Conheça a trama da nova novela 'Amor Perfeito', da Globo

Divulgação Globo/Paulo Belote

Se vem do coração, é amor perfeito! Uma envolvente história de amor, representada pelas diferentes formas que esse sentimento se manifesta, dá o tom a nova novela das 18h, 'Amor Perfeito', que estreia dia 20 de março, na Globo. Através da busca de um filho por sua mãe e de uma mãe por seu filho, esse folhetim tem em suas tramas relações que revelam faces de um amor que se esparrama nos casais apaixonados, entre parceiros de vida, na amizade, na harmonia com a natureza e na vida familiar, resgatando valores humanitários que ajudam a fortalecer a esperança de que dias melhores virão. 
  
É por meio do sonho do pequeno Marcelino (Levi Asaf), o protagonista dessa história que tanto deseja ser acolhido no colo de sua mãe, que o público mergulhará em um Brasil das décadas de 1930 e 1940 poucas vezes visto. Criada e escrita por Duca Rachid e Júlio Fischer, com direção artística de André Câmara, a obra é escrita com Elísio Lopes Jr, e colaboração de Dora Castellar, Duba Elia e Mariani Ferreira. A direção é de Alexandre Macedo, Lúcio Tavares, Joana Antonaccio e Larissa Fernandes. A produção de Isabel Ribeiro e direção de gênero de José Luiz Villamarim. 
   
Com personagens motivados pelos seus sonhos, que preservam um olhar otimista e amoroso para a vida, mesmo em meio às dificuldades de uma realidade que, por vezes, pode ser dura, ‘Amor Perfeito’ pretende ser contada de maneira leve, bem-humorada, cheia de reviravoltas e, sobretudo, com muita emoção. “Nosso primeiro desejo foi falar de amor no seu sentido mais amplo, não só o amor romântico, mas o amor ao próximo, o amor à natureza e aos animais e entre pais e filhos”, destaca Duca Rachid. A novela retrata um Brasil carregado nas cores de sua diversidade de raças e culturas em histórias e personagens plurais. “Pretendemos contar essa história usando as referências dos contos de fadas, do melodrama e do bom folhetim, com muita representatividade. O público pode esperar uma novela onde o amor estará no centro da trama, através da história de uma mãe que sofre a dor da perda do filho, e de um menino que sonha em encontrar sua mãe”, afirma André Câmara, em sua estreia como diretor artístico. 
   
‘Amor Perfeito’ tem uma trama dividida em duas fases, entre 1934 e 1942, e se passa na fictícia cidade de Águas de São Jacinto, no interior de Minas Gerais. A novela é livremente inspirada na obra “Marcelino Pão e Vinho”, de José María Sánchez Silva, publicada pela primeira vez no começo dos anos 50.  Transposta para o cinema em 1955, tornou-se um sucesso mundial. “A primeira vez que eu fui ao cinema foi com a minha avó, uma imigrante portuguesa, analfabeta, que nunca tinha ido ao cinema também. Não era um hábito dela. Mas ela foi para assistir ao filme ‘Marcelino Pão e Vinho’ e me levou. Eu tenho uma relação muito afetiva com essa história. Devia ter uns seis ou sete anos de idade e foi muito marcante para mim”, lembra Duca. “Eu acho que a gente está sempre honrando alguém [com esses projetos]. Sinto um pouco isso escrevendo essa novela com uma história que era muito cara à minha avó. Tenho essa vontade de espalhar um pouco de amor, empatia, essa ideia de solidariedade e fraternidade, de que a gente está tão carente. Espalhar um pouco de amor, fé e leveza vai ser bom”, complementa.  
   
Para a construção da novela, os autores ressaltam também a importância de uma estética que tem como base a própria história do Brasil, muitas vezes, desconhecida. “A gente começa pelo fato de que o nosso Marcelino (Levi Asaf), na nossa versão, é um menino negro. Isso já norteia todo o desenvolvimento da história. Esteticamente, também, a gente está obedecendo a referências históricas. É uma cidade ficcional, sim, mas não é uma cidade fantasiosa. É uma cidade que bebe muito da realidade que a gente absorveu em pesquisa. Temos referências quase absolutamente desconhecidas da nossa chamada elite intelectual”, conta Júlio Fischer. “Temos o desejo de que seja uma novela brasileira, com uma história universal, que além de amor, trata de fé, empatia e solidariedade, num Brasil que sempre existiu, mas permanece desconhecido por parte do grande público. Um Brasil com cores, formas e culturas diversas”, ressalta Elísio Lopes Jr.   
   
