Foto Felipe Medeiros |
Na próxima terça-feira (27/2), Marcelo Tas recebe Thiago Ventura no Provoca. O humorista, que tem promovido turnês de seus shows de stand-up por todo o Brasil e até mesmo pela Europa, fala no programa sobre humildade, sua missão como comediante, como usou a formação de administrador para planejar suas finanças antes e depois da fama, e muito mais. Vai ao ar às 22h, na TV Cultura.
Os dois refletem sobre a postura que pessoas como eles têm ou deveriam ter com quem os admira. Thiago comenta sobre a primeira vez em que encontrou Tas numa ação beneficente no Capão Redondo: ''você foi muito generoso e muito gentil comigo. [...] (mas) eu não acreditei que você fosse me tratar bem. Quando eu te vi ali, eu falei ‘ah, desgraça, mano, vou ter que cumprimentar mais um desses caras’. E não serve só pra você, serve pro Danilo (Gentili), pro Rafinha (Bastos) e pro Fábio (Porchat) também. E eles não fazem ideia. Por isso que essa distância, desses três caras, principalmente, me ofende''.
Mas, ainda sobre os colegas de profissão, diz: ''Era deles que eu queria ser tratado igual. E aí não tem como, porque a vida dos caras é muito corrida. E eu só consegui entender o lado deles depois que eu tive uma vida muito corrida''.
Tas também pergunta a Thiago o que ele entende como verdade, considerando que o humorista sempre diz que sua comédia é forte, pois é verdadeira. Ele responde: ''é o que você pode reproduzir que nenhum outro ser humano pode. [...] Quer uma piada que eu fiz com muita verdade? Meu amigo Fábio morreu com, se eu não me engano, foi um soco na cara e seis tiros no peito, na frente de todo mundo. Isso é verdade. Minha pergunta é: "Precisava do soco?". Como que eu falo de alguém que morreu a três casas da minha, na frente de todos os meus amigos, e eu consigo tocar nesse assunto com graça? [...] Analisando a situação e não fingindo que ela não existe. Acho que minha função como comediante é trazer alívio''.
Thiago ainda conta como foi importante se preparar financeiramente antes de tentar a sorte no stand-up, isso quando ainda trabalhava num banco: ''Meu objetivo era ter R$ 30.000,00 para poder viver dois anos ganhando o que eu ganhava no banco sem ter a possibilidade de ficar faltando alguma coisa. Eu ajudava em casa, eu não posso simplesmente sair do banco porque eu tenho um sonho. Eu continuo ajudando minhas irmãs, [...] eu tenho a educação dos meus sobrinhos para melhorar''.
Ele também fala das prioridades que aprendeu a definir quando estudou Administração: ''Minha qualidade de vida vem depois que o investimento está pronto. Então eu pegava todo o dinheiro e colocava no investimento. Quando tudo ficou pronto, eu cheguei ao ponto de poder estar numa entrevista falando que eu estou rico para você''.
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