Convidado do CNN Entrevistas deste sábado (17), ás 21h, o psicólogo social, professor e escritor norte-americano Jonathan Haidt falou sobre o livro ''A Geração Ansiosa" e os impactos do uso excessivo das telas na saúde mental de crianças e adolescentes.
Durante a entrevista aos jornalistas Thais Herédia e o Iuri Pitta, o psicólogo citou desafios dos pais na criação dos filhos ante um excesso de estímulos, smartphones e redes sociais. "Todos enfrentam este problema: esses dispositivos foram feitos para viciar e estão prejudicando a saúde mental em escala global de centenas de milhões de crianças", observa o pesquisador, que estará em São Paulo na próxima semana para o evento Fronteiras do Pensamento.
Haidt defende uma idade mínima para influenciadores nas redes sociais, uma vez que trazem as crianças para o epicentro da cultura do consumo e da atenção como produtos. "Não é um jeito inocente de se ganhar dinheiro. Portanto, devemos ser contra'', afirma. ''Lembrem-se: nós não somos os clientes dessas empresas, nós somos o produto. Os clientes são os anunciantes. Então, oferecer seu filho como produto, mesmo recebendo uma comissão, deveria ser ilegal''.
O pesquisador também falou sobre os malefícios do que chamou de ''infância digital''. "Se você quer preparar seu filho para ser bem-sucedido no futuro digital, deve protegê-lo da destruição da capacidade de prestar atenção. Quem não consegue se concentrar em algo por 30 minutos sem interrupções, não consegue fazer nada'', disse. ''Você não terá utilidade a ninguém. Por isso, não sei o que o futuro nos reserva. Isso me preocupa. Tenho medo de como isso vai afetar as crianças, a economia e tudo mais''.
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