'Profissão Repórter' mostra a busca de famílias por um teto durante a pandemia

Divulgação Globo

A situação, que já não era boa, ficou ainda pior durante a pandemia. Essa foi a situação encontrada pela repórter Nathalia Tavolieri, em agosto de 2020, quando acompanhou a reintegração de posse de uma ocupação em Diadema, na Grande São Paulo. Lá ela conheceu famílias que passaram a morar em uma ocupação pela primeira vez depois de perder seus empregos. O 'Profissão Repórter' de terça-feira, dia 8, mostra a busca de famílias por um teto durante a pandemia.  
 
Depois de ser despejado, o entregador Jucélio Lima se endividou para construir uma casa para morar com sua mulher, grávida de seis meses, e seus três filhos.  Daiane Santana estava morando num barraco com chão de barro, que ela mesma cavou, há um mês pois não conseguia pagar aluguel com os bicos que fazia numa empresa de peças. E o manobrista Romário da Silva, que também foi despejado e estava desempregado, usou todo o dinheiro que economizou nos últimos dez anos para levantar a casa de madeirite que dividia com a esposa e os dois filhos pequenos. No dia da reintegração de posse, em plena pandemia, as famílias de Jucélio, Daiane e Romário foram acordadas pelo barulho das escavadeiras. Em poucas horas, as máquinas destruíram completamente suas casas. Em meio aos destroços, essas famílias tentaram recuperar o pouco que restou. Dez meses depois, a equipe do ‘Profissão Repórter’ reencontra as três famílias e conta onde eles foram morar.
 
As repórteres Clara Velasco e Mayara Teixeira mostram as contradições do centro de São Paulo, região com umas das maiores concentrações de serviços da cidad, mas que sofre com o abandono de muitos prédios, enquanto uma grande quantidade de pessoas busca moradia. Segundo dados da prefeitura de São Paulo, quase 60% dos imóveis notificados por ociosidade na cidade estão na região da Sé. Um deles, o Edifício Independência, na esquina mais famosa da cidade, na Ipiranga com a São João. Mesmo tendo sido notificado pela prefeitura, ele segue vazio e acumula uma dívida milionária de IPTU. Ao mesmo tempo em que prédios como o Independência seguem vazios, centenas de famílias moram em ocupações e cortiços da região, muitas vezes em condições insalubres. Elas contam que sonham com a casa própria e com o momento em que mais iniciativas de moradia social vão tomar o centro da cidade.
 
O repórter Guilherme Belarmino acompanha o momento em que centenas de famílias ocupam um terreno de oito mil metros na zona leste de São Paulo. A área pertence à Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) e já tinha sido ocupada pelas mesmas pessoas em 2017. Naquela época, elas aceitaram sair depois de serem incluídas no cadastro de demanda habitacional, mas não foram contempladas. O cadastro é obrigatório para pessoas de baixa renda que querem comprar uma moradia popular. A reportagem analisou o banco de dados da Cohab e descobriu que algumas pessoas esperam há décadas. É o caso da aposentada Francisca Vita de Lana, de 70 anos, que se cadastrou no dia 8 de janeiro de 1981. Quarenta anos depois, ela ainda não foi contemplada. Em tratamento de um câncer de mama, ela diz que tem fé e ainda acredita que vai realizar o sonho da casa própria. 
 
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar na noite de terça-feira, dia 8, logo após o jogo da Seleção Brasileira contra o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

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