Podcasts 'Braincast' e ‘Mamilos’ entram para o catálogo do Globoplay

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Os fãs do 'Mamilos' e do 'Braincast', dois dos podcasts mais ouvidos do Brasil, agora podem acompanhar os programas pelo Globoplay. A disponibilização de todo acervo de ambos os títulos faz parte da parceria entre a Globo e a produtora B9, um dos mais importantes publishers do segmento, anunciada no início deste ano durante o Globo Audio Day 2021 e que ainda inclui a Globo como parceira de mídia exclusiva dos dois programas.
 
Um dos precursores da mídia podcast no Brasil, com mais de 50 milhões de downloads desde a estreia em 2005 e presença nos rankings dos mais ouvidos nas principais plataformas de áudio, o ‘Braincast’ traz temas e debates atuais sobre criatividade, tecnologia, cultura digital, inovação e negócios. Na definição de Carlos Merigo, fundador e editor-chefe do B9, “o programa cobre o futuro ¬- seja daqui 5 minutos ou daqui 20 anos - com obsessão, inteligência e opinião, com foco em como essas projeções podem afetar a nossa vida e as nossas profissões”. O podcast também está presente nos maiores eventos de cultura e tecnologia do mundo, em busca do que virá. “O ‘Braincast nasceu com a proposta de gerar debates mais amplos e profundos sobre os temas cobertos pelo site B9.com.br, com objetivo de ser uma janela para o futuro da comunicação, da cultura e da mídia para os ouvintes. Geramos conversas com senso crítico, mas sem perder o bom humor”, define Merigo.
 
“Interessado em construir pontes, mais do que provar pontos”, o ‘Mamilos’ é assim descrito por suas apresentadoras, Ju Wallauer e Cris Bartis. O programa, criado em 2014, hoje tem uma média de 700 mil plays mensais e acumulou 10 milhões de plays em 2020. Se aprofunda em pautas de interesse público, relevantes e urgentes, através da abordagem de diferentes argumentos e pontos de vista para que os ouvintes formem sua opinião de maneira crítica. Os temas abordados vão de comportamento a política, passando por saúde, economia, educação, pandemia, entretenimento e meio ambiente. “Começamos porque sentíamos falta de encontrar discussões sobre temas polêmicos, que mobilizavam as redes sociais, feitas a partir do diálogo com diferentes perspectivas. Partimos de um cansaço de #textões e certezas, e da falta que a gente sentia de conversas curiosas, interessadas em realmente ouvir para descobrir o que move e embasa opiniões diferentes das nossas”, conta Cris Bartis.
 
Os apresentadores de ambos programas veem a chegada ao Globoplay como um marco importante na amplificação do alcance desses títulos, que já contam com um público fiel e consolidado. “A integração ao portfólio de áudio da Globo representa um passo importante e vital na ampliação da nossa audiência. Não só para conquistar um público mais abrangente, interessado em se manter informado e de olho no futuro, mas também por caminhar junto de uma plataforma inovadora, referência em conteúdo de qualidade e que tem profunda sinergia com a nossa missão”, analisa Carlos Merigo. “Desde que o ‘Mamilos’ começou, o que mais ouvimos da audiência é: ‘queríamos que essas conversas chegassem a mais pessoas’. Porque, fundamentalmente, promovemos diálogos que fazem diferença para a sociedade de forma sensível, aprofundada, complexa. E promovemos essas conversas de peito aberto, com leveza, com carinho. Nossa expectativa com a Globo, então é justamente essa: trazer mais gente pra nossa mesa, ampliar a conversa, proporcionar mais encontros”, complementam Cris Bartis e Ju Wallauer.
 
