Projeto 'Falas' deste ano apresenta 'Histórias Impossíveis': ficção e temáticas sociais a partir de medos femininos

Divulgação Globo/Manoella Mello

Em 2023, a Globo aposta em um formato diferenciado e impactante para abordar as efemérides do ano. Os já conhecidos 'Falas Femininas', 'Falas da Terra', 'Falas de Orgulho', 'Falas da Vida' e 'Falas Negras' desta vez apresentam a antologia ‘Histórias Impossíveis’, com tramas ficcionais de suspense criadas a partir de medos femininos. Os cinco episódios, com questões de gênero e raciais latentes e com diferentes perspectivas da vivência de mulheres, pretendem trazer ao público o diálogo com temas atuais e importantes para a sociedade.
 
Na criação, um trio estreia na autoria de um projeto na emissora: Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza assinam os roteiros, ao lado de um time de colaboradoras que varia a cada episódio. Na direção artística, Luísa Lima coordena os trabalhos ao lado de um grupo de direção formado em sua maioria por mulheres, garantindo a diversidade na frente e atrás das telas. 
 
Na próxima segunda-feira, dia 6, na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, vai ao ar ‘Falas Femininas - Histórias Impossíveis’, episódio ‘Mancha’. A trama narra a história da empregada doméstica Mayara (Luellem de Castro) que está em seu último dia de trabalho. Ela, que passou no vestibular e decidiu investir em seu estudo, acredita que Laura (Isabel Teixeira), mãe solo de uma bebê, é uma patroa “diferente”. Até que a patroa pede que ela desista dos estudos para continuar em sua casa. Os demais episódios, sempre abordando medos femininos, trazem tanto temáticas quanto elenco diferentes do primeiro.

Divulgação Globo/Daniela Toviansky

''Falamos sobre nossa herança escravista, maternidade, precarização do trabalho, etarismo, violência contra a mulher, especulação imobiliária, crise ambiental e, inclusive, sobre representações na mídia. Mas também falamos sobre futuro, identidade, amor, ancestralidade, cura e sobre revolta. Isso tudo com personagens LGBTQIAPN+, negras, indígenas, brancas, de idades diversas'', pincela Jaqueline Souza, adiantando tópicos que estarão presentes nos episódios, que vão ao ar ao longo do ano em datas que remetam às causas e lutas sociais abordadas na obra: Dia dos Povos Indígenas, Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, Dia Nacional das Pessoas Idosas e Dia da Consciência Negra. 
 
''Vivemos um tempo de transformações sociais profundas, e o desafio deste ‘Falas’ tem a ver com isso. Em pensar uma ficção televisiva que reconheça essas transformações e aponte caminhos para uma parte da sociedade que está reconfigurando a relação com seus padrões de opressão'', completa Grace Passô. 
 

Esse olhar e a possibilidade de discussão sobre as histórias provocam uma expectativa positiva na autora Renata Martins: ''Meu maior desejo é aproximar o público das personagens e imagens incríveis que criamos, com suas fraquezas, erros e belezas. Quero muito que as histórias de nossas protagonistas atravessem a tela e cheguem em cada sofá para que possamos falar sobre as temáticas dos episódios com honestidade, plantando sementes em nossa audiência e, quem sabe, contribuindo um pouco com a nossa arte para mudanças na sociedade''. 
 
''Teremos protagonistas femininas de forte identificação e uma linguagem realista atravessada por códigos do fantástico para expor traumas, preconceitos e violências mascarados no nosso cotidiano. É uma outra forma de convidar o público a refletir sobre as datas e, ao mesmo tempo, sobre a condição de ser mulher no mundo de hoje'', conceitua Luisa Lima. 
 
A antologia 'Histórias Impossíveis', apresentada nos especiais ‘Falas’ deste ano, foi criada e escrita por Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza, escrita com Thais Fujinaga, Hela Santana, Graciela Guarani e Renata Tupinambá, com direção artística de Luísa Lima, direção de Thereza Médicis, Everlane Moraes, Graciela Guarani e Fábio Rodrigo e produção de Leilanie Silva. Alinhado à jornada ESG da Globo, o projeto tem direção executiva de produção é de Simone Lamosa, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

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