Balanço Black: a história da soul music brasileira em série inédita no canal Curta!

Divulgação Curta!

A história da música black no Brasil, das origens à produção contemporânea, é contada por muitos dos seus principais nomes na série ''Balanço Black'', que estreia no Curta!, comemorando os nove anos de existência do canal e abrindo o mês da Consciência Negra. São seis episódios dirigidos pelo cineasta Flavio Frederico, com a participação de pessoas intimamente envolvidas com esse gênero musical, sobretudo da forma como ele se desenvolveu em solo brasileiro. 

Conduzidos pelo produtor, compositor e músico BiD, os episódios passeiam pela história da black music e pelos principais discos, além de tocar em pontos cruciais desse movimento musical: a resistência e a inserção dos negros no show business. Entre os depoentes, estão artistas como Hyldon, Dom Salvador, Wilson das Neves, Tony Tornado, Sandra de Sá, Seu Jorge, Eduardo Araújo, Gerson King Kombo e Céu, que também fazem jam sessions ao fim de cada episódio; produtores como Nelson Motta, Luizão e Manoel Barenbein; músicos como Paulinho Guitarra e Paulo Braga; DJs como Corello e Sir Dema; e estudiosos como Carlos Alberto Medeiros. Nas jams, os espectadores verão algumas das últimas performances gravadas com músicos falecidos no ano passado, como Gerson King Combo e Serginho Trombone.

O primeiro episódio, intitulado “Laço Negro”, fala das origens rítmicas oriundas da África e, posteriormente, dos Estados Unidos, de onde vieram as canções de lamento entoadas pelos escravizados nas plantações de algodão. Diferentemente do Brasil, onde a percussão se sobrepôs — herança das religiões de matriz africana —, nos Estados Unidos, esse lamento foi saindo do campo conforme os negros e negras se libertavam dos grilhões e, aos poucos, foram tendo acesso a instrumentos como o piano e a guitarra. Assim, nasceram o jazz, o blues, o R&B, o gospel e, da fusão de tudo isso, a soul music — que chegou às rádios e aos programas de TV, primeiramente, através de Ray Charles.

Depois dele, Little Richard, James Brown e outros grandes artistas negros chegaram ao estrelato; e um brasileiro viu de perto esses acontecimentos que revolucionaram a música mundial: Tim Maia. Ele vivia nos Estados Unidos quando a soul music eclodiu e, ao ser deportado de volta para o Brasil, trouxe o ritmo, o orgulho da cor e a potência de suas raízes — o black power — para a sua música. Além dele, outros brasileiros pioneiros são lembrados pela série, como Wilson Simonal, cuja canção “Tributo a Martin Luther King”, apresentada no episódio, serve como amálgama de um estreito laço entre negros e negras de todo o mundo: “Cada negro que for, mais um negro virá / Para lutar com sangue ou não / Com uma canção também se luta, irmão”. 

“Pra mim, o soul é um estilo de música que a gente pode extravasar”, afirma Dom Salvador, um dos percussores do movimento no Brasil; “Pra mim, é alma, é essência, é pegada, é a batida”, revela Dom Filó, produtor cultural e ativista, fundador do Equipe Soul Grand Prix. Seja qual for o sentido, “Balanço Black” — uma produção da Kinoscópio Cinematográfica viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) — mostra que a soul music brasileira tem muito a dizer. A estreia é na Segunda da Música, 1º de novembro, às 20h.

No aniversário de Marie Curie, Curta! exibe filme sobre a cientista polonesa

A física polonesa Marie Curie foi um dos maiores nomes da ciência, sendo sobretudo pioneira entre as mulheres cientistas. Sua trajetória é contada na cinebiografia “Marie Curie, Além do Mito”, uma produção da ARTE France dirigida por Michel Vuillermet, que volta à grade do Curta! na semana em que se completam 154 anos de seu nascimento.

O documentário vai desde o nascimento de Curie, em 7 de novembro de 1867, até a sua morte — por anemia aplástica, uma doença geralmente causada por exposição à radiação — e seu sepultamento no Panthéon francês. Entre as suas conquistas, estão a descoberta da radioatividade e os elementos químicos polônio e rádio, o que lhe rendeu dois prêmios Nobel — um de Física, em 1903, e outro de Química, em 1911. Ela foi a primeira mulher a ganhar esse prêmio, e, até hoje, é a única pessoa condecorada com o Nobel em dois campos distintos da ciência.

Além de destacar a importância de Marie Curie para a ciência moderna e para o nosso próprio modo de pensar, o longa também mostra as delicadezas e desventuras de sua vida pessoal, por meio de fotografias, vídeos e cartas. Traz, ainda, entrevistas com admiradores e cientistas contemporâneos, como a física nuclear Hélène Langevin-Joliot, neta de Marie Curie. A exibição é na Quinta do Pensamento, 4 de novembro, às 23h.

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 01/11

20h – ''Balanço Black'' (Série) – Ep.: ''Laço Negro''

As origens e o surgimento da soul music nos EUA e os precursores do gênero no Brasil. O surgimento do fenômeno Tim Maia, em 1969. Direção: Flavio Frederico. Duração: 26 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 02 de novembro, terça-feira, às 0h e às 14h; 03 de novembro, quarta, às 08h; 06 de novembro, sábado, às 18h.

