Autora do remake da novela "Vale Tudo", Manuela Dias é entrevistada no Provoca desta terça-feira (19)

Foto: Gelse Montesso

Marcelo Tas conversa no Provoca desta terça-feira (19/11) com a roteirista que representa a renovação da teledramaturgia brasileira, Manuela Dias. Autora de Amor de Mãe, da série Justiça, e agora do remake da histórica novela Vale Tudo, ela fala na edição que sempre quis fazer novela e que a televisão aberta não vai acabar, que acorda todos os dias para mudar o mundo, sobre a necessidade de atualizar Vale Tudo, e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, às 22h.

Tas começa a edição perguntando quem é ela e o que faz. “Eu acho que eu sou uma pessoa que acorda para mudar o mundo, todo dia”, diz Manuela. 'Caramba, que tarefa é essa, hein?', indaga Tas. “Dos meus jeitinhos, né? Porque eu acho que mudar o mundo é uma coisa grande e pontual ao mesmo tempo. Então acho que tem a ver desde um plástico que você deixa de usar até a forma como eu vou escrever, até a forma como eu me alimento, até a forma como eu me divirto”, explica.
 
Em outro momento do bate-papo, a roteirista responde à pergunta de um internauta sobre o fim da TV aberta. “Jamais. Há um tempo, com o boom dos streamings, ficou uma sensação de que a TV ia morrer, e agora a gente está vendo que não (...) a maior audiência da televisão americana é o Super Bowl. Eles entregam uma vez por ano essa audiência, 30, 40 milhões, acho, de pessoas. A gente entrega isso todo dia a dia. Todo dia é um Super Bowl!”, diz.
 
‘É preciso atualizar a novela Vale Tudo?’, pergunta Tas. “Muita coisa (...) existe tipo uma revolução, mesmo, na dramaturgia e na própria história, com "H" maiúsculo, que a gente agora está muito em busca desse contraplano histórico. A gente cansou da história da princesa, e agora a gente quer a história da ama. E dar essa profundidade para essas pessoas que são tratadas no dia a dia como funções é essencial (...) a representação tem esse poder. Muita gente consegue ver a babá que trabalha na própria casa quando consegue ver a Dona Lurdes (...) ninguém quer ser uma função”, comenta.

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