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| Crédito: Julia Rugai |
Nesta terça-feira (5/10), Marcelo Tas conversa com a chef de cozinha Morena Leite no #Provoca. Ela conta sobre como foi cortar funcionários na pandemia, que não gosta de reality shows de comida e adoraria fazer um programa de culinária para crianças, que os alimentos estão caros e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Morena Leite, na edição, responde à pergunta do internauta sobre como ela enxerga os programas de culinária, principalmente os de competição. "Eu não gosto porque eu não criaria as minhas filhas para um mundo competitivo. Eu ia adorar fazer um programa de comida para criança e acho que a nossa personalidade se reflete no nosso paladar (...) uma cenoura poder ser em quadradinho, tirinhas, comprida, grelhada, cozida, refogada. Tem uma magia gigante por trás dessa cenoura. Eu me identifico muito mais com o programa da Ofélia do que com o Masterchef (...) acho que a comida tem que refletir afeto", diz ela.
Tas indaga sobre como foi durante a pandemia o fechamento de restaurantes, o que ela precisou fazer. "Eu tenho uma empresa de eventos onde eu fazia Rock’in Rio, Cirque Du Soleil, grandes operações de eventos, e eu entendi que isso ia demorar um pouco mais do que os restaurantes. A minha sensação é que eu ia colocar algumas pessoas num porto seguro, para em quatro meses poder recontratá-las. Eu estava em Trancoso e tive que ligar um por um para esses funcionários, colaboradores que trabalhavam comigo há 20 anos, para falar que a gente ia ter que interromper, aonde eu ainda tinha caixa, para poder mandá-los embora. Foi muito triste", conta Morena.
Sobre o preço dos alimentos, Morena Leite fala: "A vagem custava R$ 9 ano passado e bateu R$ 27. Não estou nem falando de carne, de músculo, de alcatra, costela". E como a gente vai sair dessa?, indaga Tas. "Eu acho que é a gente plantando mais, produzindo mais, pegando o pedaço de terra que a gente tem e fazendo vasos e podendo cultivar em casa brotos, temperos e ervas", explica a chef.
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