Sucesso do cinema brasileiro no mundo é tema do Caminhos da Reportagem, na TV Brasil

Divulgação TV Brasil
A edição inédita do Caminhos da Reportagem que a TV Brasil exibe às 20h de domingo (14) mostra o crescente sucesso de filmes brasileiros no exterior e no próprio Brasil até o começo da pandemia global. E revela como a indústria audiovisual tem sido afetada com o coronavírus.

Só no Brasil, a indústria cinematográfica e seu giro de R$ 17,635 bilhões tiveram mais peso no PIB que atividades como a indústria têxtil (R$ 15,548 bilhões), a produção de açúcar (R$ 12,726 bilhões), a indústria de cosméticos (R$ 11,398 bilhões) e o transporte aéreo (R$ 10,042 bilhões), como mostram as informações do Contas Nacionais de 2017, divulgadas pelo IBGE.

No exterior, a produção do Brasil já é reconhecida pela qualidade e criatividade, como no Marché du Film, maior mercado de cinema do mundo, que ocorre durante o Festival de Cannes, na França, cuja edição deste ano foi cancelada. Apenas o Marché du Film vai ocorrer, de forma online, entre 22 e 26 de junho.

A pandemia de Covid-19 deve ter um grande impacto na indústria cinematográfica de todo o mundo e, consequentemente, em todo o dinheiro que essa economia movimenta. Salas de cinema do mundo inteiro foram fechadas, produções de filmes paradas, estreias adiadas e festivais de cinema cancelados. Mas a crise gerada pelo coronavírus também abriu espaço para um setor dentro da indústria de audiovisual que já estava em crescimento: o streaming.

Em 2019, uma pesquisa do Ibope Conecta e Omelete Group indicava que o setor deveria arrecadar R$ 180 bilhões de reais, número que pode ser ainda maior com o isolamento social, já que as pessoas passaram a consumir mais os serviços de filmes e séries sob demanda.

No ano passado, o Brasil teve oito filmes exibidos em Cannes, uma das mais competitivas mostras do mundo. "Bacurau" levou o prêmio da crítica, mas não foi a primeira vez que o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho esteve no festival: em 2016, concorreu com "Aquarius". Ainda no ano passado, o brasileiro A Vida Invisível de Euridice Gusmão, do cineasta Karim Aïnouz, venceu a mostra paralela Un Certain Regard.

Para Karim Aïnouz, os prêmios são reflexo da qualidade do que é produzido no Brasil e é preciso dar continuidade ao que está sendo desenvolvido. "É muito importante que a minha geração e a geração que vem depois da gente façam um cinema que chegue ao público, um cinema que encante, que assombre, que nos deixe alegre, que nos deixe com raiva, mas mexa com a gente".

Durante o Marché du Film no ano passado, vários diretores e produtores brasileiros fizeram negócios e fecharam coproduções. A diretora Lais Bodanski, que fez "Bicho de Sete Cabeças" e "Como Nossos Pais", e que hoje é presidente da SP Cine, enfatizou a importância do Brasil nesse mercado. "A gente não é um país qualquer, a gente tem voz, é mercado, economia consumidora e também uma economia que realiza", afirmou.

Não é de hoje que o cinema brasileiro é reconhecido mundialmente. O diretor Bong Joon Ho, ganhador do Oscar de 2020 com o filme Parasita, reconheceu em entrevistas à imprensa que "Deus e o Diabo na Terra do Sol", do cineasta brasileiro Glauber Rocha, foi um filme que nunca lhe saiu da cabeça.

Desde a década de 30 do século passado, a produção brasileira chama a atenção internacional. "Banana da Terra", de Ruy Costa, lançou Carmen Miranda internacionalmente, numa carreira que contou com 14 filmes feitos nos Estados Unidos mais tarde. O "Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, levou a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962, e no ano seguinte foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" também concorreu à Palma de Ouro e deu visibilidade internacional ao Cinema Novo.

De lá para cá, a indústria cinematográfica brasileira teve altos e baixos. Nos últimos anos, além de ter uma participação considerável no PIB do país, as produções de audiovisual passaram a gerar arrecadação e empregos. Para cada real investido no cinema brasileiro, havia o retorno mínimo de três reais em tributos aos cofres públicos, segundo o Anuário 2018-2019 do Brasil Audiovisual Independente (BRAVI).

O programa ainda faz uma homenagem a atriz Anna Karina, musa da Nouvelle Vague, que faleceu no final de 2019. Meses antes, ela havia dado uma entrevista à equipe do Caminhos da Reportagem, a última de sua vida, que vai ao ar, com exclusividade, no programa do próximo domingo.

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