Pod Pai Pod Filho em dose dupla! Téo e Alê recebem piloto de MotoE, Eric Granado, e seu pai Marco

Divulgação SBT

O Pod Pai Pod Filho desta segunda-feira, 22 de janeiro, está um tanto quanto especial, afinal a relação pai e filho será evidenciada não só através dos entrevistadores Téo José e Alê, como também nos convidados, Marco e Eric Granado, este último principal nome brasileiro na motovelocidade internacional e que, pelo sexto ano consecutivo, será o representante do país no Mundial de Moto-E. Os dois estiveram no estúdio de podcasts do SBT e, pela primeira vez, comentam, lado a lado, sobre a relação de amigo, companheiro e fiel escudeiro entre eles.

Muito mais que um progenitor, Marco Granado está sempre nos bastidores das corridas e dedica boa parte do seu dia a dia para exercer funções que vão além de ser torcedor e fã número um. Piloto amador no passado, ele não contém a emoção ao relembrar o sonho e os esforços para fazer com que seu filho chegasse ao estágio atual.

''Fui assistir as 200 milhas de Daytona, na primeira vez que fui aos Estados Unidos, e comprei um broche daqueles que você dá quando visita crianças recém-nascidas, com uma motinho com o número 1. O Eric ainda não tinha nascido. Isso foi em março e ele nasceu em junho. Falava para as pessoas: ‘Agora, vou correr atrás para arrumar dinheiro e vocês vão me ajudar a fazer ele a chegar a um Mundial''', relembra com lágrima nos olhos

''Com quatro anos levamos ele no Anhembi em uma pracinha que tinha um tiozinho que alugava motinho. Ele tinha habilidade. Com dois anos, já andava de bicicleta sem rodinha, fazia acrobacias que ele via quando ia me ver em Interlagos... Essa emoção toda é porque foi muito sofrimento'', completa.

Eric Granado recorda a primeira viagem que fez para andar de moto, quando tinha oito anos, na Espanha, e o início da sua trajetória. ''Andei de avião pela primeira vez, foi uma experiência única. Quando cheguei lá, simplesmente a moto parou na largada e nem consegui fazer a prova. Voltei para casa superchateado, até porque meu pai gastou todo o dinheiro que tinha juntado o ano inteiro para podermos ir. Depois disso, continuei correndo no Brasil com gente de todas as idades. No começo, tive dificuldades, mas fui melhorando. Cheguei a ganhar corridas, fazer pódios e consegui voltar para fazer aquele mesmo campeonato. Depois, em 2006, já fui para Europa fazer um campeonato. Apanhei bastante, mas fui aprendendo e crescendo. Em 2007, no quarto ano, já fui campeão''.

Ao longo da carreira, Eric Granado correu pela Moto2 e Moto3, antes de chegar a MotoE, em 2019. ''É um campeonato que depende do piloto, porque as motos são iguais para todos e é o piloto que se destaca'', afirma o piloto brasileiro com mais títulos internacionais na história da motovelocidade.

Desde então, Eric Granado tem se destacado na MotoE e dividido seu tempo com outra categoria. Depois de ter voltado a participar de uma competição no Brasil, em 2020, ter participado do Espanhol de Superbike em 2021 e 2022, no ano passado, ele correu por dois torneios mundiais na última temporada.

''Foi um projeto bem ousado, fazer dois mundiais de altíssimo nível... Tinha tudo para ser um baita ano, mas, infelizmente, tive uma queda muito forte na etapa da Catalunha de Superbike. Bati com a cabeça, tive uma concussão cerebral e posteriormente surgiu um edema que me fez ficar 40 dias em casa. Perdi duas corridas de cada categoria. Foi bem complicado. Graças a Deus me recuperei, mas perdi muito do preparo físico, reflexo... Ainda assim, na primeira prova depois que retornei, justamente no meu aniversário, ganhei a corrida da Itália. Debaixo da chuva. Fiquei feliz, mas sabia que não estava no meu melhor'', relata o brasileiro, que terminou o Mundial em sétimo lugar.

Em 2024, Eric seguirá na equipe LCR, de Lucio Cecchinello. A expectativa é deixar para trás um 2023 complicar e brigar pelo título. Até por isso, decidiu deixar a Superbike.

''Junto com a Honda, vimos que o melhor projeto para a minha carreira é focar na MotoE. Claro, vou fazer outro campeonato, que estamos definindo juntos, mas que não exigirá um desafio logístico e tão intenso'', explica.

''O sonho de todo piloto é chegar na MotoGP. Como digo em todas as minhas entrevistas, existe o sonho e a realidade que podemos alcançar. Na minha carreira, já tive momentos que estive mais próximo e mais longe. Não é impossível, mas é difícil. São pouquíssimas motos, muitos pilotos jovens subindo e muitas trocas. Mas estou muito feliz na MotoE. É um campeonato que tenho muito espaço e a chance de ser campeão mundial, que é o meu maior sonho, independentemente da categoria'', finaliza.

O podcast completo com Eric e Marco Granado estará disponível no YouTube do SBT Sports e no próprio canal do “Pod Pai Pod Filho” a partir das 19h (de Brasília) desta segunda-feira (22).

Anderson Ramos

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