Novo episódio de 'Mussum, o podcastis' aborda relevância musical do artista, um dos responsáveis por uma revolução no samba brasileiro

Divulgação Acervo Globo

Em 'Carlinhos do Reco-Reco', novo episódio de 'Mussum, o podcastis' disponível a partir desta quinta (09) no g1, Globoplay e nas plataformas de áudio, os apresentadores e repórteres Marina Lourenço e Kaíque Mattos se debruçam sobre a carreira musical do humorista. A definição do próprio artista para a importância do samba em sua vida já dá o tom da relevância: “Eu acho que é como a cueca né, que não pode viver sem as calças”, avaliou sem deixar a tradicional gaiatice de lado em uma de suas falas resgatadas de arquivo.
 
O segundo de uma série de cinco episódios mostra desde o início da caminhada musical de Mussum, quando ainda nem era esse seu nome artístico, mas sim Carlinhos do Reco-Reco. Passagens engraçadas marcam os depoimentos do próprio artista, a exemplo de quando ele conta sobre a turnê pelo México feita pelos Modernos do Samba, grupo anterior ao Originais do Samba. Eles desembarcaram no país sem saber nada de espanhol: “Hablamos muito. Nosotros. Yo tengo hambre. No início, nós ‘falava’ ‘fueme’ mesmo. Cueca cuela. Agrijoens. Tienes salada?”, relembrou aos risos em uma entrevista da época. 

Outros depoimentos são revisitados no podcast, a exemplo de falas de Elis Regina e Marília Pera comentando a criação e o sucesso dos Originais do Samba, além de falas de arquivo do próprio Mussum. Bigode, o único integrante da primeira formação dos Originais que permanece no grupo, também conta sobre o amigo. Além dele, Martinho da Vila fala sobre o artista, assim como Arlindinho, filho de Arlindo Cruz, que compôs um samba-enredo em homenagem ao humorista, ressalta a importância dos Originais para grupos contemporâneos de samba e pagode, além de mencionar a revolução musical da criação do banjo brasileiro, que teve participação ativa de Mussum.   

Foi Carlinhos do Reco-Reco, o Mussum, quem trouxe o banjo para o Brasil. Junto de outro sambista e colega de Originais do Samba, Almir Guineto, teve a ideia de customizar o instrumento: eles uniram o corpo do banjo ao braço do cavaquinho e tiraram uma das cordas. Por isso, o banjo brasileiro, chamado de banjo-cavaquinho, tem quatro cordas, enquanto o americano conta com cinco. 

Juliano Barreto, autor da biografia de Mussum, também participa do episódio comentando sobre os percalços e perrengues enfrentados pelos Originais do Samba nos anos 60 e 70. O encerramento aborda o momento de sua saída do grupo por conta da dificuldade de conciliar a vida de sambista com as gravações dos Trapalhões, quarteto formado por ele, Didi, Dedé e Zacarias. 

Fruto de parceria entre o g1 e a Globo Filmes, ‘Mussum, o podcastis’ está disponível gratuitamente no g1, Globoplay e nas plataformas de áudio. A série é produzida pelo jornalismo Globo.

Anderson Ramos

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