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Um novo mundo nasce dos escombros da Segunda Guerra Mundial, e, com ele, o desejo de se fazer justiça sobre as atrocidades cometidas pelos nazistas. Assim, a cidade alemã de Nuremberg foi escolhida para sediar um tribunal que seria decisivo para o século XX. Mais de 75 anos depois, o Curta! apresenta um documentário que conta uma parte dessa história: “O Filme Perdido de Nuremberg”, uma produção da ARTE France, com direção de Jean-Christophe Klotz.
O filme narra a história dos jovens irmãos americanos Stuart e Budd Schulberg, recrutados (por indicação do cineasta John Ford) para a missão de percorrer uma Alemanha devastada em busca de provas irrefutáveis que pudessem ser exibidas no Tribunal de Nuremberg, como fotografias e vídeos feitos pelos próprios nazistas. Pela primeira vez, um Estado soberano seria julgado e uma tela de cinema seria usada para a apresentação de evidências.
Através das imagens encontradas pelos irmãos, foi possível identificar e provar a ligação de suspeitos com o partido nazista, além de se ter uma dimensão mais exata do terror promovido por eles, fundamentando as acusações que lhes pesavam. Essas imagens se uniram às do próprio julgamento e compuseram outro filme, chamado “Nuremberg: Uma Lição Para o Mundo de Hoje”, dirigido por Stuart Schulberg. O longa seria lançado nos cinemas dos Estados Unidos, mas foi cancelado por decisão de Washington e se perdeu até ser restaurado pela filha de Stuart, Sandra Schulberg, em um árduo trabalho realizado muitos anos depois.
“O Filme Perdido de Nuremberg” mescla entrevistas atuais com imagens dos julgamentos, além de apresentar uma parte dos arquivos históricos dos Schulberg. Entre os entrevistados, está o filho de um dos nazistas julgados, Hans Frank, conhecido como “o açougueiro da Polônia”. Ao analisar o registro da reação do próprio pai, diante das imagens de campos de concentração apresentadas na tela do julgamento, Niklas Frank comenta: “Ele sabia exatamente o que estava acontecendo com todas aquelas pessoas inocentes, mas assistir em uma tela, em uma sala como esta, foi algo realmente novo para ele”. A exibição é na Sexta da Sociedade, 18 de junho, às 23h.
Dos Secos & Molhados aos tempos atuais: as transformações de Ney Matogrosso revistas em filme
Reconhecido tanto por sua voz singular quanto por suas performances surpreendentes, o cantor Ney Matogrosso, que completa 80 anos em 2021, é tema do documentário “Ney — À Flor da Pele”, exclusivo do canal. Centrado no impacto do artista na cultura brasileira, a produção apresenta uma antologia audiovisual composta por entrevistas históricas e clipes musicais, contemplando toda a sua bem-sucedida carreira.
Desde cedo quebrando tabus relacionados às questões de gênero e sexualidade, Ney aparece, no filme, refletindo sobre os temas em declarações dadas ao longo dos anos. O documentário “Ney — À Flor da Pele” é uma produção da Nepomuceno Filmes, dirigida por Felipe Nepomuceno e viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A exibição é na Segunda da Música, 14 de junho, às 22h35.
Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 14/06
22h35 – ''Ney — À Flor da Pele'' (Documentário)
"Ney — À Flor da Pele" é um documentário de longa-metragem centrado no impacto das performances de Ney Matogrosso na cultura brasileira, desde a segunda metade do século XX até a atualidade. Uma antologia audiovisual, toda composta por imagens de arquivo. Direção: Felipe Nepomuceno. Duração: 70 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 15 de junho, terça-feira, às 02h35 e 16h35; 16 de junho, quarta-feira, às 10h35; 19 de junho, sábado, às 22h35; 20 de junho, domingo, às 14h20.