O amor de Marê e Orlando e o sonho de Marcelino   
   
O encontro entre Marê (Camila Queiroz), uma moça rica, estudante de Administração e Finanças, com o jovem médico Orlando (Diogo Almeida), marca o início dessa história. Ambos de origem mineira, porém seus caminhos acabam se cruzando em São Paulo, em 1934, onde ela estuda Administração e Finanças e ele faz sua residência. O despertar de um amor que mudará para sempre os rumos de suas vidas é inevitável. 
  
Para viver esse amor, Marê vai contrariar os desejos do pai, o empresário Leonel Rubião (Paulo Gorgulho),  e  enfrentar o noivo,  Gaspar (Thiago Lacerda),  filho mais velho do prefeito Anselmo (Paulo Betti) e da primeira-dama Cândida (Zezé Polessa), em Águas de São Jacinto.  
  
No entanto, a morte trágica do pai e a ação da madrasta Gilda (Mariana Ximenes) para culpá-la faz com que Marê seja presa injustamente, condenada a uma sentença de 20 anos. O que ela não imaginava é que, naquela altura, já estava grávida de Orlando. Desiludido e enganado, o médico vai embora para o Canadá ao descobrir um segredo do passado que envolve as famílias dos jovens e certo de que Marê não se importa mais com ele. 
   
Presa e desamparada, Marê vê o sonho de cuidar do filho destruído pela ambição da madrasta. Durante uma tentativa de fuga frustrada, dá à luz Ângelo, que é deixado misteriosamente na porta da igreja da cidade e é acolhido pelos religiosos da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto. Batizado pelos religiosos como Marcelino, o pequeno encontra naquele lugar um lar e aprende o significado do que é amor em família. Oito anos depois, o menino mantém firme a fé de que um dia encontrará sua mãe. Na outra ponta dessa busca, está uma aflita Marê, que vive sob o peso da injustiça, com a dor de não saber do filho, mas determinada a provar a sua inocência, a ter de volta em seus braços o seu menino e a reaver seu patrimônio. "A Marê é capaz de se colocar frontalmente contra as forças que querem derrubá-la. Vai atrás de uma justiça que lhe foi negada e é nesse sentido que ela é uma heroína. Não se submete passivamente ao mal que lhe fazem”, resume Júlio.  
   
A farsa jurídica arquitetada pela vilã Gilda (Mariana Ximenes) é marcada por fragilidades e isso vai ajudar Marê na missão de anular sua sentença. Para isso, ela contará com o apoio fundamental de um amigo de longa data, Júlio Medrado (Daniel Rangel), o filho da secretária Verônica (Ana Cecília Costa). Júlio não faz ideia de que seu pai é o prefeito Anselmo (Paulo Betti), o responsável por custear seus estudos para se tornar advogado. Quando volta à cidade, já formado, vem determinado a assumir o caso de Marê e, mais que isso, a revelar para a jovem o sentimento que há tanto tempo nutre por ela. Por outro lado, sem nem imaginar todo o sofrimento que a amada passou ao longo dos últimos anos, Orlando (Diogo Almeida) também não resiste e volta à Águas de São Jacinto em busca de Maria Elisa, a quem nunca deixou de amar.  
   
A Irmandade de São Jacinto e o amor fraterno   
   
De diferentes gerações e ordens religiosas, seis freis e padres, cada qual com sua personalidade e características bem definidas, se dividem na inédita missão de criar o pequeno Marcelino (Levi Asaf) e ensiná-lo valores imprescindíveis para a vida. A Irmandade dos Clérigos de São Jacinto é um lugar de acolhimento, que se revela abrigo de um amor que é, acima de tudo, fraterno – mesmo que, vez por outra, um franciscano se desentenda com um dominicano e precise da intervenção de um jesuíta. Desse modo, formam a grande família de pais e avôs de Marcelino: o dominicano frei Severo (Babu Santana), o franciscano frei Leão (Tonico Pereira), o dominicano frei Tomé (Tony Tornado), o jesuíta padre Diógenes (Chico Pelúcio), o dominicano frei João (Allan Souza) e o salesiano padre Donato (Bernardo Berro).   
   
