Série ''20 anos do Penta'', do 'Esporte Espetacular', revisita aldeia Pataxó que fez ritual para seleção brasileira ganhar a Copa

Divulgação globo

Além de relembrar momentos que marcaram a trajetória do pentacampeonato conquistado pela seleção brasileira na Copa de 2002, o 'Esporte Espetacular' deste domingo, dia 25, vai falar da mobilização de torcedores de todo o país pelo título. No penúltimo episódio da série “20 anos do Penta”, o programa relembra uma gravação feita na aldeia Pataxó, em Coroa Vermelha, na Bahia. Na época, os indígenas fizeram um ritual pouco antes de assistir pela primeira vez a um jogo da seleção brasileira. E para o repórter Guilherme Pereira, eles cantaram novamente oferexó, uma espécie de hino de seu povo. 
 
As imagens do ritual indígena gravadas em 2002 foram incluídas numa fita enviada para a seleção brasileira na época, com imagens da torcida reunida, de Norte a Sul do país, para vibrar pelo Brasil. Esse foi um pedido feito por Felipão, treinador do penta, para motivar a equipe.  Cafu, que foi impactado pelo vídeo, lembra o que ele causou nos jogadores.  “Várias pessoas diferentes torcendo pra seleção brasileira falando assim: ‘Nós somos o Brasil, nós estamos torcendo pra vocês. Foi um momento motivacional bastante importante para que todo mundo visse que naquele momento nós estávamos representando nosso país”. 
 
Deu tão certo que os pataxós prometem repetir o ritual e, com o avanço na tecnologia na reserva onde vivem, não vão perder nenhum jogo do Brasil no Catar. 
 
“Hoje, graças a essa tecnologia avançando no nosso país, no nosso planeta, nós, povos indígenas, temos acompanhado essa evolução. Já conseguindo manusear um celular um notebook, um computador, está já está tudo mais fácil.  Acho que não tem como a gente perder mais os jogos da seleção”, garante o cacique Syratã Pataxó.  
 
E o ‘Esporte Espetacular’ do próximo domingo também apresenta o Unicorns Brazil, time de futebol voltado para o público gay, com atletas adultos. Alguns nunca jogaram futebol ou sofreram preconceito quando crianças e, por esse motivo, se afastaram por completo das quadras e até mesmo dos esportes. “Sou engenheiro eletricista e eu tô aprendendo a jogar futebol com 47 anos”, conta Willian dos Santos, cujo depoimento é emblemático. No país do futebol, o esporte nunca foi convidativo para crianças que não se encaixam no padrão heteronormativo. 
 
A matéria que vai ao ar às vésperas do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado no dia 28 de junho, mostra como o Unicorns ajudou William a curar um trauma da adolescência que seguiu pela vida adulta. “Na quinta série, quando eu entrei na escola municipal, você vai percebendo que é diferente. Eu era mais afeminado, os meninos interrompiam a aula para caçoar de mim, me empurravam, ou seja, eu atrapalhava a aula. Em algumas séries, tinha professor que falava ‘eu não quero você aqui, do portão você não entra’”, revela ele. 
 
Criado há sete anos, o Unicorns começou com um grupo de amigos gays que queriam jogar bola, justamente para possibilitar a eles uma chance de se reencontrar com as alegrias do esporte, que lhes foram negadas no passado.
 
O 'Esporte Espetacular' deste domingo começa logo depois do ‘Auto Esporte’.

Anderson Ramos

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