Terça das Artes - 15/06
22h – ''Fernando Lemos – Atrás da Imagem''
O filme "Fernando Lemos — Atrás da Imagem" é uma exploração da vida e do processo criativo do pintor, fotógrafo e poeta. Uma equipe de filmagem acompanhou Lemos durante seis dias em seu cotidiano no ateliê e em sua casa no bairro do Butantã, São Paulo. O resultado é uma exploração de sua história pessoal e política, suas influências, sua visão artística e seu incrível acervo de obras. Direção: Guilherme Coelho. Duração: 55 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 16 de junho, quarta-feira, às 02h e às 16h; 17 de junho, quinta-feira, às 10h; 19 de junho, sábado, às 19h10;
Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 16/06
22h30 – "Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos'' (Documentário)
“Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos” é uma frase que o diretor Marcelo Masagão encontrou na entrada de um cemitério e que batiza o seu filme. O longa é um retrato da banalização da vida e da morte, construído com fragmentos de imagens trágicas ou icônicas do século XX. Trechos de reportagens de TV, clássicos do cinema, matérias de revista e jornais nos lembram de tempos violentos na história da humanidade. Sem muitas palavras, o filme é uma construção muito mais visual do que retórica. Além dos personagens ilustres que mudaram o curso do século XX, estão também pessoas comuns e suas histórias de vida e morte. Diretor: Marcelo Masagão. Duração: 73min. Classificação: 16 anos. Horários Alternativos: 17 de junho, quinta-feira, às 02h30 e 16h30; 18 de junho, sexta-feira, às 10h30.
Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 17/06
22h50 - ''A Influência da Geração Beat'' (Documentário)
Saiba como a amizade de Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs originou o movimento literário da Geração Beat. Do início em Nova York, no final da Segunda Guerra Mundial; passando por São Francisco, Cidade do México, Tânger e Paris; até o fim, 15 anos depois, com a publicação de "Howl" (Ginsberg), "On the Road" (Kerouac) e "Naked Lunch" (Burroughs). O trio criticou a literatura, lançou as sementes da contracultura e influenciou o estilo de vida das gerações que viriam a seguir. Diretor: Xavier Villetard. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários Alternativos: 18 de junho, sexta-feira, às 02h50 e às 16h50; 19 de junho, sábado, às 12h55; 20 de junho, domingo, às 20h50; 21 de junho, segunda-feira, às 10h50.
Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 18/06
23h – ''O Filme Perdido de Nuremberg'' (Documentário)
O diretor Jean-Christophe Klotz sai em busca do filme “Nuremberg: Uma Lição Para o Mundo de Hoje”, o filme oficial dos anos 80 sobre o julgamento de Nuremberg, feito pelos irmãos Schulberg. Ele foi retirado de circulação nos Estados Unidos no pós-guerra, por razões geopolíticas, e desapareceu. Klotz conta a história por trás daquele filme e narra o incrível trabalho de busca por evidências dos crimes nazistas levado a cabo por Budd e Stuart Schulberg na Alemanha devastada pela guerra. As evidências encontradas pelos dois foram exibidas no Tribunal de Nuremberg e foram decisivas para a condenação dos criminosos. Foi a primeira vez que uma tela de cinema foi usada num tribunal. Diretora: Jean-Christophe Klotz. Duração: 94 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 19 de junho, sábado, às 03h e às 14h; 20 de junho, domingo, às 19h45; 21 de junho, segunda-feira, 17h; 22 de junho, terça-feira, às 11h.
Sábado – 19/06
18h – Sons Brasilis” (Série) — Ep. ''Rap''
O rap é um estilo de música que faz parte do movimento hip-hop. Marcado por batidas sincopadas e rimas, o rap chegou ao Brasil no final dos anos 1980. Hoje é considerado “a voz das periferias”, com letras que traduzem os sonhos e a luta diária daqueles que moram à margem das zonas privilegiadas dos grandes centros urbanos. As batalhas de rap tornaram-se o ponto de encontro de jovens que se reúnem para debater as questões pertinentes ao seu universo. O episódio foi gravado em São Paulo e no Rio de Janeiro e tem as participações de Nega Giza, Rincon Sapiência e Criolo, entre outros. Direção: Adriana L. Dutra. Duração: 26 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 20 de junho, domingo, à 09h25.
Domingo – 20/06
22h – ''O mês que não terminou'' (Documentário)
Análise do processo institucional e social do país desde junho de 2013 até a eleição de Bolsonaro, investigando a crise do lulismo, a operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão da extrema direita. Diretores: Francisco Bosco e Raul Mourão. Duração: 107 min. Classificação: 14 anos.
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