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| Foto: Ana Paula Santos/ Acervo TV Cultura |
O fotógrafo que registra a relação entre homens e natureza no Brasil há mais de 30 anos, João Farkas, é o convidado do Provoca desta terça (21/10), a partir das 22h. Ele conversa com Marcelo Tas sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, como enxerga seus retratados, qual a influência de seus pais em sua carreira, e muitos outros temas.
Na edição, o apresentador relembra o livro de Farkas sobre a Foz do Amazonas e questiona como ele enxerga a exploração de petróleo na região. O autor revela que a ação de retratar o local também foi um processo de reflexão. Para ele, a exploração de petróleo dificilmente será superada, pois é vista como uma solução imediata para uma sociedade que ainda convive com a pobreza e a falta de direitos básicos, como saúde e educação. ''É muito difícil a gente trocar um tesouro que pode ser transformado em dinheiro amanhã, por um tesouro que vai ser para as próximas duzentas gerações'', diz, se referindo à floresta.
Assim como a natureza, as pessoas são especiais para Farkas. Segundo ele, cada uma das que ele fotografa é sagrada. ''Eu olho para aquela pessoa como uma pessoa importantíssima, porque, no meio desses bilhões – são bilhões de galáxias, com bilhões sóis -, alguém fez aquilo acontecer. Aquilo é um milagre que está na minha frente. Então eu fotografo dessa forma. Para mim, cada retratado é sagrado'', conta na entrevista.
O fotógrafo ainda relembra a influência dos pais para sua sensibilidade artística. O pai, Thomaz Farkas, o ensinou a se comunicar com qualquer pessoa. ''Ele estava no interior da Bahia ou no Champs-Élysées, ele sabia se comunicar com as pessoas, falava a língua, sabia a linguagem, sabia trabalhar em equipe'', diz. Já a mãe, Melanie Farkas, o inspirou a ouvir e compreender os outros: ''Ela tinha uma frase ótima. Ela falava: ‘tem tanto curso de oratória, por que não fazem um curso de escutatória?’", completa.
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