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| Denise Fraga e Simone Zuccolotto no Cinejornal inédito. Foto: Divulgação |
Na próxima segunda-feira, 8 de setembro, às 19h30, o Canal Brasil exibe uma entrevista inédita de Denise Fraga para o Cinejornal, apresentado por Simone Zuccolotto. A conversa foi gravada durante a passagem da atriz no 53º Festival de Cinema de Gramado, em que esteve presente com o longa ''Sonhar com Leões'', de Paolo Marinou-Blanco, exibido na Mostra Competitiva de Longas-metragens Brasileiros.
Com quase 40 anos de trajetória, Denise relembra sua primeira experiência no cinema com “Com Licença, Eu Vou à Luta” (1986), e brinca: ''Será que conta? Porque minha cena foi cortada”. Para ela, ''Por Trás do Pano'' (1999), dirigido por Luiz Villaça, seu marido há 31 anos, marcou de fato sua estreia nas telas. O longa foi um marco em sua carreira: rendeu a ela sete prêmios de atuação, incluindo o Kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado. ''Eu filmei 'Por Trás do Pano' amamentando o Nino, nosso filho mais velho. Lançamos aqui (em Gramado), eu amamentando o Pedro, meu segundo filho. É meio filhos & filmes. Foi um acontecimento na nossa vida''.
A atriz também fala sobre a parceria com Villaça, com quem realizou diversos filmes, peças e trabalhos para televisão. ''É louco porque assim, agora a gente já tem um monte de coisa junto''. Ela completa: ''Essa parceria é a nossa vida. Eu trouxe o Luiz para o teatro. Ele achava que ele era do cinema e eu era do teatro. Ele achava que o lugar do teatro não era dele. Mas ele está na quinta peça que dirigiu. Então já é um negócio misto''.
Sobre ''Sonhar com Leões'', tragicomédia com estreia nos cinemas marcada para 11 de setembro, Denise revela o impacto emocional do projeto, que trata da eutanásia com leveza e humor. ''Fiquei muito impressionada quando li o roteiro. A forma que o Paolo Marinou-Blanco — que é um dos diretores mais incríveis com quem eu já trabalhei, diga-se de passagem — resolveu contar isso é muito única, muito original. A personagem é incrível''. A atriz também compartilha como a preparação para o papel coincidiu com a decadência física de sua mãe, que morreu em janeiro: ''Nesses últimos três anos, desde que filmei até agora, eu pensei muito sobre isso. E isso me encheu de vida''. E conclui: ''Não se exima de falar da morte, porque quando você fala da morte, no fundo você está falando da vida. Falar da morte dá mais vontade de viver.''
No programa, Denise também comenta ''Livros Restantes'', de Márcia Paraíso, outro longa protagonizado por ela, uma coprodução entre Brasil e Portugal com estreia prevista para esse ano. No filme, ela vive uma professora em processo de mudança que decide entregar pessoalmente cinco livros com dedicatórias que marcaram sua trajetória. ''Eu estava em Portugal, filmando o 'Sonhar com Leões', quando a Márcia me ligou para fazer ‘Livros Restantes’. É lindo. É lindo demais''.
A atriz ainda relembra sua personagem Dorinha em ''O Auto da Compadecida'' (2000): ''Eu tenho muito orgulho de pertencer a esse elenco e de fazer parte de um filme que hoje eu acho que é um clássico do cinema nacional". Ela comenta também a redescoberta da obra: "E aconteceu uma coisa curiosa que eu fiquei muito tempo sem ver o 'Auto da Compadecida'. E aí eu vi o filme e achei muito bom, é muito reloginho. É muito preciso. E aí você entende essa vida imensa que esse filme teve".
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