Cantora italiana Mafalda Minnozzi é a entrevistada do programa Impressões de terça

Divulgação TV Brasil
Com uma longa história de arte e envolvimento em projetos sociais no Rio de Janeiro e São Paulo, a cantora italiana Mafalda Minnozzi lançou um desafio aos brasileiros: refletir sobre a importância do mundo interior e das relações humanas. Ela avalia que, diferente do que ocorreu na Itália, ainda é possível evitar o desastre moral, ético e do desperdício no Brasil.

“O Brasil ainda tem essa chance. Porque tem a possibilidade de preservar esse lado humano, espiritual, ainda não foi tudo perdido”, defende a artista, em entrevista à jornalista Roseann Kennedy no programa Impressões que vai ao ar às 23h de terça (30), pela TV Brasil.

Para Mafalda, na Itália o trabalho terá de ser o de reconstrução. O que fez a Itália forte no mundo, de acordo com a cantora, foi a parte humana, mas isso teria se perdido. “Essa coisa de estar ao redor de uma mesa era mais a cultura do encontro, não era a cultura do comer. Era saber: ‘filho, o que você está fazendo?’ Olhar nos olhos do avô, olhar o que está acontecendo de verdade. Agora, a droga está sendo devastadora na Itália. Ela está em todos os níveis sociais”, lamenta.

A cantora observa que, se por um lado as informações circulam com rapidez hoje, por outro, as pessoas não têm tempo e fazem tudo por mais uma curtida nas redes sociais. “As pessoas estão vendendo a sua alma para ter um like a mais, quando o like que importa mesmo é o que você tem com as pessoas que estão no seu convívio e sabem quem é você de verdade. Porque a gente tem que se conhecer na profundidade e a música faz isso”, conclui.

É por meio da música que ela leva valores a novas gerações. Há mais de vinte anos, Minnozzi participa de projetos de adoção de crianças na Mangueira e no Vidigal. Também faz parte de corais em escolas públicas. “Quando cheguei, fiquei chocada com a dança da garrafa. Não podia aceitar isso. A criança deve aprender a brincar, a cantar, mas não dessa forma. Porque devassa o papel da criança e da mulher”, relembra, dizendo que, apesar dos contrastes, foi entendida.

Ela conta que também não aceitava ser chamada de ‘tia’ pela garotada, mas explicava o motivo: “temos nome e sobrenome. O sobrenome conta nossa história, dos nossos avós e bisavós”. Para a artista, essa é uma forma de mostrar respeito ao outro e à sua origem.

“Normalmente, não falo muito desse aspecto, mas eu estou vendo, nos últimos anos, que falar disso ajuda outros artistas a abraçar outros projetos. Eles me dizem: ‘Mafalda, mas se você faz e as crianças nem entendem seu português, a gente faz junto’. Então é bom falar do tanto que é possível fazer com pouco.”

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