, de experimentação, de aventura, de surpresa para contar um pouco sobre as principais histórias que marcam o país atualmente. Tem muita coisa de informação e de entretenimento, que é bem a cara do ‘Que mundo é esse?’.

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