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O programa Trilha de Letras recebe o escritor e jornalista Joaquim Ferreira dos Santos para um papo com Katy Navarro sobre o cronista e a cidade nesta terça (14), às 23h30, na TV Brasil. "Os cronistas dão uma ilusão de que escrever é fácil", sugere o convidado no início da conversa.
"Você lê o Rubem Braga com aquelas palavras curtas e vocabulário constante. Olha aquilo e pensa que sabe fazer também. E tenta fazer, mas a maioria das pessoas quebra a cara porque o texto tem truques, artimanhas e técnicas sofisticadas", explica. "Você lê e escreve. Acredito que não precisa de muito mais para se fazer um país melhor", avalia.
A crônica, do grego "chronos", significa tempo, uma breve história que trata dos acontecimentos do dia-a-dia. Geralmente contada com humor, leveza e até ironia sobre o lugar a sua volta, a crônica é uma das especialidades na carreira de Joaquim Ferreira dos Santos.
Com diversos livros publicados e passagens por vários veículos de imprensa, o jornalista compartilha um pouco de sua experiência nesse tipo de texto que é muito familiar ao seu trabalho. "É um gênero que eu gosto muito e hoje eu pratico profissionalmente", afirma.
Autores que são referência
Joaquim Ferreira dos Santos conta como aprendeu a se identificar com esse conteúdo. "Eu comecei a gostar de ler com os textos dos cronistas Rubem Braga, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino. Esses caras escreviam nos anos 1960 na Revista Manchete", lembra.
O convidado enumera alguns dos assuntos que era abordados pelos mestres que citou. "Eles falavam sobre cidade, comportamento, situações corriqueiras, as cores da primavera; temas que são muito próximas com uma linguagem atraente. Eu adorava ler aquilo", reflete.
Dentre os autores contemporâneos e da nova geração, Joaquim Ferreira dos Santos destaca nomes como Antonio Prata e Xico Sá. Ele comenta o jeito de escrever e os assuntos da atualidade abordados nessas produções literárias.
Essa edição do programa Trilha de Letras conta, ainda, com o depoimento do também cronista e fotógrafo Léo Aversa. Ele analisa a transformação que esse texto proporciona ao leitor. "A crônica é sempre em primeira pessoa e traz minhas experiências. Ela funciona a partir de uma volta no quarteirão e se observar o que está acontecendo. Aí aparecem as ideias", ensina.
No quadro "Leituras", a produtora Maíra de Assis narra um trecho e comenta um trecho do livro "Ironias do tempo", do escritor Luís Fernando Veríssimo. Já no quadro "Dando a Letra", Marcelo Asset fala sobre a sua obra "Acetetos".
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