'A ARTE DO ASSASSINATO POLÍTICO': uma história que continua relevante 20 anos depois

Divulgação HBO

A HBO estreia nesta quarta-feira, 16 de dezembro, às 23h, A ARTE DO ASSASSINATO POLÍTICO, documentário sobre a investigação de uma história turbulenta que continua gerando interesse mesmo 20 anos após os acontecimentos. Dirigido por Paul Taylor e baseado no livro The Art of Political Murder, de Francisco Goldman, a produção busca a verdade por trás do assassinato em 1988 do bispo guatemalteco Juan Gerardi, que comoveu um país devastado por décadas de violência política.

Após o fim da Guerra Civil da Guatemala - um conflito violento entre as forças do governo e grupos rebeldes de esquerda - o bispo e ativista pelos direitos humanos Juan Gerardi apresentou um relatório acusatório descrevendo as atrocidades cometidas pelo Exército. Com o título Guatemala Nunca Más, o documento foi o resultado de um ambicioso projeto de investigação realizado durante três anos com a participação de mais de 600 voluntários. A imprensa chamou o trabalho de "O horror com nome e sobrenome", aludindo às mais de 50 mil vítimas identificadas da Guerra Civil. Dois dias após apresentar a investigação, Gerardi foi brutalmente assassinado na garagem da casa paroquial.

O assassinato motivou uma poderosa disputa entre a justiça e a corrupção nesta sequência de crimes políticos. Um grupo de jovens investigadores conhecido como "Os Intocáveis" assumiu o caso. Eles começam a desenterrar traições e comportamentos condenáveis que envolviam os mais altos níveis do poder e do governo. Mergulhando em um emaranhado de mentiras e crimes, o documentário enaltece os patriotas da Guatemala, pessoas que continuam fazendo seu trabalho apesar das intimidações e das pressões.

Produzido por George Clooney e Grant Heslov, A ARTE DO ASSASSINATO POLÍTICO une imagens de arquivo e entrevistas atuais com pessoas que participaram da revelação da verdade sobre o assassinato de Gerardi, muitas delas falando sobre seu legado. Entre os entrevistados estão Ronalth Ochaeta, diretor do Departamento de Direitos Humanos da Igreja Católica (ODHA, sigla em inglês); Edgar Gutiérrez, diretor do Projeto de Recuperação da Memória Histórica (REMHI), que trabalhou em colaboração direta com Gerardi; Francisco Goldman, autor do livro The Art of Political Murder; a ativista de direitos humanos Helen Mack; a jornalista Claudia Méndez Arriaza; os ex-investigadores de direitos humanos da ODHA, Rodrigo Salvadó, Arturo Aguilar e Fernando Penados; os ex-promotores especiais do Ministério Público da Guatemala, Otto Ardón e Leopoldo Zeissig; o detetive particular e advogado Jack Palladino; Mynor Melgar, ex-chefe da equipe jurídica da ODHA; e a testemunha ocular Rubén Chanax, cujo depoimento no julgamento foi determinante para mudar o rumo do caso.

Hoje, 20 anos após o assassinato, os cartazes e murais sobre o bispo Gerardi continuam nas ruas e as homenagens realizadas anualmente em todo o país mantêm vivo o seu legado de trabalho e, também, o de todas as pessoas que lutaram para revelar como o poder busca eliminar a oposição com impunidade. Gerardi foi um homem que representou a justiça em um país onde ela não existia.

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