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Nesta segunda-feira, dia 13, o cantor e compositor Tiago Iorc fala sobre a sua volta à vida pública, após a pausa de mais de um ano na carreira, e as lições aprendidas durante o seu período de distanciamento voluntário, ou de “retorno a mim”, segundo as suas próprias palavras. Na conversa com Pedro Bial, o convidado também comenta sobre a influência e o papel das redes sociais na vida das pessoas, a origem e essência do seu mais recente trabalho, o disco ‘Reconstrução’, além de suas reflexões pessoais sobre o mundo que surgirá pós-pandemia.
Há tempos, Tiago Iorc conquistou um lugar de respeito no cenário musical. Por isso, quando o cantor anunciou, em 2018, dois anos antes da pandemia que obrigou o mundo inteiro a praticar o isolamento social, que iria interromper a carreira e se auto exilar da vida pública, a reação de todos foi de incredulidade e surpresa. Na entrevista de hoje, Tiago Iorc explica as origens e motivações por trás deste movimento, afirmando ter sido uma busca pelo essencial e verdadeiro: “Independentemente do quão bom algo pareça, a hipersensibilidade, o estimular demais, pode deixar aquilo desinteressante. Naquele momento, eu entendi que estava fazendo demais, muitos shows, muitas entrevistas, muita exposição. E isso estava me tirando a sensibilidade de fazer aquilo que eu sempre fiz, desde pequeno. Senti que era um momento de relaxamento”. Apesar da segurança, o artista diz que o processo não foi fácil: “Não foi uma decisão simples. Em um primeiro momento, quando entendi que não havia outra escolha, eu relutei bastante e me arrependi muito. Mas, em um segundo momento, foi um alívio absurdo. Comecei a reencontrar prazeres que tinha pedido há muito tempo. Voltei a jogar futebol, fazer supermercado... Passava horas no mercado”.
Deste período sabático e de exílio particular, surgiu o seu mais recente trabalho, intitulado ‘Reconstrução’. A Pedro Bial, Tiago Iorc comenta sobre a essência deste disco: “A reconstrução veio no sentido de refazer esse caminho para encontrar o caminho novamente. A última frase do disco fala exatamente isso. Essa ânsia por querer encontrar explicação para as coisas, o propósito, é um processo muito interno e de introspecção”.
Ainda na entrevista, respondendo a uma pergunta quase obrigatória, Tiago reflete a respeito do mundo pós-pandemia: “Em todas as áreas, eu sinto que precisa ter um reentendimento do que é esse amanhã, de como isso vai nos alterar enquanto seres sociais e no trabalho de todo mundo. Enquanto as soluções estiverem olhando para a forma como eram feitas, talvez a gente não encontre a libertação para enxergar o que, de fato, vai vir”.
Tiago Iorc também comenta a sua relação com as redes sociais: “Eu aprendi que existe vida fora das redes”, e esclarece o desentendimento com a dupla Anavitória: “Está tudo certo. Foi uma infelicidade do mundo virtual”. Pedro Bial e o convidado também comentam sobre a importância e a beleza das palavras, lembrando o aniversário de 40 anos da morte de Vinícius de Moraes.
Amanhã, terça-feira, dia 14, o ‘Conversa com Bial’ traz entrevista com a atriz Betty Faria. Nos próximos dias, também participam da atração Ana Beatriz Nogueira e Zélia Duncan, em uma conversa sobre a situação das artes cênicas na pandemia, e os jornalistas e escritores Dora Incontri e Marcel Souto Maior, que falam sobre espiritismo no Brasil e a influência de Alan Kardec. Já a cantora Teresa Cristina fecha a semana, falando sobre as suas lives que reverenciam grandes artistas da MPB – e que viraram ponto de encontro na Internet.
Com direção artística de Mônica Almeida, o ‘Conversa com Bial’ vai a ao ar de segunda a sexta-feira, após o 'Jornal da Globo.
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