No Traz a Pipoca, Johnny Massaro fala sobre novos rumos da carreira: ''me sinto muito menos vulnerável como diretor''

Johnny Massaro na gravação do 'Traz a Pipoca'. Foto: Telecine/divulgação

Prestes a voltar aos cinemas como protagonista de 'Aumenta que é Rock'n'Roll', Johnny Massaro esteve no Traz a Pipoca, podcast de cinema do Telecine, para bater um papo com Moisés Liporage e Bruna Scot sobre seu novo filme, que estreia no dia 25 de abril. Na trama, Massaro interpreta o jornalista Luiz Antonio Mello, conhecido por ter criado a Rádio Fluminense FM, a "Maldita", primeira rádio brasileira dedicada exclusivamente ao rock. O episódio pode ser ouvido no YouTube do Telecine, Globoplay, Spotify, Deezer, Apple Music e Amazon Music, a partir de 25 de abril.

Ambientado nos anos 1980, o longa acompanha o dia a dia de um grupo de jovens sonhadores: produtores, repórteres e locutores que toparam ir contra a caretice que ditava o padrão das rádios da época e se desdobraram para manter no ar a “Maldita”. O filme revela também os bastidores do icônico Rock in Rio de 1985, onde o destino de Luiz Antônio e de sua amada Alice (Marina Provenzzano) é selado ao som triunfante de Cazuza, à frente do Barão Vermelho.

Em relação ao período retratado na trama e o fato de interpretar uma figura viva, Massaro brincou sobre a dificuldade de fazer um filme que se passa em uma época não tão distante assim. “Prefiro fazer [tramas do] século 15 do que anos 1980", disse, justificando que, quando a distância temporal é menor, as pessoas têm mais referências sobre a época retratada, o que gera mais comparações e questionamentos. "Nesse caso específico, eu tive o benefício de o Luiz ser uma figura muito importante, mas não ser uma figura que as pessoas reconhecem, então, não me preocupei muito em mimetizar. Eu tentei pegar a personalidade, a essência, a dureza, uma espécie de mau humor, busquei a energia e o coração do personagem”, comentou, sobre as escolhas de sua atuação.

Massaro falou ainda sobre a amizade próxima com os atores que compõem o elenco e lamentou a partida precoce da atriz Flora Diegues, que morreu em 2019, aos 34 anos. “Me toca muito saber que esse filme foi a última participação da Flora Diegues, uma amiga querida para todo mundo e filha do Cacá Diegues e da Renata Almeida, que são produtores do filme. É emocionante especialmente porque é uma galera que já se conhecia há muito tempo, foi uma coincidência da vida que o Tomás [Portella] tenha escolhido para o elenco pessoas que tinham estudado teatro juntas. Foi um entrosamento muito natural”.

Por fim, Massaro falou ainda sobre as diferenças entre seus trabalhos de atuação e direção. “Eu me sinto muito menos vulnerável como diretor. Como a matéria-prima do ator é si próprio, ou seja, corpo, voz, fala, etc. eu fico muito exposto e, às vezes, é muito duro lidar com críticas. Agora, depois de 20 anos atuando, talvez eu queira respirar um pouco, até para eu poder crescer um pouco mais dentro desse ofício. Dirigir, por outro lado, não é sobre controle, é sobre abandonar o controle, porque de fato não o temos. O que me encanta na direção é o fato de que as coisas não saem como o planejado, os trabalhos acabam sendo fruto de todas as coisas que você, na verdade, não conseguiu fazer. É um processo sobre o que deu errado mais do que sobre o que deu certo, e isso é encantador”, definiu.

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