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O número impressiona: cerca de R$ 14 bilhões são desperdiçados por ano no Brasil graças ao destino incorreto de materiais recicláveis, que acabam indo parar em bueiros, ruas, lixões ou aterros sanitários pelo país. Somente cerca de 4% do que poderia ser reciclável chega, de fato, a ser reutilizado. Os desafios são muitos e alguns deles serão mostrados no 'Cidades e Soluções', que a GloboNews exibe neste domingo, dia 26, às 21h.
O jornalista André Trigueiro esteve no aterro sanitário de Seropédica, na Baixada Fluminense, e ficou impressionado com o que viu. Entre as inúmeras carretas que, diariamente, chegam ao destino, um dos veículos despeja cerca de 30 toneladas de resíduo sólido urbano no local. Nos materiais, que chegam misturados, é bem difícil identificar o que pode ser reciclável ou não, o que gera uma consequência: a redução do tempo de vida do aterro. A representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Claudete Costa, uma das entrevistadas de Trigueiro, diz que o Brasil tem oito milhões de catadores, dos quais 83% são mulheres negras e mães solo.
Iniciativas positivas, como o RePET, da Fercomércio/RJ - uma máquina que fragmenta de forma rápida as garrafas plásticas – mostram que é possível atuar com uma logística reversa de reaproveitamento dos resíduos sólidos. Outro exemplo vem da cidade de Itapecerica, em Minas Gerais. O ‘Banco da Natureza’ criou um sistema de venda do lixo reciclável em troca de moedas ecológicas. Ano passado, com a adesão de cerca de mil pessoas, foram arrecadados quase 20 mil quilos de itens recicláveis.
O 'Cidades e Soluções' vai ao ar neste domingo, dia 26, às 21h, na GloboNews.
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