'Caminhos da Reportagem' mostra como a Usina de Itaipu une energia limpa e preservação ambiental

Itaipu Binacional investe em projetos de sustentabilidade. Foto: Divulgação/TV Brasil

A TV Brasil exibe, nesta segunda-feira (14), às 23h, o episódio inédito 'Itaipu: caminho das águas', do programa Caminhos da Reportagem. A produção revela como a Usina de Itaipu, localizada no rio Paraná, na fronteira entre Brasil e Paraguai, alia geração de energia à conservação ambiental.

Responsável por 10% da energia consumida no Brasil e 88% no Paraguai em 2024, a hidrelétrica investe em sustentabilidade e qualidade. A engenheira civil Mariana Werlang trabalha com a previsão de afluências, ou seja, a previsão da quantidade de água que está chegando ao reservatório e disponível para geração de energia. ''Não é só a quantidade de água que é importante. A qualidade também pode interferir na operação'', pondera.

O episódio mostra ainda projetos que são essenciais para a preservação ambiental, como reflorestamento, proteção de nascentes e da biodiversidade, educação ambiental, reciclagem e aquicultura sustentável.

Pesquisas e projetos

A Usina de Itaipu investe há quase 50 anos em pesquisas científicas para a conservação dos peixes. ''A tecnologia que nós usamos para marcação, recaptura e rastreamento dos peixes microchipados permite que a gente compreenda de que forma o ambiente está suportando o desenvolvimento daquela espécie e de sua população'', comenta a bióloga Caroline Henn.

Desde 1979, um projeto de restauração e proteção da mata ciliar conecta as reservas e os refúgios em torno do reservatório de Itaipu. A engenheira ambiental de Itaipulândia (PR), Rosenei Zaleski, explica que o plantio e a restauração foram feitos com plantas nativas da região. ''Hoje, a gente vê que os próprios agricultores procuram os municípios, dizendo que precisam de mais mudas nativas'', afirma.

O Caminhos da Reportagem entrevistou a produtora rural Lucivânia Felix de Melo,  beneficiada pelos projetos de agroecologia com foco na agricultura familiar. Em uma produção de 10 mil metros quadrados, ela tem 55 espécies de frutas. ''Aqui está tudo verde, está cheio de animais, está cheio de borboletas, insetos'', aponta.

Outra ação de preservação é o Corredor Ecológico Santa Maria, resultado da atuação conjunta de instituições municipais, estaduais e federais que trabalham em parceria com proprietários de terra, que cedem parte de suas propriedades para o projeto. ''A lei exige que o proprietário de uma área que tem um rio tenha aquela faixa plantada em volta desse rio. Isso ajuda bastante. Agora, o que dificulta é o interesse econômico por produção. Os proprietários aqui, a gente tem que dar muitos parabéns a eles, cederam a faixa de 5 quilômetros dentro da fazenda'', explica Apolônio Rodrigues, biólogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O Refúgio Biológico Bela Vista, localizado na área da usina, também é uma iniciativa para proteger a fauna e a flora locais, promovendo o resgate e reabilitação de animais silvestres, além de preservar a Mata Atlântica. ''Todas as ações ambientais de Itaipu a gente consegue ver aqui no refúgio'', diz o biólogo Marcos José de Oliveira. Quando começou a trabalhar em Itaipu, em 1989, ele não via capivaras, onças, macacos. Havia pouquíssimos animais. ''Então ter feito o dever de casa, ter plantado a floresta, a gente viu a fauna retornando por si'', ressalta o biólogo.

Anderson Ramos

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