Claro pode comprar a Oi e ser tornar a maior operadora em Telecomunicações do Brasil

Claro tem interesse em compra a operadora OI. (Divulgação)
O grupo América Móvil, dono das marcas Claro, NET e Embratel, no Brasil, poderá comprar a também empresa de telefonia Oi. A informação foi confirmada por Daniel Haji, CEO da América Móvil durante entrevista a uma publicação de economia, nesta quarta-feira (21) em entrevista ao valor econômico. A Oi atualmente passa por um processo de recuperação judicial.

O interesse na compra da rival vem desde 2014, a empresa do grupo mexicano admitiu ter negociado com a Oi a possibilidade de, com ela, adquirir a rival. Na época, o alvo valia estimados R$ 45 bilhões – quase o valor da dívida da Oi naquele ano.

Segundo o CEO da América Móvil, a oferta dependerá dos detalhes que a Oi exigirá para a venda dos ativos; além das possíveis barreiras da legislação brasileira para concluir o negócio. O grupo não esconde o interesse nas áreas de telefonia fixa e móvel, banda larga e demais serviços ofertados pela Oi.

De acordo com ele, a intenção é avaliar a possível compra da recuperanda e fechar o que for mais conveniente, de acordo com o preço, ativos vendidos e aval da regulamentação brasileira.

O executivo acredita que, se concretizada, a consolidação do setor será boa para o mercado e para os brasileiros. Mas ainda não está claro o que será vendido pela Oi nem como.

“Estou muito interessado em participar da consolidação no Brasil, mas não sei como será feita”, acrescentou ele na conversa ao Valor Econômico. "A consolidação será muito boa para o Brasil e para o mercado".

Segundo a revista Exame, a TIM também estaria na mira da América Móvil. No ano passado, o grupo mexicano até tentou realizar um acordo com a Oi para, juntas, comprarem e fatiarem a TIM. Mas a operadora italiana negou a proposta na época. Antes disso, Vivo e Claro também haviam demonstrado interesse na rival.

Segundo Hajj, a fusão de empresas é "necessária" para gerar escala na infraestrutura das tecnologias que sustentam as operações na América Latina, principalmente devido às mudanças nos padrões de consumo - com a demanda por dados triplicando a cada 12 meses -, um processo o qual a América Móvil estaria pronta para suportar.

O pedido de recuperação da Oi facilita, desta vez, a abertura de uma negociação mais aberta, apesar de ainda incerta, segundo entrevista de Haji.

Até o momento, a Oi representa 24,3% do mercado de banda larga fixa, 34,4% de telefonia fixa, 18,7% de telefonia móvel e outros 6,5% de TV por assinatura. A América Móvil já é líder do mercado de TV por assinatura e banda larga fixa, a compra da Oi poderia trazer uma liderança absoluta para a empresa.

Atualmente a operadora Oi passa por um processo de recuperação judicial. A operadora tem mais de 65 bilhões de reais em dívidas, muito maior que o valor de mercado, que caiu para apenas 724 milhões de reais em junho. A  venda de ativos da Oi poderá ser uma forma de acabar com o processo de recuperação judicial e seus credores terem suas dívidas pagas.

Anderson Ramos

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