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No próximo dia 11 de outubro, quando é celebrado o Dia Internacional da Garota, a fase final da campanha Para e Pensa, resultado da parceria entre MTV e a Plan International irá invadir a programação e redes sociais do canal.
Nesta nova fase, além de dados que alertam sobre situação de risco as quais garotas menores de idade são expostas no Brasil e no mundo, a MTV vai dar holofote a algumas das garotas incríveis que deixaram sua marca na luta por essa causa. Entre elas Chimamanda Ngozi Adichie, Coco Chanel, Elisa Leonida Zamfirescu, Greta Thunberg, Malala Yousafzai, Maya Gabeira, MC Soffia, Patrícia Galvão - Pagu e Ruby Bridges.
O Dia Internacional da Garota foi criado em 2012 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de chamar a atenção para os direitos das meninas e jovens mulheres de todo o mundo. A data marca os progressos já realizados e enfatiza a necessidade de que medidas para eliminar a desigualdade de gênero continuem acontecendo.
Confira algumas das frases, fatos e dados que são exibidos pela MTV:
Frases
"Se um homem pode destruir tudo, por que uma garota não pode mudar tudo?"
"If one man can destroy everything, why can't one girl change it?"
Malala Yousafzai, aos 17 anos.
(Prêmio Nobel da Paz, 2014).
"Quero que você aja como se a casa estivesse pegando fogo, porque está."
"I want you to act as if the house is on fire, because it is."
Greta Thunberg, aos 16 anos.
(World Economic Forum, Davos, 24 January 2019).
"Ensine a uma garota que ‘papéis de gênero’ é uma ideia absurda."
"Teach her that ‘gender roles’ is absolute nonsense."
Chimamanda Ngozi Adichie - ‘Para Educar Crianças Feministas’
"Sou criança, sou negra. Também sou resistência. Racismo aqui não, se não gostou, paciência."
MC Soffia, aos 12 anos - ‘Menina Pretinha’
Fatos
Coco Chanel (França)
Tinha menos de 10 anos quando aprendeu a costurar e, é graças a ela, que as mulheres usam calças hoje.
Elisa Leonida Zamfirescu (Romênia)
Tinha 22 anos quando entrou na universidade de engenharia para se tornar a primeira mulher engenheira do mundo.
Ruby Bridges (Estados Unidos)
Tinha seis anos quando se tornou a primeira aluna negra a frequentar aulas numa escola que só tinha crianças brancas.
Maya Gabeira (Brasil)
Tinha 14 anos quando começou a surfar. Anos depois bateu o recorde mundial de maior onda surfada por uma mulher.
Patrícia Galvão, Pagu (Brasil)
Tinha 18 anos quando entrou no Movimento Modernista que marcou profundamente a literatura e as artes plásticas no Brasil.
Dados
Meninas de até 13 anos são mais de 50% das vítimas de estupro no Brasil.
36% dos abortos realizados legalmente são de adolescentes vítimas de estupro.
Fonte: IPEA, 2017 .
Brasil é o 4° país no mundo em casos de casamento com meninas antes dos 18 anos.
Fonte: Plan Internacional, 2020 .
5,5 milhões de crianças não têm o nome do pai no registro de nascimento.
Fonte: IBGE, 2018 .
Desigualdades de gênero empurram meninas pra longe da ciência.
Fonte: ONU Mulheres, 2019 .
400 mil adolescentes ficam grávidas todo ano no Brasil.
Fonte: AMB, 2019 .
Para e Pensa
A campanha Para e Pensa tem como objetivo aquecer as discussões sobre desigualdade de gênero na região, além de envolver e incentivar os jovens nesta causa. O objetivo é alertar não apenas as mulheres, mas a sociedade em geral, para esse problema que a pertence a todos. "Para e Pensa" está alinhada com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 5 que diz: "Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas " .
A campanha contou com diversas ações multiplataforma que compartilharam mensagens positivas, reconhecendo os esforços de quem está fazendo a diferença na luta pela igualdade de gênero. Dentre elas, vídeos informativos exibidos no canal de TV, posts nas redes sociais e lista de transmissão de conteúdo via Whatsapp para quem esteve interessado em receber o conteúdo, em primeira mão.
Para e Pensa foi lançada em 8 de março, quando a programação do canal foi invadida por depoimentos de mulheres que são destaque em seus países, intervenções gráficas com frases sobre a violência contra as mulheres e um QR Code fixo na tela levava a audiência ao Instagram da MTV, para acompanhar um carrossel com imagens desta iniciativa e também com a explicação do mote da campanha.
A campanha Para e Pensa não levou em consideração quem é de direita, centro ou esquerda, a questão levantada está acima de qualquer conversa partidária. Tampouco importou a religião, crenças, gostos ou convicções, o que importou foi combater as agressões contra as mulheres, em todas as suas formas. E esse é um problema de todes.
Violência em tempos de distanciamento social
Dados levantados pela Plan International retratam uma triste realidade: enquanto o isolamento social segue sendo muito importante para prevenir a disseminação da COVID-19, ficar em casa coloca mulheres e meninas em risco e tem como consequência o aumento a violência doméstica, além de afastá-las da educação, de serviços de proteção e da comunicação com meio externo via redes sociais. Segundo a Plan International, a América Latina possui os maiores índices de violência de gênero do mundo. Ainda segundo a ONG, até este momento, 743 milhões de meninas estão sem acesso à educação. Tal cenário reduz a oportunidade de desenvolvimento e contribui com o aumento da disparidade de gênero no futuro. Uma menina com educação defasada tem três vezes mais chances de se casar enquanto ainda é criança e torna-se também mais vulnerável. De acordo com a Plan International, se a orientação para ficar em casa perdurar até o fim do ano, 31 milhões de meninas e mulheres enfrentarão violência de gênero.
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