Além do acervo de episódios anteriores, o público pode conferir novos episódios dos do ‘Braincast’ e do ‘Mamilos’ semanalmente no Globoplay e nas principais plataformas de áudio. Os episódios inéditos do ‘Braincast’ vão ao ar às quintas-feiras. Já o ‘Mamilos’ conta com duas edições: ‘Mamilos Cultura’, espaço de reflexão a partir de produções culturais, no ar às quartas, e ‘Mamilos – Diálogos de Peito Aberto’, em que Cris Bartis e Ju Wallauer recebem especialistas para debates aprofundados com empatia, tolerância e leveza, no ar às sextas.
  
ENTREVISTA COM CARLOS MERIGO, APRESENTADOR DO ‘BRAINCAST’
 
Se você tivesse que definir o ‘Braincast’ em uma frase, qual seria? Seu posto avançado no futuro.
 
Nesse período produzindo o podcast, consegue eleger episódios marcantes e que merecem a atenção de quem está começando a acompanhar o programa? 
Em mais de 400 semanas no ar, temos diversos episódios com conteúdo rico e debates importantes, é claro. Porém, alguns dos programas mais bem humorados acabaram caindo no gosto da audiência e até se transformando em meme. Exemplos:
“Airfryer, a NASA na sua cozinha (ou não)” (300); “O ‘melhor’ do pensamento coach” (323); “A arte da CMV (Comunicação Muito Violenta)” (322); “Tem que acabar” (304); “Copa do Mundo de Buzzwords” (226). Para quem procura debates mais sérios, alguns destaques: “Geração Z” (327); “A ilusão da rotina matinal produtiva” (347); “A arte de dizer não” (369); “A Ciência da Atenção” (396); “Pink Money: um dilema na representatividade LGBT+” (318); “Que Lacra, Lucra: o impacto da diversidade na inovação e lucratividade” (378). 
 
Como a temporada atual está sendo pensada diante da realidade da pandemia? De que forma este contexto impactou a produção do podcast e os temas abordados?
A pandemia impactou a gravação do Braincast, que era feita toda semana presencialmente em estúdio. Desde então, é gravado de maneira remota. Diversos episódios abordaram comportamento, tecnologia e negócios no contexto da pandemia. Exemplos: “Coronavírus: como sobreviver ao home office sem pirar”; Coronavida: como manter o equilíbrio mental na quarentena”; “O papel das marcas na crise da Covid-19”; “Influenzers: o papel das celebridades em tempos de pandemia”; “Privacidade vs. Pandemia”; “Volta ao trabalho pós-pandemia: como e quando”. 
 
Vocês do B9 anteviram uma tendência ao decidir investir na produção de conteúdo em áudio muito antes da popularização dos podcasts. O que motivou apostarem neste nicho?  Como é ser pioneiro em um mercado em ascensão?
Desbravar o mercado de podcast foi desafiador, claro, mas também muito divertido. O pioneirismo nos permitiu experimentar formatos e conteúdos, construir junto com a audiência e a oportunidade de se colocar como sinônimo do formato para grande parte do público. Com esse universo cada vez mais consolidado, os movimentos são mais lentos, pois cada inovação também exige respeito e cuidado com a grande audiência já fidelizada e que aguarda um novo episódio toda semana.
 
Em que momento e como você percebeu que o podcast havia se tornado relevante? Isso mudou de alguma forma o trabalho ou a relação com o público?
Alguns momentos despertaram essa percepção ao longo dos anos. A primeira é a demanda do público por mais episódios, mais conteúdos. Quando um episódio publicado tem duração menor, ouvintes se queixam, por exemplo. Sempre querem mais. O reconhecimento da audiência em eventos e espaços públicos também foi outro grande indício. Nenhuma outra mídia que trabalhamos trouxe essa proximidade e intimidade. O interesse de agências e marcas no conteúdo, no podcast como mídia e co-criação de branded content também foi outra pista importante da relevância do formato. A mudança vem, claro, em mais cobrança e responsabilidade. Na busca por sempre oferecer conversas de qualidade e conteúdo com consistência.
 
