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| A CEO da COP30, Ana Toni (à esq.), em entrevista às analistas Isabel Mega e Larissa Rodrigues. foto: Reprodução/CNN Brasil |
A CEO da COP30, Ana Toni, alerta que a crise climática é um acelerador de pobreza e desigualdade, com efeitos mais severos sobre as populações vulneráveis. Em entrevista às analistas Isabel Mega e Larissa Rodrigues, no CNN Entrevistas deste sábado (7), ás 21h, ela defendeu que a conferência no Brasil seja uma tradução concreta desses impactos.
''Mudança do clima não é um tema ambiental somente, ele é um tema social e um tema econômico. E eu acho que a gente tem que traduzir isso na nossa COP. Por isso, fico contente que vamos ter uma cúpula em Belém, porque é uma cidade real, com problemas reais da população mais vulnerável'', afirmou.
Toni também destacou o papel do setor privado diante do novo cenário de adaptação climática. Para ela, há oportunidades econômicas ligadas à resiliência da agricultura, à inovação em irrigação e ao desenvolvimento de sementes mais resistentes. ''O setor privado pensa sempre muito mitigação, hidrogênio verde, painéis solares, o que é ótimo. Mas a gente, infelizmente, já chegou em um momento de adaptação, e o setor privado também terá oportunidades econômicas'', explicou.
Outro ponto enfatizado por Toni foi o fortalecimento do multilateralismo por meio do esforço coletivo impulsionado pela conferência global do clima e pelo Acordo de Paris. ''As COPs viraram a o maior evento das Nações Unidas. Isso mostra que a mudança do clima traz essa união entre todos.''
A CEO reconheceu o impacto negativo causado pela saída dos EUA do Acordo de Paris, mas reforçou o compromisso do Brasil com os demais países. ''É uma pena, lógico que tem consequência, um país tão importante, é tão rico. Então, a nossa disposição como presidência da COP é continuar o trabalho muito duro, muito difícil, unidos com os outros 197. E é assim que a gente vai trabalhar para a COP30.''
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