'Altamira' estreia episódio em que Valentina de Andrade fala pela primeira vez sobre a sua história com detalhes

Reprodução

O próximo episódio de Altamira, quinta temporada do Projeto Humanos, chega a um de seus momentos auge. Lançado nesta quinta-feira (29), traz algo inédito para os ouvintes: pela primeira vez Valentina de Andrade, uma das acusadas no caso, conta a sua história em detalhes para Ivan Mizanzuk.
 
Mesmo sendo relacionada ao caso dos meninos emasculados, que chocou o país, Valentina nunca compartilhou publicamente antes as suas reflexões, dores e afetos com tanta intimidade. Ivan Mizanzuk, criador e apresentador do podcast, revela que foram meses de conversa e encontros semanais remotos com Valentina e pessoas ligadas a ela, resultando em mais de 10 horas de entrevista. Esse rico material de imersão e apuração foi condensado no episódio especial, com três horas de duração. “As conversas começaram em junho de 2021 e, devido à pandemia, foram feitas por telefone”, pontua.
   
Apesar de diversos problemas de saúde, aos 90 anos de idade Valentina transmitiu suas ideias com clareza e lucidez ao abordar a difícil infância em Carazinho, no Rio Grande do Sul, onde nasceu, e relembrou variados momentos de sua vida, passando pelos diversos casamentos, os primeiros contatos com o mundo espiritual e os eventos que a intitularam de profetisa do LUS, movimento fundado na década de 1980 na Argentina, e considerado uma associação dirigida a mentes abertas e dispostas a conhecer fatos e informações sobre o Universo, que ultrapassam as convencionais.
 
Segundo Mizanzuk, a personagem aborda com profundidade as principais ideias e atividades promovidas pela organização, informações que serão ouvidas pela primeira vez. Para ouvir o 25º episódio, “A Profetisa”, clique aqui!. ‘Altamira’ está disponível no Globoplay e em todas as plataformas de áudio.

Relembre o caso 'Altamira'

Valentina de Andrade foi uma das acusadas no caso dos Meninos Emasculados de Altamira - série de crimes ocorridos entre 1989 e 1993, no Pará. Diferente dos outros quatro suspeitos, que acabaram condenados nos julgamentos de 2003, ela foi a única a ser absolvida em júri naquele ano.

No julgamento, considerado o mais longo da história do Pará (17 dias), a principal testemunha de acusação contra a líder do LUS, um homem chamado Edmilson Frazão, apresentou várias contradições em seu depoimento. Ele alegava ter presenciado um “ritual macabro” conduzido por Valentina e os demais acusados na época dos crimes. Todos os suspeitos sempre negaram as acusações. Em um de seus depoimentos, Edmilson chegou a afirmar que estava inventando tudo por pressão da Polícia Federal.

Antes disso, o LUS entrou na mira da Polícia Civil do Paraná durante as investigações do desaparecimento do menino Leandro Bossi, em Guaratuba no ano de 1992. Nenhuma prova, porém, foi encontrada contra Valentina e o grupo, e ela deixou de ser considerada suspeita no caso.

“Foi o caso de Guaratuba que fez Valentina ser conhecida na imprensa e, por isso, tornar-se uma suspeita em Altamira”, afirma Ivan. “Só que em nenhum dos casos havia provas contra ela. Suas crenças polêmicas, que misturam ufologia, espiritismo e uma série de críticas à cultura cristã, foram muito mal compreendidas na época das investigações. Ninguém pode ser suspeito de crimes só por causa de suas crenças, por mais incomuns que sejam. Independente de gostar ou não das suas ideias, o público poderá conhecê-la melhor pela primeira vez”, completa. 

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