Na obra “Marcelino Pão e Vinho”, o menino vive em um convento de frades franciscanos. Em ‘Amor Perfeito’, os autores decidiram envolver outras ordens religiosas, fazendo da irmandade um espaço que manifesta o amor em sua diversidade e alegria. “A gente é absolutamente encantado com essa ideologia [franciscana]. Eu fui a um convento franciscano e eles têm uma leveza, uma relação prazerosa com a vida a cozinha é um lugar superimportante. Eles têm um prazer com a comida, tem uma outra abordagem da fé, da religião. É uma coisa muito mais leve, alegre e fraterna, um amor pelas pessoas, pelos animais. Isso encantou a gente e queríamos muito falar sobre isso”, explica Duca. 
   
Em se tratando de ordens religiosas cristãs, cada uma tem diferentes formas de atuação. Em meio a essas diferenças, os freis e padres da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto encontram juntos o fio condutor que os levam ao exercício cotidiano do amor entre eles e o menino. A diferença geracional aliada às variadas personalidades promete render ainda situações, às vezes, embaraçosas e bem-humoradas. É na irmandade também, especificamente em seu sótão, que Marcelino (Levi Asaf) mantém uma relação muito próxima com seu próprio Jesus (Jorge Florêncio), um amigo e confidente, que está sempre presente em seu caminho nos momentos em que precisa de ajuda ou aconselhamento. “Colocando diferentes ordens,  a gente também amplia esse olhar para a diversidade, na maneira de se relacionar com Deus", afirma Júlio. "Amor e diversidade: é um exercício, o tempo todo, de amor”, complementa Elísio.  
   
Na agitada Águas de São Jacinto, o Grande Hotel Budapeste  
  
No interior de Minas Gerais, próximo à fronteira com a Bahia, desponta a charmosa e colorida cidade fictícia de Águas de São Jacinto, famosa por suas águas termais que atraem pessoas de todos os cantos, atrás de seus benefícios. O empresário Leonel Rubião (Paulo Gorgulho) comanda esse império materializado na mais suntuosa edificação da cidade, o Grande Hotel Budapeste, e é em um acordo para explorar as águas subterrâneas nas terras do prefeito Anselmo Evaristo (Paulo Betti), que os dois se mantém firmes nas mais altas posições dessa elite local.  
  
Engana-se quem pensa que Águas de São Jacinto é uma pacata cidade por ser do interior. No Café Concerto do Grande Hotel desfilam atrações nacionais e internacionais, políticos dos mais renomados, em noites regadas a boa música e deliciosos quitutes. Mas não são apenas as visitas ilustres de Carmen Miranda e Juscelino Kubitschek, por exemplo, que agitam o lugar. No dia a dia, “muita água passa debaixo dessa ponte”, mas não passa de jeito nenhum despercebida pelo olhar atento de Ione (Carol Badra), a fofoqueira oficial da cidade. 
  
POR TRAS DAS CÂMERAS 
  
Cenografia e Direção de Arte: locações, referências e pesquisa 
  
Parte das gravações externas da novela foram realizadas em três cidades de Minas Gerais: Caxambu, Baependi e São Lourenço, que integram o chamado Circuito das Águas. Além da pesquisa histórica, esses lugares foram fundamentais para a equipe de cenografia reunir referências arquitetônicas e artísticas que pudessem ser incorporadas nos cenários e na cidade cenográfica. Vem de Caxambu, por exemplo, a inspiração para a fonte próxima ao Grande Hotel, em homenagem a São Jacinto. "Criamos uma identidade própria, sem perder de vista as referências do período que estamos tratando na novela. O Parque das Águas de Caxambu foi uma grande inspiração e construímos uma fonte que remete às existentes lá para reforçarmos esse elemento água, que está tão presente na nossa dramaturgia”, destaca o arquiteto e cenógrafo Mauro Vicente, responsável pela cenografia.
 
