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No domingo (12), às 6h, vai ao ar na TV Brasil mais um episódio de O Olhar que Vem de Dentro. Esta semana, a série mostra as práticas do Nagô de Pernambuco – religião de matriz africana nascida no Nordeste do Brasil –, pela visão de um garoto de sete anos que precisou deixar duas escolas após ser vítima de intolerância religiosa.
“Eu sofria muito bullying, não tinha muitos amigos. Aquela escola era evangélica e eles faziam brincadeira que não era boa. Depois começavam a me xingar”, diz o menino Thalisson Luiz, que precisou mudar de colégio. Mas, tão logo revelou a um dos novos colegas sua religião, os atos de discriminação recomeçaram. “Começou a me chamar de ‘macumbeiro, neguinho, feio’. Aí, no mesmo dia, outro menino me bateu. Deu chute em mim, bateu minha cabeça três vezes na parede. Eu já estava traumatizado com esse negócio, tive que sair da escola.”
"Eu sou de Xangô, Ogum e Oxum." Assim se define ao relatar suas vivências com o Nagô de Pernambuco. Thalisson explica a história de cada Orixá e como ele pratica essa religião, presente em sua família há cinco gerações.
Realização da Saci Filmes, Olhar que Vem de Dentro parte da realidade de jovens e crianças para estimular a reflexão sobre espiritualidade. A série permite ao público acompanhar vivências espirituais e perceber a riqueza da religiosidade nacional. Destaque para o ecumenismo, a convivência harmônica de credos e o sincretismo, características das crenças no Brasil.
Com 13 edições de 13 minutos, a série investiga como o bullying e o respeito inter-religioso são pautas importantes no universo infantojuvenil. Crianças de diferentes idades e de várias regiões do país contam o que vivenciam nos credos e explicam os desafios que enfrentam por causa da fé, seja na escola, seja em família e na comunidade, em geral. O Olhar que Vem de Dentro tem direção de Sérgio de Carvalho, Pedro Von Kruger e Pedro Sotero.
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