"Por Onde Anda Makunaíma?", vencedor do Festival de Brasília, estreia no Curta!

Divulgação

Após ser bem recebido em festivais, ''Por Onde Anda Makunaíma?'' — vencedor da Mostra Oficial de Longa-Metragem do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2020 — estreia na TV com exclusividade no canal Curta!. O premiado filme do diretor Rodrigo Séllos relembra o célebre anti-herói de Mário de Andrade, conhecido por metaforizar o povo brasileiro, em um resgate histórico e cultural.

O documentário não se concentra apenas na encarnação modernista desse personagem. Séllos, que também atua como montador no longa, conduz o espectador ao seu mito de origem (em que “Makunaíma” é grafado com a letra k), registrado nos escritos do etnólogo alemão Koch-Grünberg, feitos em 1910, durante a convivência com povos indígenas da tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana. Após a rapsódia modernista, o personagem passa por representações no cinema e no teatro, até chegar à contemporaneidade com a pergunta: se fosse revisto hoje, por onde andaria Macunaíma?

Com depoimentos em três diferentes línguas — português, espanhol e inglês — e em três diferentes linguagens — oral, escrita e audiovisual —, o filme sai em busca de ilustrar um pouco do multiculturalismo brasileiro, através de um “molho” de diferentes vozes e olhares acerca desse personagem. Entre os depoentes estão os atores Paulo José e Joana Fomm, que são convidados a assistir novamente ao filme “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade — um clássico do Cinema Novo no qual ambos atuaram, em 1969.

Em uma mistura antropofágica — tal qual fariam os nossos modernistas —, o filme conecta diversos pontos de vista e une cinema, culturas popular e erudita, política, literatura e pesquisa acadêmica. O longa também tem uma relação antropofágica com os vários tipos de imagem dos quais se utiliza: takes aéreos de paisagens naturais e urbanas, entrevistas, cenas cotidianas em aldeias indígenas e em grandes cidades, fotografias, vídeos antigos, além de trechos de peças de teatro e de produções cinematográficas. 

Séllos mescla, ainda, a linguagem documental e ficcional, quando transforma o próprio Mario de Andrade em uma espécie de narrador-personagem: “Eu copiei o Brasil, ao menos naquela parte que me interessava satirizar o Brasil por meio dele mesmo”, revela o escritor através da interpretação vocal do ator Pascoal da Conceição.

“Por Onde Anda Makunaíma?” é uma produção da Platô Filmes com coprodução da Boulevard Filmes, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual. Estreia na Quinta do Pensamento, 18 de março, às 22h20.

Chico Buarque por ele mesmo no especial ''Chico e As Cidades''

Em um depoimento íntimo e sensível, o cantor e compositor Chico Buarque protagoniza o documentário ''Chico e as Cidades'', gravado na ocasião do lançamento do disco “As Cidades” e da turnê homônima. O filme é dirigido por José Henrique Fonseca.

Mesclando belas imagens, captadas no Rio de Janeiro e em Buenos Aires, com cenas dos bastidores dos shows, entrevistas e videoclipes, o longa é conduzido pelo próprio Chico, e mostra um pouco da vida cotidiana e das reflexões do artista. Entre as participações especiais estão Jamelão, Maria Bethânia, Oscar Niemeyer e a Velha Guarda da Mangueira. A exibição é na Segunda da Música, 15 de março, às 22h35.

Segunda da Música – 15/03

22h35 – ''Chico e As Cidades'' (Documentário)

Além do show "As cidades", do álbum homônimo de Chico Buarque, o filme traz belas cenas captadas no Rio de Janeiro e em Buenos Aires, onde o compositor dá depoimentos sobre sua vida e sua carreira. Entre as participações especiais, estão Jamelão, Maria Bethânia, Oscar Niemeyer e a Velha Guarda da Mangueira. As músicas são costuradas com entrevistas, making of e videoclipes. Direção: José Henrique Fonseca, Duração: 78 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 16 de março, terça-feira, às 02h35 e às 16h35; 17 de março, quarta-feira, às 10h35; 20 de março, sábado, às 22h30; 21 de março, domingo, às 13h30.