Terça das Artes – 02/11

20h – "Immersive.World'' (Série) – Ep.: ''Teatro Imersivo / Música''

Espetáculos de teatro imersivo têm revolucionado o gênero com o uso de música. O episódio revela os bastidores do musical “Here Lies Love”, criado por David Byrne e Fatboy Slim, em que o público assiste ao espetáculo dançando em um megaclube, e de “The Great Comet of 1812”, a primeira produção imersiva da Broadway, entre outros. “Immersive.World” também mostra o trabalho da companhia Third Rail Projects, que já produziu mais de 40 espetáculos imersivos. Direção: Guto Barra. Duração: 25 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 03 de novembro, quarta-feira, às 0h e às 14h; 04 de novembro, quinta-feira, às 08h; 06 de novembro, sábado, às 21h30.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 03/11

22h15 – ''Açúcar'' (Ficção)

Bethânia retorna a suas terras, onde um dia funcionou um antigo engenho de açúcar da sua família, o Engenho Wanderley. Entre fotos, criaturas fantásticas, contas a pagar e trabalhadores reivindicando seus direitos sobre a terra, Bethânia enfrenta a si mesma em um lugar onde o passado e o futuro são igualmente ameaçadores. “Açúcar” é ambientado num universo de realismo mágico, que cruza a história pessoal de Bethânia com a formação da identidade de um país, entre o moderno e o arcaico.   Diretores: Renata Pinheiro e Sergio Oliveira. Duração: 88 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 04 de novembro, quinta-feira, às 2h15 e às 16h15; 05 de novembro, sexta-feira, às 10h15; 06 de novembro, sábado, às 22h20.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 04/11

23h - "Marie Curie, Além do Mito" (Documentário)

A física polonesa Marie Skłodowska Curie foi um dos maiores nomes da ciência, sendo sobretudo pioneira entre as mulheres cientistas. Este documentário acompanha a sua vida, desde o nascimento, na Varsóvia de 1867, até a sua morte — por anemia aplástica, uma doença geralmente causada por exposição à radiação. Entre as suas conquistas estão a descoberta da radioatividade e os elementos químicos polônio e rádio, o que lhe rendeu dois prêmios Nobel — um de Física, em 1903, e outro de Química, em 1911. Ela foi a primeira mulher a ganhar esse prêmio, e, até hoje, é a única pessoa condecorada com o Nobel em dois campos distintos da ciência. Por trás dessa lenda da ciência, estava uma pessoa discreta, que precisou vencer barreiras em uma sociedade em que mulheres eram predestinadas a serem donas de casa. Direção: Michel Vuillermet.  Duração: 52 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 05 de novembro, sexta-feira, às 3h e às 17h; 06 de novembro, sábado, às 14h; 07 de novembro, domingo, às 21h25.

Sexta da Sociedade – 05/11

22h30 – ''O Desmonte do Monte'' (Documentário)

O documentário "O Desmonte do Monte" mostra a história do Morro do Castelo, seu desmonte e arrastamento. O filme aborda a lenda do tesouro armazenado nas entranhas do morro e conta com trechos do romance "O Subterrâneo do Morro do Castelo", escrito por Lima Barreto. A narrativa é baseada em iconografias e pinturas de diversos períodos, desde a fundação da cidade até os dias atuais. O filme conta com imagens em movimento da celebração do centenário da Independência do Brasil, em 1922, evento realizado com as terras do desmonte do Morro do Castelo, e também com depoimentos em áudio de ex-moradores do morro e dos engenheiros que trabalharam no seu desmonte.  Diretora: Sinai Sganzerla. Duração: 85 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 06 de novembro, sábado, às 2h30; 07 de novembro, domingo, às 13h30; 08 de novembro, segunda-feira, 16h30; 09 de novembro, terça-feira, às 10h30. 

Sábado – 06/11

19h10 – ''Coleção Arte Presente em Inhotim'' (Série) — Episódio: ''Cildo Meireles''

O programa aborda o trabalho do artista plástico Cildo Meireles, destacando a relação entre experiência sensorial e experimento conceitual nas instalações expostas em Inhotim. Em seu estúdio, o artista apresenta os "microcadernos", que reúnem desenhos, esboços e ideias que alimentam sua produção até os dias de hoje. Acompanhamos, ainda, a realização da peça "Mutações geográficas: Fronteira vertical", um projeto de 1969 concretizado em 2015, que alterou a altitude do ponto culminante do Brasil. Diretor: Pedro Urano. Duração: 52min. Classificação:  Livre. Horários alternativos: 07 de novembro, domingo, às 10h40.

Domingo – 07/11

22h25 – ''Dorivando Saravá, o Preto que Virou Mar''

Ele foi o primeiro a cantar os orixás e a introduzir o tempo do candomblé na música popular brasileira. Desafiou a própria morte ao se entregar nos braços de Iemanjá e — Obá de Xangô consagrado que era — não morreu. Dorival Caymmi virou mar. É nessa linha poética que o documentário experimental em longa-metragem do diretor Henrique Dantas mergulha na vida do mais icônico compositor que a Bahia já produziu. Direção: Henrique Dantas. Duração: 88 min. Classificação: Livre.

Anderson Ramos

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