Repórter Record Investigação conta casos de crianças mortas por balas perdidas e conversa com familiares das vítimas

Divulgação Record TV

O Repórter Record Investigação desta quinta-feira, dia 18/03, traz um panorama sobre crianças que morreram baleadas e mostra a história dos familiares dessas vítimas. 

Não é de hoje que os números da violência no Rio de Janeiro se assemelham aos de países em guerra. Nos últimos 14 anos, segundo a organização não-governamental Fogo Cruzado, 81 crianças morreram atingidas por bala perdida durante conflitos armados nas comunidades carentes.

Na tarde de 30 de março de 2017, a polícia fazia uma caçada a traficantes em Acari, zona Norte do Rio. Houve troca de tiros. Enquanto isso, a 400 metros dali, Maria Eduarda estava na aula de Educação Física. Instantes depois, a menina foi atingida por cinco tiros de fuzil e morreu na hora.

Longe da comunidade, trabalhando como auxiliar de serviços num shopping da cidade, a mãe pegou a via expressa paralisada por um protesto: a manifestação pela morte da Maria Eduarda. Quando chegou à escola, dois irmãos da menina já estavam lá. "Quando abriram o portão do colégio pra mim, tinha um lençolzinho que colocaram nela", relembra dona Rosilene.

Uma outra história de muita repercussão foi o caso das meninas Rebecca e Emily, que aconteceu no início de dezembro do ano passado. Ambas também foram atingidas por tiro de fuzil quando brincavam na porta da casa, na comunidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "Eu acredito que o mesmo tiro que estourou a cabeça da Rebecca pode ter batido no coração da Emily", diz dona Lídia, avó de Rebeca.

A polícia não conseguiu confirmar se as meninas foram de fato atingidas pelo mesmo tiro. Por enquanto, a investigação identificou uma bala de fuzil calibre 762, arma que três dos cinco policiais portavam no dia do crime. Todos negaram em depoimento terem atirado, mas a avó não tem dúvida de que as crianças foram assassinadas pela polícia.

Já no litoral de São Paulo, um disparo atravessou o caminho da menina Hillary, de apenas dois anos. No dia 12 de fevereiro de 2019, em Peruíbe, os pais - junto com a filha - foram a um supermercado. Felipe, que é vendedor, deixou as duas e foi fazer uma entrega do outro lado da rua. Quando voltou para pegá-las, ele decidiu primeiro fazer anotações de venda antes de seguir pra casa. Hillary e a mãe já estavam no banco de trás do veículo. Dois carros passaram em alta velocidade. Um policial atirou no bandido que perseguia e um dos tiros atingiu o olho esquerdo de Hillary. A bala ficou alojada na cabeça. "A gente se levantou, não sabia o que tinha acontecido, chamei por ela, mas ela não respondia. A gente ainda levou a menina pro hospital, mas foi em vão", conta Talita.

Do início de 2019 pra cá, o caso teve muitas reviravoltas, foi arquivado e reaberto nesse período. O programa vai revelar detalhes inéditos desta história.

E estudiosos e pesquisadores entrevistados pelo Repórter Record Investigação explicam por que ninguém é responsabilizado por esses crimes.

O Repórter Record Investigação vai ao ar nesta quinta-feira, às 22h45. A apresentação é de Adriana Araújo.

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