Em uma revisita à Semana de Arte Moderna de 1922, olhando especialmente para os artistas renegados pelo movimento, desponta a mais importante referência artística para a novela: o artista negro e carioca Heitor dos Prazeres (1898-1966). “Como a nossa cidade cenográfica fica ali entre Minas Gerais e Bahia é superinteressante a gente trabalhar com muita cor e com umas pitadas de art déco misturadas. E o Heitor dos Prazeres é um artista que deu todo o embasamento para a direção de arte da novela, em todos os sentidos”, destaca o diretor de arte Billy Castilho. “Toda a paleta de cores que estamos usando é bem forte, é uma novela bem colorida. É um lugar onde o Brasil está ali representado com as suas cores, mas não só aquelas minimalistas, elas são realmente fortes, com as suas influências portuguesa, espanhola, amazônica, com todos os tons que a gente imagina do Brasil, mas que às vezes temos certo receio em usar”, explica. 
  
Esse mergulho ao universo cromático da arte brasileira, tendo como base os trabalhos de Heitor dos Prazeres e Tarsila do Amaral, outra referência importante para a direção artística, será percebido também na abertura da novela. A peça busca extrapolar o conceito de romantismo, mostrando as faces de um amor que também pode ser divino, fraterno, familiar ou assumir tantas outras formas. A representação é feita a partir de fotos produzidas especialmente para a abertura, dispostas sobre grafismos inspirados nas telas dos dois artistas. Na trilha, o destaque é para a diversidade dos temas, contemporâneos e mais antigos, que buscam definir sonoramente o clima, a história e a pluralidade dos personagens.
 
Figurino: as cores de um Brasil pop e ousado  
  
No figurino, também predominam as cores vivas que se esparramam nas obras de Heitor e Tarsila. As figurinistas Karla Monteiro e Daniela Garcia mergulharam em um processo de criação que envolveu as mais diversas referências, que vão desde a arte milenar do “feito à mão”, passando por artistas mineiros como Aleijadinho e Maria Auxiliadora, até artistas contemporâneos como Ronaldo Fraga, tudo isso atravessado pelo lúdico olhar de uma criança, como se elas estivessem sendo conduzidas pelo protagonista Marcelino (Levi Asaf). “As diferentes formas de manifestação do amor estão 'plantadas' na dramaturgia e na construção dos personagens, e o figurino tem uma liberdade no olhar sobre a época. ‘Amor Perfeito’ é uma novela que se passa nos anos 30 e 40, e em nosso projeto há essa mistura com o pensamento contemporâneo da valorização do feito à mão, do reuso do acervo de figurinos da TV Globo, da compra em brechós junto ao uso da moda de 2023”, explica Karla.  
  
Em uma história encabeçada pelo sonho do amor materno, alimentado com muita fé por Marcelino, as figurinistas buscaram materializar no vestir da criança a alegria e traquinagem tão marcantes em sua personalidade. “Marcelino é pura luz! Sua alegria contagiante está refletida nas cores fortes e puras. Para ir à escola, por exemplo, ele usa um gorro de pacthwork colorido, feito a partir de uma peça pronta do acervo, que respeita a liberdade de seus cachos na caravela do frei João (Allan Souza), e com uma versão mochila supercolorida do que seria a pasta 'bauzinho' para estudantes dessa época”, conta Daniela.  
  
Para marcar a passagem de tempo entre 1936 e 1942, elas explicam que as mudanças na moda são gradativas e que isso estará também presente na novela. “Estamos usando silhuetas e proporções dos anos 30, mas que permitem que alguns personagens venham carregando em algum momento histórias de uma década anterior. Nos anos 40, estamos 'passeando' dentro do que foi acontecendo na moda, saias mais curtas, cinturas marcadas, e ombros estruturados se fundem entre a trajetória de cada um e o pensamento moderno”, afirma Karla.  
  
