'Caminhos da Reportagem' da TV Brasil investiga a saúde mental dos indígenas

Imagem/Divulgação TV Brasil 
A saúde mental dos povos indígenas no país é o assunto do programa Caminhos da Reportagem desta quinta (22), às 21h45, na TV Brasil. A produção visita tribos para conhecer essa realidade. Segundo o Ministério da Saúde, os índios cometem suicídio três vezes mais que a população não indígena.

A equipe de reportagem foi a uma reserva em Dourados, onde o índice de suicídio é o segundo maior do país. Já nas aldeias da capital paulista, o álcool e o consumo de drogas preocupam os agentes de saúde. A matéria especial "O Paciente Invisível" investiga as causas do problema.

O programa jornalístico da emissora pública destaca ainda a relação da medicina tradicional com a medicina das ervas. Acompanha o trabalho desenvolvido pelo pajé e mostra os mitos numa cultura confinada em reservas.

O que leva um índio a tirar a sua própria vida? Nos últimos dois anos foram 15,2 casos em cada 100 mil habitantes, o triplo em relação à população não indígena. Metade dos casos ocorreu na faixa etária de 10 a 19 anos. As causas para os altos índices de suicídio passam por depressão não tratada, consumo de álcool e de drogas.

Em Dourados (MS), o pajé Kaiowá Getúlio Juca Ava Poty Vera afirma que não havia suicídios nos tempos de seus ancestrais. Segundo o indígena, o termo nem existe no idioma da comunidade. Para ele, pode ser um feitiço – arapoju – uma doença invisível que "deixa a pessoa brava que vai correndo tirar a vida".

Mas especialistas - antropólogos e agentes de saúde - além das lideranças indígenas, são unânimes em afirmar que o confinamento em reservas contribui para as mortes. "Eu queria estudar, ter uma profissão, ter uma vida comum", diz a indígena Guarani-Kaiowá que tentou suicídio.

O Caminhos da Reportagem foi à Reserva Indígena de Dourados, no Mato Grosso do Sul, o segundo estado com o maior número de indígenas atacados pela "arapuju" e na Terra Indígena Jaraguá, São Paulo.

Tanto no interior no Brasil quanto na área urbana da capital paulista, a falta de profissionais de saúde e de uma política pública para assistir às questões psicológicas de Guarani e Kaiowá, é impactante.

Em entrevista à atração jornalística, as irmãs Sidnéia e Cidiele Braga contam que só receberam a visita da psicóloga na aldeia seis meses depois que o irmão de 15 anos cometeu suicídio.

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