GloboNews exibe especial sobre os 50 anos da Revolução dos Cravos neste domingo

Foto: Globo/Divulgação

Há 50 anos chegava ao fim o mais longo período ditatorial na Europa Ocidental durante o século XX. O dia 25 de abril de 1974, também conhecido por ''Revolução dos Cravos'', derrubou a ditadura em Portugal que já durava 48 anos, dando início ao regime democrático no país. Lembrado por flores e não por disparos, o movimento provocado por militares de baixa patente que eram contra a guerra colonial representou bem mais que uma ruptura política. No próximo domingo, dia 21, a GloboNews exibe um programa especial sobre os efeitos dessa revolução que sacudiu a sociedade e garantiu aos portugueses direitos fundamentais como o acesso à saúde, educação, habitação, a possibilidade de votar, entre outros.
 
O correspondente da Globo em Portugal, Leonardo Monteiro, entrevistou professores, historiadores, jornalistas, portugueses que retornaram ao país após o fim da ditadura, além de militares que desafiaram o regime autoritário na época, como Vasco Lourenço, um dos chamados “Capitães de Abril”. “Uma das coisas que nos movia muito era a nossa convicção de que estávamos a fazer o que a população queria que nós fizéssemos - derrubar a ditadura, terminar a guerra. Por mais que se imaginasse que podia haver uma adesão imediata, a adesão ultrapassou tudo aquilo que se podia ter imaginado”, conta o capitão.
 
O dia 25 de abril ficou marcado para os portugueses. Ao saberem que os militares pretendiam lutar para restabelecer a democracia e pôr fim à guerra colonial, a população distribuiu cravos aos soldados, que, por sua vez, colocaram nas suas armas como símbolo de paz. “Todas as sondagens mostram que 25 de abril continua a ser a data mais importante da história de Portugal - e que para todos - sobretudo para os jovens - a forma como Portugal fez a passagem da ditadura para a democracia é fonte de orgulho”, destaca a professora e historiadora Maria Inácia, que está à frente de todos os eventos organizados para homenagear os 50 anos da Revolução dos Cravos.
 
O jornalista da GloboNews Roberto D´Ávila morava em Paris e chegou a Lisboa semanas depois da revolução. “Ninguém dormia em Portugal. A alegria era tanta. Você imagina, 40 anos de ditadura, tudo fechado. De repente os portugueses se veem assim, usufruindo da liberdade. Então as pessoas ficavam a madrugada inteira discutindo, conversando na rua. Era um clima maravilhoso”, lembra Roberto.
 
Em entrevista ao corresponde da Globo na França, Guilherme Pereira, o renomado fotógrafo Sebastião Salgado ressalta a importância da revolução portuguesa para ele e para todos os refugiados que existiam na Europa na época. O fotógrafo e a esposa Lélia Wanick tinham fugido da ditadura no Brasil em 1969 e viviam em Paris quando decidiram viajar de carro com o filho, de 4 meses, até Lisboa, onde ele faria a sua primeira reportagem. “Eu não trabalhava para nenhum jornal, para nenhuma agência. Eu queria fazer fotografia para mim mesmo, então nós fomos com nossos próprios recursos. E foi uma coisa maravilhosa, porque não fomos só nós. Todo mundo que tinha uma ideia libertária, que tinha um sonho de ter um país que pudesse ser um socialismo de verdade, uma verdadeira democracia, foi para Portugal. Eu fui aprendendo a fotografar, a estruturar as reportagens com a revolução portuguesa. Então, Portugal fez parte um pouco da minha escola de fotojornalismo”, diz Sebastião Salgado.

O programa especial sobre a Revolução dos Cravos vai ao ar nesta segunda-feira, dia 22, às 23h30, na GloboNews.

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