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O CMO da operadora, Márcio Carvalho, afirmou hoje, 15, durante o evento Streaming Brasil, realizado pelo site Teletime, que a companhia trabalha com essas possibilidades caso a regulação do setor de TV por assinatura seja alterada. Atualmente, há intenso debate no Congresso, na Anatel e na Ancine a respeito da validade da Lei do SeAC para apps das programadoras que fornecem seus canais para as operadoras.
''A nossa estratégia depende muito da Lei do SeAC. A partir do momento em que houver um entendimento distinto, avaliamos a possibilidade não só de transmitir conteúdo linear pelo Now. E havendo o entendimento que o OTT está fora do SeAC, pensamos também em produção de conteúdo'', afirmou o executivo.
Segundo ele, a questão é urgente e precisa ser resolvida logo, pois vem travando aportes financeiros no país. Ele criticou o fato de que as operadoras estão sujeitas a regulação, obrigações e tributos diferentes dos que incidem sobre os serviços OTTs. Assim, se houver permissão, todos os operadores vão eventualmente migrar para OTTs próprios.
''O problema regulatório é grave porque inibe o investimento e inibe a inovação. O jeito errado de regular é regular por tecnologia. O correto deveria ser regular o serviço, que é a arte de entregar o conteúdo para o consumidor'', acrescentou.
Vale lembrar que a Anatel defende alterações na Lei do SeAC a fim de permitir a propriedade cruzada entre produtoras e operadoras, além da revisão dos tributos incidentes sobre o segmento. E também que a Claro já se manifestou antes pelo fim da Lei do SeAC, via pressão do setor no Congresso Nacional.
JÁ A VIVO TEM PLANOS MAIORES NESSA AREIA...
Alfredo Souza, diretor de marketing da Vivo, diz que em sua empresa os planos são outros. A intenção ali é fazer do Vivo Play, aplicativo e plataforma de TV Paga, uma grande central de entretenimento. Uma ferramente, explicou, capaz de integrar conteúdos de todos os players do mercado, como Netflix e canais lineares.
''A Vivo tem o objetivo de ser uma distribuidora de serviços digitais. O streaming é hoje um dos principais mercados de consumo de conteúdo. E nós como, telco, podemos agregar de duas formas: faturamento, na capacidade de ser plataforma de pagamento para o cliente desses serviços, por quem não é bancarizado, ou para agregar numa fatura única; e criar a plataforma que distribua os conteúdos. No final o cliente que vai decidir onde e como consumir'', disse.
Quanto à capacidade de distribuir conteúdo, ele disse que a virtude do Vivo Play é conseguir retirar as paredes de aplicativos diversos. ''Hoje no vivo play existe a capacidade de colocar o cliente navegando, no mesmo nível de destaque, um conteúdo linear, um lançamento da hbo, uma série de comédia da netflix. Tudo isso junto, meio que transparente para o cliente'', acrescentou.
*Com informações Telesintese.