O mercado de podcast ficou ainda mais aquecido por conta da pandemia. Qual sua visão sobre esse crescimento?
Podcast é construção de hábito, uma companhia que você carrega no bolso. E, nessa pandemia, o formato tem servido para grande parte da audiência como companhia dentro de casa, seja para aprender, relaxar ou se informar. Aquela escapada no home office, entre uma reunião e outra, que você leva no ouvido enquanto cuida dos afazeres domésticos.
  
ENTREVISTA COM CRIS BARTIS E JU WALLAUER, APRESENTADORAS DO ‘MAMILOS’
 
Se vocês tivessem que definir o ‘Mamilos’ em uma frase, qual seria?  Mais interessadas em construir pontes do que em provar pontos.
 
Nesse período produzindo o podcast, conseguem eleger episódios marcantes e que merecem a atenção de quem está começando a acompanhar o programa? 
O episódio de Alter do Chão é muito significativo, porque fomos a campo, em meio a uma tensão muito grande entre moradores, ONG's e grileiros para apurar a história. O programa foi reconhecido com um prêmio internacional. O programa sobre depressão foi publicado em 2016 e até hoje recebemos mensagens emocionadas de ouvintes agradecendo. 
 
Como vocês costumam selecionar os convidados dos episódios? 
Normalmente ao definir o tema pensamos em quais são as tensões e em quais são interesses, vozes e perspectivas em conflito. Também pensamos em quais são as abordagens que ajudam a compreender o problema. A partir dessa análise, desenhamos as "cadeiras'. Quais são as personas que queremos colocar para dialogar. Dessa definição, partimos para a busca de nomes que representem essas personas. Nos preocupamos em equilibrar ao longo dos programas diferentes tipos de saberes, diversidade de raça, gênero, credo e classe social. Mas o filtro para que um especialista sente na nossa mesa é a disposição para o diálogo, para ouvir, para trocar, para se mover na direção do outro. Buscamos trazer para o debate pessoas inteligentes e bem intencionadas. 
 
De que forma este contexto de pandemia impactou a produção do podcast e os temas abordados? 
O primeiro impacto foi perder a gravação presencial no estúdio. Para promover o diálogo o espaço íntimo, a iluminação, o olhar, a proximidade, fazem toda a diferença. Por outro lado, digitalizar as gravações nos permitiu ampliar o leque de convidados, viajando até para Lisboa e Angola. 
 
Como é ter um programa considerado pioneiro em um mercado em ascensão? 
Ser pioneiro nos permitiu experimentar, mudar e crescer junto com a mídia. Antes da popularização, era mais lenta a construção de público. Porém, a fidelidade da audiência era maior. Hoje, é quase impossível escapar do constante sentimento de FOMO (fear of missing out, ou “medo de ficar de fora”, em português): tem TANTO conteúdo incrível sendo publicado a cada dia! Tanta concorrência nos torna cada dia mais exigentes com o que publicamos.
 
Em que momento e como vocês perceberam que o podcast havia se tornado relevante? Isso mudou de alguma forma o trabalho ou a relação com o público? 
Os e-mails que recebíamos desde o início contavam do impacto que o conteúdo tem na vida dos ouvintes. A cada evento que participamos, voltamos repletas de abraços e histórias que nos contam que estamos no caminho certo. Quando fomos reconhecidas pela nossa voz em um mercado popular por uma atendente percebemos que nossas conversas já estavam começando a furar a bolha. 
 
O mercado de podcasts ficou ainda mais aquecido por conta da pandemia. Qual a visão de vocês sobre esse crescimento? 
Para quem investe há quase uma década nessa mídia é uma alegria imensa ver um público abrangente descobrindo as delícias do podcast. Em um momento de tantas incertezas e inseguranças, a voz consegue transmitir informação com emoção. Pra acolher, pra emocionar, pra inspirar, pra ajudar a refletir. Em momentos de tanta solidão, o podcast oferece companhia. Pra gente, o timing desse boom não poderia ser mais preciso.

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