Divulgação |
A TV Brasil exibe, neste sábado (12), às 9h, o Programa Especial inédito com um perfil de Janaína Machado, uma jovem que nasceu com surdez profunda. Ainda durante a atração da emissora pública, a repórter Fernanda Honorato conversa com a dubladora Larissa Coelho, que está dentro do espectro do autismo.
No bate-papo, Janaína conta que nasceu prematura, muito pequena, e que foi o pai quem notou sua surdez. “Ele percebeu que eu era surda porque a porta bateu, eu estava dormindo e não acordei. Minha mãe não acreditou. Meu pai resolveu, então, pegar uma panela e jogar no chão, para fazer barulho, como se fosse um teste (....). Jogou, fez um barulhão e eu continuei dormindo. Então, naquele dia, perceberam que eu era surda”, diz a jovem.
Como a família de Janaína é toda ouvinte, os pais procuraram uma escola para surdos, a Concórdia, que utilizava o método de “Educação Total”, ou seja, aprender a falar e a sinalizar ao mesmo tempo. Janaína se recorda que quando a irmã Débora nasceu, ela – que ainda era criança – ficou triste, pois queria que a pequena também fosse surda.
''Débora já tinha nascido, era muito pequenininha. Eu lembro que peguei a cadeira, comecei a mexer nela e a minha mãe me chamou ‘Janaína, Janaína, calma, ela recém-nasceu’. Eu falei para a minha mãe ‘Vai descansar, eu vou ensinar língua de sinais para a minha irmã, porque ela é ouvinte’”, conta.
Ao Programa Especial Débora diz que a relação entre as duas é muito forte e que aprendeu a língua de sinais antes mesmo de falar. “Quando nasci, a família sinalizava, falava português, usava LIBRAS... e a primeira língua que eu me identifiquei foi a LIBRAS (...). Fui começar a falar português com três pra quatro anos; antes disso eu preferia só sinalizar. E, até hoje, eu prefiro mais sinalizar do que falar português”, explica Débora.
Já Gilberto, marido de Janaína, lembra como se conheceram, como se comunicavam no começo da relação e a felicidade do casal com o nascimento da filha Victória. “Encontrei na festa, convidei, fomos dançar e, depois, no momento que a gente parou, vi que eu falava e ela não respondia. Aí comecei a entender que ela não era ouvinte. Eu pegava o telefone, escrevia a mensagem e dava para ela e a gente foi se comunicando assim. A Janaína é uma pessoa pura. Para ter uma família como a gente tem, foi esse lado que nos uniu mais ainda. O nascimento da Victória foi uma benção”, diz Gilberto.
Já na série sobre Autonomia, Larissa Coelho conta para Fernanda Honorato que se interessou por dublagem depois de assistir um documentário sobre as dubladoras de um filme. Ela viu um outdoor sobre um curso profissionalizante, fez as aulas e pôde realizar seu sonho.
Tags
Programação