Agora se o assunto é moda em Águas de São Jacinto, não é possível deixar de falar da deslumbrante Wanda Pacheco (Juliana Alves), uma mulher moderna, que encarna o espírito cosmopolita e, não à toa, é a proprietária da loja “A Brasileira Elegante”. É lá que as mulheres da cidade podem encontrar produtos, no mínimo, “ousados” para a mentalidade interiorana da época. Tem tops, calças compridas, terninhos e outros artigos que vão dar o que falar! “A Wanda inaugura em Águas de São Jacinto uma loja de roupas ousadas – numa época em que as roupas eram confeccionadas, na maior parte, por costureiras em pequenos ateliês copiando a moda francesa. Ela é uma personagem moderna inspirada em figuras extravagantes da época como Elza Schiaparelli e em traços futuristas de marcas contemporâneas. Wanda é a mais moderna, com macramês, cores e estampas fortes, é a 'boneca' com muitos fãs dentro da equipe de figurino”, brinca Daniela.  
  
Caracterização: a vanguarda nas esculturas capilares 
  
Nessa releitura de um Brasil pop e representativo das décadas de 1930 e 40, manter a ousadia e a modernidade da época também conduziu o trabalho da equipe de caracterização, comandada por Anna Van Steen e Marcelo Dias. Para os cabelos dos personagens, especialmente os crespos e ondulados, há uma escolha por esculturas capilares, buscando uma estética da qual Águas de São Jacinto seria vanguardista. “A gente começou nesse desenvolvimento de cada um [dos personagens] a pensar em qual então seria a característica [da cidade]. É uma cidade especial? Águas de São Jacinto tem uma mágica? Tem! Aí eu comecei a achar que a gente tinha que fazer algo que talvez eu nunca tivesse visto, que ninguém nunca tivesse visto em lugar nenhum. E aí a gente começou a fazer umas esculturas de cabelo super incríveis, com formatos tridimensionais e isso ligado ao figurino que está com a mesma ideia”, explica Anna.  
  
A sintonia entre a caracterização e o figurino também foi importante para a dupla responsável pela caracterização chegar a esse conceito estético que seria muito próprio da cidade fictícia de ‘Amor Perfeito’. “Nós trouxemos algumas coisas inspiradas no figurino para o cabelo, como algumas flores. Então a gente decora esses penteados extraordinários com essas florezinhas, que já identificamos como sendo do povo de São Jacinto. Então, quando vamos para outras cidades, não usamos na caracterização, usamos apenas nas cenas que se passam em São Jacinto. O Marcelino sonha muito, ele é muito mágico e romântico, então é dentro da linguagem do projeto mesmo. A gente tem que acreditar que esse grupo de pessoas tem algo em comum”, conta Anna.  
  
E o lugar onde a ousadia ganha lindas formas é o salão de beleza do Grande Hotel Budapeste, sob a condução da meiga e maternal Lívia (Lucy Ramos). Na própria marca do salão, ostenta-se a beleza dos cabelos afro, revelando um espaço onde a autoestima será permanentemente valorizada ao longo da trama. “A gente fez um trabalho bem especial de fazer cada personagem ter uma característica própria. Os personagens do hotel terão cabelos com releituras de penteados africanos e muito fashion e atuais”, antecipa Anna. “A Lívia, por exemplo, vai fazer vários cabelos rebuscados, já que ela é cabelereira e sabe essa técnica. A gente quer que as pessoas se inspirem a fazer o cabelo assim também”, complementa.
 
Perfis dos personagens   
 
PERSONAGENS PRINCIPAIS     
 
MARCELINO (Levi Asaf) – Tem oito anos, filho de Marê (Camila Queiroz) e Orlando (Diogo Almeida), nasce durante a fuga de Marê da prisão. Entregue a uma colega de cela, é abandonado recém-nascido na porta da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto e é criado pelos religiosos de diversas congregações que o tratam como filho. É um menino lindo e muito traquinas. Sua esperteza, aliada a uma grande afetividade, encanta a todos. Seu grande desejo é encontrar a mãe.   
     
