Paulo Miklos, Di Ferrero e mais famosos comentam atitudes machistas em nova fase da campanha da MTV contra violência e desigualdade de gênero

Divulgação MTV
A MTV e a Plan International acabam de anunciar nova fase da campanha para "Para e Pensa - A Desigualdade de Gênero Também é Problema Seu". ‘Eu Assumo’ traz, a partir de hoje, pílulas com confissões sinceras de comportamentos sexistas de nomes como Paulo Miklos, Di Ferrero, Fred Desimpedidos, Caue Moura Rômulo Delgado (Homem em Construção) e Rafa Vieira (De Férias Com o Ex Brasil e Amor e Ódio: Acashore) . Os depoimentos serão exibidos na TV e nas redes sociais da MTV.

‘Eu Assumo’ irá reunir, além dos nomes citados acima, vários depoimentos de homens e mulheres (famosos e audiência) que assumem a responsabilidade por comportamentos sexistas. E se arrependem.

Confira trechos dos depoimentos:

Quais atitudes anti-machistas você se compromete a a fazer daqui pra frente?

"O primeiro princípio é não atrapalhar. É parar de fazer piada, não menosprezar o esporte feminino. Conheço muitos homens que nunca assistiram a um jogo de futebol feminino e falam que é sem graça", Fred Desimpedidos.

"Romper a maneira de fazer sempre as mesmas coisas. Aquilo de estar sempre entre os homens, com os brothers. É justamente o que leva a essa situação de exclusão", Paulo Miklos .

Lembra uma vez que você foi machista?

"Há um costume aqui no Carnaval do homem se vestir de mulher. E eu vi que quando eu me fantasiava de mulher era de uma maneira pejorativa. Eu não estava sendo um aliado da igualdade de gênero. Eu estava colocando mais fogo e alimentando o patriarcado", Rômulo Delgado .

"Eu era machista pra caramba e não percebia. Eu falava a real para não iludir. Dizia: não vou ficar junto, só estou curtindo... E a menina me perguntou: porque você está falando isso? Você acha que eu quero ficar junto? Na hora, mudou uma chavinha na minha cabeça", Di Ferrero .

E você? Já fez algo machista de que se arrependeu?

"Eu tenho toda certeza de que já reproduzi muita injustiça e já falei muita merda. Aliás, todos os meus vídeos de 2014 para trás, eu tirei do ar pra não ter que filtrar tanta coisa - porque eu sabia que era coisa demais. E eu parei de divulgar esse passado, parei de passar para frente", Caue Moura .

"Já disse frases que, se eu me escutasse hoje em dia, seria o primeiro a me repreender. Por exemplo, ‘nada contra, eu só não curto afeminado’. A mesma coisa em relação à transfobia. Já fui transfóbico no passado, antes de ampliar minhas visões. Já cheguei a tecer elogios ‘nossa, mas você é linda, nem parece trans’, como se a pessoa parecer trans fosse algo negativo", Rafa Vieira .

Para e Pensa

A campanha Para e Pensa tem como objetivo aquecer as discussões sobre desigualdade de gênero na região, além de envolver e incentivar os jovens nesta causa. O objetivo é alertar não apenas as mulheres, mas a sociedade em geral, para esse problema que a pertence a todos. "Para e Pensa" está alinhada com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 5 que diz: "Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas ".

A campanha tem diversas ações multiplataforma que compartilham mensagens positivas e reconhece, os esforços de quem está fazendo a diferença na luta pela igualdade de gênero. Dentre elas, vídeos informativos exibidos no canal de TV, posts nas redes sociais e lista de transmissão de conteúdo via Whatsapp para quem estiver interessado em receber o conteúdo, em primeira mão. Para fazer parte dessa comunidade basta acessar o grupo através do QR Code que ficará fixo na tela durante a exibição da campanha.

Para e Pensa foi lançada em 8 de março, quando a programação do canal foi invadida por depoimentos de mulheres que são destaque em seus países, intervenções gráficas com frases sobre a violência contra as mulheres e um QR Code fixo na tela levava a audiência ao Instagram da MTV, para acompanhar um carrossel com imagens desta iniciativa e também com a explicação do mote da campanha.

A campanha Para e Pensa não leva em consideração quem é de direita, centro ou esquerda, a questão levantada está acima de qualquer conversa partidária. Tampouco importa a religião, crenças, gostos ou convicções, o que importa é combater as agressões contra as mulheres, em todas as suas formas. E esse é um problema de todes.

Violência em tempos de distanciamento social

Dados levantados pela Plan International retratam uma triste realidade: enquanto o isolamento social segue sendo muito importante para prevenir a disseminação da COVID-19, ficar em casa coloca mulheres e meninas em risco e tem como consequência o aumento a violência doméstica, além de afastá-las da educação, de serviços de proteção e da comunicação com meio externo via redes sociais. Segundo a Plan International, a América Latina possui os maiores índices de violência de gênero do mundo. Ainda segundo a ONG, até este momento, 743 milhões de meninas estão sem acesso à educação. Tal cenário reduz a oportunidade de desenvolvimento e contribui com o aumento da disparidade de gênero no futuro. Uma menina com educação defasada tem três vezes mais chances de se casar enquanto ainda é criança e torna-se também mais vulnerável. De acordo com a Plan International, se a orientação para ficar em casa perdurar até o fim do ano, 31 milhões de meninas e mulheres enfrentarão violência de gênero.

O Universo da TV

O Universo da TV é o site perfeito para quem quer ficar por dentro das últimas novidades da TV. Aqui, você encontra notícias sobre TV paga, programação de TV, plataformas de streaming e muito mais. É o único site que oferece uma cobertura completa da TV, para que você nunca perca nada. facebook instagram twitter youtube

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do O Universo da TV.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato