Divulgação Leonardo Nones/SBT |
O Brasil se despede do cantor Erasmo Carlos, que morreu aos 81 anos de idade nesta terça-feira (22). O 'The Noite' reexibe uma entrevista de 2015 com o Tremendão, como era conhecido na Jovem Guarda. No programa, o astro eterno do rock nacional relembra sua trajetória, a relação com a família e amigos, como Roberto Carlos, além de relatar momentos marcantes em sua vida.
Erasmo e Roberto Carlos eram dupla inseparável; os grandes amigos de fé, irmãos e camaradas foram uma das maiores parcerias da Música Popular Brasileira, uma amizade nascida na Jovem Guarda que permitiram diversos hits de sucesso como “Gatinha Manhosa” e “Como É Grande O Meu Amor Por Você”. No programa do Danilo Gentili, o herói declara que começou na música fazendo versões brasileiras de músicas internacionais, porém sua verdadeira paixão é o rock na língua brasileira.
“Eu comecei minha vida fazendo versões, foi fazendo versões que eu fui aprendendo a fazer divisões nas músicas, até ousar fazer junto com Roberto Carlos os primeiros rock em português, que é uma bandeira que até hoje eu sigo e gosto muito de seguir”, declara o convidado.
Cantor, compositor, instrumentista e principalmente, artista. Erasmo Esteves era seu nome verdadeiro, o ‘Carlos’ veio posteriormente, por achar seu sobrenome ‘fraco’ e após conviver com seu parceiro Roberto Carlos e o produtor Carlos Imperial.
“Por convivência com Roberto Carlos e Carlos Imperial eu achava um bom nome. Um dia eu li um negócio: ‘Carlos, um nome nobre’. C de Cristo, rei dos judeus; A de Águia, rainha das aves; R de Rei; L de leão, rei dos animais; O de ouro, rei dos metais; S de Sol, rei dos astros. ‘Eu quero esse nome para mim. Nome de nobre!’ E botei ‘Carlos’ e deu certo esse nome”, expõe o cantor.
Carioca, Erasmo era filho de mãe solteira e conheceu o pai apenas com 23 anos, quando brilhava na televisão. Ele declara que a sua “Fama de Mau” é só um apelido, já que com a mãe aprendeu adquiriu boas virtudes e ótimas vivências.
“Eu fui um cara que tive várias oportunidades de não ser uma pessoa boa, mas graças a minha índole, graças ao amor que eu fui criado. Minha mãe sempre me criou de uma maneira maravilhosa, eu sou filho único e conheci meu pai com 23 anos, antes diziam que ele tinha morrido, eu pensava que não tinha pai, mas conheci ele com 23 anos, depois que apareci na televisão ele apareceu. Eu fui criado sempre com muito amor pela minha mãe e isso foi uma base para mim em todas as coletividades que fiz parte, como colégio, rua, exército, que eu servi exército. Então, nessas coletividades eu tive inúmeras oportunidades de ir para o mau, e graças a Deus, aquele amor que minha mãe me deu, aquela força, aquela fé, aquela coisa de boa índole, que me tiraram e botaram na música, caiu do céu na minha mão, eu agarrei aquilo, foi muito importante para mim, até hoje é minha vida. É minha vida”, diz o compositor.
O “Gigante Gentil”, como também era conhecido, rasga elogios a banda Ultraje a Rigor: “Eu amo esses meninos, a gente nunca teve muita aproximação, mas o que eu amo, o que sou fã deles. Quando eles começaram, eu achava eles de uma rebeldia, poucas vezes visitas, ou jamais visitas no Brasil. Um deboche que eu amo neles. Eu sou fã do Ultraje a Rigor e da Rita Lee, que são pessoas que eu amo. Eu vejo o deboche, o humor, e eu adoro, é minha praia também. Eu adoro vocês. E eu vejo o programa não pelo Danilo, por eles", brinca Erasmo, que sempre será eternizado em suas canções.
O The Noite é apresentado por Danilo Gentili e vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT. Hoje, 00h30.
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