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Créditos: Julia Rugai |
O #Provoca desta terça-feira (14/9) fala sobre Oriente Médio em conversa com Arlene Clemesha. Na edição, a historiadora brasileira explica a realidade da região e os conflitos recentes que envolvem o Talibã. Apresentado por Marcelo Tas, o programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura.
"O Talibã tem toda a potencialidade para criar um governo extremamente repressivo, opressor para sua população e que nenhuma mulher no mundo que valoriza a liberdade de expressão, as conquistas históricas dos movimentos sociais das mulheres, pode ver com bons olhos o Talibã", afirma a historiadora.
Na edição, Arlene comenta sobre o fato de que pouco se sabe sobre o Oriente Médio, recordando um episódio de ocorreu com o presidente americano Joe Biden, quando falava que os Estados Unidos "estavam ajudando o Afeganistão nesses 20 anos, ajudando a construir um país, né? Passaram 20 anos bombardeando o Afeganistão." E continua: "Mas a pior delas foi realmente quando os americanos expressaram que foram tomados de surpresa com avanço do Talibã rápido, após esses 17 dias tem que avançar, e tomaram todo o governo. Esse foi o elemento mais chocante, né? Será que realmente não conhecia e não tinha inteligência a partir de dentro?".
Sobre o Talibã e seu financiamento, a historiadora conta que há diversas fontes. "Em vários momentos históricos o contrabando, o ópio sempre foi uma fonte de renda para as regiões, para as tribos, lideranças e, inclusive, para o Talibã. Nas regiões onde ele controlou no governo, ele também chegou a cobrar impostos, então tem esse tipo de relação, e tem também alguma extração de mineral e riqueza desse tipo, mas o contrabando sempre foi um forte candidato", destaca.
"Não cuida, no final das contas não cuida", afirma Arlene ao ser provocada por Tas, que pergunta como um homem- bomba vai cuidar da segurança de uma cidade com 5 milhões de habitantes como Cabul. E quanto à lista de nomes americanos que foi entregue ao Talibã, ela diz que essa aliança tática criada no momento é interessante. "(...) Um canal que o Afeganistão não feche completamente e que essas pessoas possam sair mais para frente quando quiserem".
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