Na TV Brasil, Mídia em Foco discute o cinema e a literatura de terror

(Imagem/Divulgação TV Brasil)
Horror e terror na literatura e no cinema. Este é o tema do Mídia em Foco, que vai ao ar na segunda-feira (dia 17), às 22h45, na TV Brasil. No programa, a cineasta Gabriela do Amaral Almeida, a jornalista Laura Canepa e a atriz Liz Mariz falam sobre o surgimento da literatura e do cinema de horror no Brasil. 

 “A hegemonia do filme de terror é o americano. A gramática de terror que a gente consome é a americana”, diz a cineasta Gabriela Almeida. “E  acho que quando um espectador brasileiro vai ao cinema vai esperando uma espécie de emulação, simulação do filme norte americano. Eu acho que a gente tá numa construção de gramática e de comunicação com esse público”, observa.

Para Laura Cánepa, o horror na literatura “sempre foi assunto de mulher” no mundo inteiro. Ela lembra que as primeiras autoras do gênero, no século XVIII, eram mulheres, como  Anne Hatclif,  Mary Shelley, que escreveu há 200 anos o Frankenstein. “Essas mulheres foram autoras, elas foram leitoras e foram personagens. Há uma centralidade da experiência feminina no horror que é muito notória, e que sempre houve”, afirma a jornalista.

A atriz e cineasta Liz Marins aposta no crescimento do cinema de terror brasileiro. “E as empresas podem ajudar, podem e devem porque é um gênero que é muito consumido, vide o que se consome de obras de fora, é muito consumido, as pessoas curtem bastante e pode sim ser uma coisa muito ótima para as empresas em termos de marketing. É só quebrar o preconceito”, diz. 

A palavra horror deriva do latim horrore e significa eriçar, ficar com o cabelo em pé. A poesia de Manuel Inácio Silva Alvarenga já trazia elementos do horror à literatura brasileira no final do século XVIII.

Apesar disso, a obra considerada como o primeiro livro de terror brasileiro foi lançada apenas em 1963: Noite Diabólica – contos macabros do mestre do horror Rubens Francisco Lucchetti. O filme À meia noite levarei sua alma, de José Mojica Marins, foi lançado em 1964 e é considerado o grande marco do terror brasileiro nas telas.

Apesar do cinema nacional flertar com o gênero desde os anos 1930, no final da década de 60, Mojica e R.F. Lucchetti se juntaram e produziram programas de TV como o Estranho Mundo de Zé do Caixão, histórias em quadrinhos e longas-metragens, todos com grande sucesso de público. O Xangô de Baker Street, adaptação cinematográfica do livro homônimo de Jô Soares, estreou em 2001 misturando comédia com cenas de horror.

Em 2008, o terror nacional volta às telas com os lançamentos de A Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins e do alternativo Mangue Negro, de Rodrigo Aragão. Nos últimos anos, o gênero cresce com a produção de longas como As Boas Maneiras, Diário de um Exorcista – Zero e O Nó do Diabo, além de séries como Zé do Caixão e Contos do Edgar.

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