Terça das Artes - 16/03

22h30 - "Movimentos do Invisível” (Documentário)

Angel Vianna, pioneira da dança contemporânea brasileira, coreógrafa e educadora, revisita, aos 90 anos, a sua pesquisa corporal e a sua história. O filme acompanha a rotina de Angel no presente e se desenvolve a partir do registro de oficinas realizadas com gente de diversas idades, gêneros e profissões. Revela sua insaciável curiosidade pelo corpo — ‘instrumento de viver’ — e sua urgência em transmitir o conhecimento neste significativo momento de sua carreira e vida. Diretoras: Flavia Guayer e Leticia Monte. Duração: 75 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 17 de março, quarta-feira, às 02h30 e às 16h30; 18 de março, quinta-feira, às 10h30; 20 de março, sábado, às 10h; 21 de março, domingo, 19h30h.

Quarta de Cinema – 17/03

22h – “O Método” (Documentário)

“O Método” revela as ferramentas utilizadas por experientes documentaristas na arte e no ofício de representar a realidade. Entre os entrevistados, estão Eduardo Coutinho, Eduardo Vilela Thielen, Inge Altemeier, Joachim Tschirner, Kerstin Stutterheim, Luiz Eduardo Jorge e Silvio Tendler. Diretores: Liliana Sulzbach, Carlos Roberto Franke. Duração: 80 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 18 de março, quinta-feira, às 02h e às 16h; 19 de março, sexta-feira, às 10h; 20 de março, sábado, às 11h20; 21 de março, domingo, 18h.

Quinta do Pensamento – 18/03

22h20 – ''Por Onde Anda Makunaíma?'' (Documentário)

“Por onde anda Makunaíma?” faz um resgate histórico e cultural daquele que é o personagem ficcional mais identificado com um certo jeito de ser brasileiro. A começar por Makunaíma, mito de origem de etnias da tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana, registrado pela primeira vez nos anos 1910, pelo etnólogo alemão Koch-Grünberg. É esse mito que faz a ponte entre o extremo norte da América do Sul com o Brasil não-indígena, por meio de Mário de Andrade, célebre autor da rapsódia “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, de 1928. Em 1969, o cineasta Joaquim Pedro de Andrade lança a sua versão dessa história, o filme mais censurado do Cinema Novo. Em 78, Antunes Filho leva Macunaíma para o teatro. Em 1983, Macunaíma volta para o cinema como Exu-Piá, de Paulo Veríssimo, filme selecionado para o Festival de Berlim em 1985, mas não exibido. Com depoimentos em português, alemão, espanhol, macuxi e taurepang, o filme retorna a esse personagem que já nasce múltiplo e segue contemporâneo. Direção: Rodrigo Séllos. Duração: 84 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 19 de março, sexta-feira, às 02h20 e às 16h20; 20 de março, sábado, às 14h25; 21 de março, domingo, às 22h25; 22 de março, segunda-feira, às 10h20.

Sexta da Sociedade – 19/03

21h20 – ''Democracia em Preto e Branco'' (Documentário)

Tendo como pano de fundo o lendário movimento Democracia Corinthiana, o nascimento das bandas de rock brasileiras e a campanha das Diretas Já, “Democracia em Preto e Branco” mostra, com locução de Rita Lee, como o esporte, a política e a música se encontraram para mudar o rumo da história do país nos anos 1980.  Entre os entrevistados, estão Sócrates, Walter Casagrande, os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso, Marcelo Rubens Paiva, Marcelo Tas, Edgar Scandurra, Frejat, Serginho Groisman e Paulo Miklos. Diretora: Eliza Capai. Duração: 94 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 20 de março, sábado, às 01h20; 22 de março, segunda-feira, às 15h20; 23 de março, terça-feira, 09h20.

Sábado –20/03

18h35 – ''Incertezas Críticas'' (Série) – Ep: ''Zygmunt Bauman''

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, autor de livros de sucesso, como “Amor Líquido” e “O Mal-Estar da Pós-Modernidade”, mostra como o poder econômico reduziu a capacidade política dos governos, além de falar sobre as perspectivas de futuro para os jovens e sobre o Facebook. Direção: Daniel Augusto. Duração: 26 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 21 de março, domingo, às 09h35; 22 de março, segunda-feira, às 08h.

Domingo – 21/03

20h50 – "Alceu Valença – Na Embolada do Tempo'' (Documentário)

O filme é uma viagem pelos mais de 45 anos de carreira do cantor e compositor Alceu Valença, personagem único da música brasileira. Sua obra e suas reflexões são apresentadas através da costura de músicas, depoimentos, vasto material de arquivo e registros de viagens feitas pela equipe do documentário com o próprio Alceu, ao longo de 2018. Diretores: Paola Vieira. Duração: 86 min. Classificação: Livre.

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