A FAMÍLIA RUBIÃO     
 
MARIA ELISA RUBIÃO, MARÊ (Camila Queiroz) – É a heroína da história. Filha única de Leonel Rubião (Paulo Gorgulho) e da falecida Maria Eugênia (Karen Marinho). O pai é obcecado por ela, pois a moça é em tudo o retrato da mãe, Maria Eugênia, única mulher que Leonel amou de verdade. Apesar de fisicamente parecidas, Marê e Eugênia são muito diferentes. Ao contrário da mãe, Marê é sagaz e muito independente. Tanto que venceu a resistência do pai e foi estudar Administração e Finanças em São Paulo. De volta a Águas de São Jacinto, Leonel insiste em mantê-la sob seu domínio, querendo obrigá-la a se casar com Gaspar (Thiago Lacerda), filho do prefeito da cidade, em troca de ela assumir a presidência do Grupo Rubião, o mesmo posto pleiteado por Gilda (Mariana Ximenes), sua madrasta. Mas Marê tem outros planos. Está apaixonada e quer se casar com Orlando (Diogo Almeida), médico que conheceu em São Paulo. 
     
LEONEL RUBIÃO (Paulo Gorgulho) – É o patriarca da família Rubião, a mais rica e mais poderosa de Águas de São Jacinto, cidade que se desenvolveu à luz do complexo hoteleiro e balneário, fundado por ele. Empreendedor, otimista e expansivo, Leonel se tornou um homem soturno, reservado e impiedoso após a morte da primeira mulher, Maria Eugênia (Karen Marinho), a única que ele amou. Sem a reserva ética e moral de Eugênia, ele se envolve cada vez mais em falcatruas e conluios para manter e ampliar seu poder. Isso inclui um acordo com Anselmo (Paulo Betti), cuja candidatura a nomeação como prefeito pelo Interventor do Estado é apoiada por Leonel, em troca do direito quase “perpétuo” do empresário explorar as águas termais de São Jacinto – as nascentes estão em terras de Anselmo. Após a morte de Eugênia, Leonel casa-se com Gilda (Mariana Ximenes), mulher interesseira, ambiciosa e dissimulada, que esconde a rivalidade que sente em relação a Marê (Camila Queiroz), a única filha do marido. Uma rivalidade que se revela quando Leonel é misteriosamente assassinado e a madrasta arma uma farsa jurídica para que Marê seja condenada e presa, e perca o direito ao patrimônio do pai.     
     
GILDA RUBIÃO (Mariana Ximenes) – Mulher ambiciosa, além de mestra na arte da dissimulação. Casa-se com Leonel (Paulo Gorgulho) por interesse, de olho na presidência do Grupo Rubião. Tem uma rivalidade velada com a enteada, Marê (Camila Queiroz), que é a candidata natural ao cargo. Gilda prepara uma armadilha para Marê, incriminando-a pelo assassinato do pai, após um processo sujo e fraudulento. Marê e Gilda vão travar um embate sem tréguas, numa disputa pelo poder. 
     
ORLANDO GOUVEIA (Diogo Almeida) – Médico, conhece Marê (Camila Queiroz) em São Paulo, onde está concluindo a residência na Santa Casa de Misericórdia. Os dois se apaixonam loucamente. Impulsivo, apesar de amar Marê, decide se afastar dela quando cai em uma armação de Leonel (Paulo Gorgulho) para separar os dois. Para piorar as coisas, Orlando descobre que, no passado, Leonel e Virgílio (Christovam Neto), seu pai, foram sócios e que Leonel o acusou injustamente de um golpe, a fim de favorecer Anselmo (Paulo Betti). Como resultado, Virgílio e a família foram expulsos de Águas de São Jacinto, quando Orlando ainda era criança. Sem conseguir esquecer Marê, ele volta à cidade, oito anos depois, e então descobre todo o martírio sofrido por ela.   
     
OS RELIGIOSOS DA IRMANDADE
   
FREI SEVERO, O Padrão (Babu Santana) – Dominicano, é o “comandante” da Irmandade, único celebrante. Aparentemente durão e disciplinador, no fundo tem um grande coração. Não tem medo de enfrentar o prefeito Anselmo (Paulo Betti), nem Gilda (Mariana Ximenes).
 
FREI LEÃO, Vovô Leão (Tonico Pereira) – Franciscano, nascido na Itália, que, por suas condições físicas, não faz trabalhos pesados e vive quase que exclusivamente dentro da Irmandade. É o responsável por ensinar as primeiras letras e o catecismo à Marcelino (Levi Asaf) e seus amigos. Frei Leão é o mais irreverente e sonhador dos freis da Irmandade. Um direito que a idade avançada lhe conferiu.  
   
