TV Brasil investiga a batida do Carimbó e suas tradições

Divulgação

No domingo (17), o Caminhos da Reportagem a história do Carimbó: música, dança de origem indígena e patrimônio cultural brasileiro. A equipe de reportagem esteve em Belém, onde entrevistou alguns dos expoentes desse ritmo único. O programa vai ao ar excepcionalmente às 2h30 de domingo para segunda, na TV Brasil.

Ela é conhecida como a “Diva do Carimbó Chamegado.” Ele, o “Rei do Carimbó Moderno”. Juntos, Dona Onete e Pinduca estão entre os maiores artistas de Carimbó em atividade.

O programa conversou com Pinduca na casa dele. Considerado o grande responsável pela modernização do Carimbó, o artista relembra sua trajetória profissional, desde o preconceito que sofria, no início dos anos 1970, até a indicação de seu álbum para o Grammy Latino, em 2017.

“O Carimbó era rejeitado na sociedade, ninguém aceitava. Era uma pornografia perante a sociedade. Nessa época, a minha banda tocava twist, tocava rock. Aí espalhou o boato. O Pinduca tá tocando um tal de Carimbó. Eu peguei vaia, jogaram cerveja na cara, só porque eu estava tocando o Carimbó moderno”, lembra.

O Caminhos da Reportagem conversa ainda com a cantora carioca Eliana Pittman, que nos anos 1970 regravou alguns dos Carimbós mais conhecidos de Pinduca. “ O que mais me encantou na música dele foi a pureza, a simplicidade e o swing”, revela Eliana. “O Carimbó é swing. Eu adoro! Tem aqueles tambores que eles fazem lá e a gente conseguiu pegar a essência no contrabaixo. Isso é o que me encantou.”

Outra cantora que colocou a guitarra no Carimbó foi Dona Onete, que há dez anos faz sucesso na cena musical brasileira. Lançada ao estrelato em 2012, depois da participação no filme “Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios", Dona Onete já está no terceiro álbum, “Rebujo" (2019).

Para mostrar as “outras batidas de Carimbó”, em contraponto ao Carimbó mais tradicional chamado de “Pau e Corda”, o programa conta ainda a história de um Carimbós que ganhou destaque na voz de Fafá de Belém, em seu disco de estreia, em 1975. “Este rio é minha rua” é uma composição de uma das mais importantes duplas na música paraense: Ruy Barata e seu filho, Paulo André Barata. Ruy é autor da letra e um dos maiores poetas amazônicos. Se vivo, teria completado 100 anos em 2020.

“A música 'Este rio é minha rua' foi feita de encomenda para um filme chamado 'Brutos Inocentes' (1974), do cineasta paraense Líbero Luxardo. E aí a Fafá de Belém, quando ouviu, disse 'eu quero gravar essa música!'", conta Tito Barata, jornalista e filho do poeta Ruy Barata.

Para Fafá de Belém, “Ruy Barata, indiscutivelmente, é o maior poeta amazônico. Eu digo que é o maior poeta porque nem toda poesia pode ser musicada, e nem toda letra de música é poesia. E Ruy, com maestria, era o grande poeta, com música ou sem a música”, destaca a cantora.

Produção jornalística semanal da TV Brasil, o Caminhos da Reportagem convida o telespectador a uma viagem pelo país e pelo mundo em temas atuais e polêmicos. Uma das principais atrações jornalísticas do país, o programa vai ao ar aos domingos, às 20h. As matérias ficam disponíveis na página do programa (tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem), no aplicativo EBC Play e no site play.ebc.com.br.

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