PADRE DONATO, Pai Papinha (Bernardo Berro) – Salesiano, bonachão, dedicado, sensível, é quem faz a comida, lava as roupas, recolhe os brinquedos que Marcelino espalha pela Irmandade. É muito moralista e envergonhado. Marcelino vive atormentando-o não só com suas estripulias, mas também com sua curiosidade a respeito da vida.  
   
FREI TOMÉ, Vovô Tomé (Tony Tornado) – Dominicano, tem muito jeito com as crianças, pois é bem-humorado e brincalhão, além de atrapalhado. É o antigo pároco, antecedeu Severo (Babu Santana). É tio de Antônio (Alan Rocha), pai de Manoel (Ygor Marçal) – o melhor amigo de Marcelino (Levi Asaf) –, e marido de Aparecida (Isabel Fillardis), a família de trabalhadores da queijaria que vive junto a Irmandade.   
     
PADRE DIÓGENES, Vovô Diógenes (Chico Pelúcio) – Jesuíta, tem bom coração, como os demais religiosos, mas às vezes é um tanto ranzinza. Hábil na costura, é o responsável por confeccionar e remendar os hábitos dos freis. Cinéfilo apaixonado, tem uma devoção quase religiosa pela sétima arte.  
    
FREI VITÓRIO (Antônio Pitanga) – Franciscano, depois de 40 anos como pároco da cidade de Três Pontas, partiu para Angola numa missão religiosa, e foi substituído por Frei Leão (Tonico Pereira), seu amigo desde que este migrara da Itália para o Brasil. Anos depois, já cansado pelos anos de sacerdócio, Leão é acolhido na Irmandade de Águas de São Jacinto e os dois vão se reencontrar ali, quando Frei Vitório regressa da Angola, exilado, com o objetivo de se aposentar depois de anos atuando no continente africano. Ali, Vitório trabalhou num campo de acolhimento para distribuir comida para tribos nômades macubais, subgrupo dos povos hereros do sul de Angola, e volta cheio de referências culturais e histórias para contar.
  
FREI JOÃO, Feijão (Allan Souza) – Dominicano, religioso sensível às causas sociais e às reivindicações políticas dos menos favorecidos, tem habilidades de marceneiro, pedreiro, eletricista e é responsável pela manutenção da Irmandade. No passado, teve um grande amor, Darlene (Carol Castro), mesmo já sendo frei. Depois de um período de muitas dúvidas e conflito interior, acabou decidindo por se manter fiel à Igreja. Mas esse dilema entre o amor e a vida monástica voltará a afligi-lo, quando Darlene aportar em Águas de São Jacinto, trazendo consigo a filha de ambos, Clara (Vitória Pabst), cuja existência ele nem suspeitava. Uma história que tem algo em comum com a de Orlando (Diogo Almeida). Não por acaso, os dois serão melhores amigos.    
    
NA ESCOLA    
    
PROFESSORA CELESTE (Cyda Moreno) – Professora da escola de Águas de São Jacinto, é progressista, preocupada com os alunos, e sempre interessada em desenvolver a humanidade das crianças. Vive sendo surpreendida pelas perguntas de Marcelino (Levi Asaf). É apaixonada por Popó (Apolônio Batista).  
  
DONA LEONOR (Rose Lima) – Atua como bedel e professora substituta da escola de Águas de São Jacinto. Adora praticar esportes, é decidida, justa e muito companheira de Celeste (Cyda Moreno).  
    
A FAMÍLIA EVARISTO 
 
ANSELMO EVARISTO (Paulo Betti) – Prefeito da cidade, dono da “Queijaria São Jacinto”, o que lhe rendeu a eterna alcunha de “Anselmo queijeiro”, pois é muito orgulhoso de sua produção. Casado com Cândida (Zezé Polessa), é amante, há muitos anos, de Verônica (Ana Cecília Costa), uma baiana que ele conheceu quando ela se mudou para Minas, e com quem teve um filho, Júlio (Daniel Rangel). Anselmo jamais assumiu o filho, mas financiou seus estudos na Faculdade de Direito em Belo Horizonte.
   
CÂNDIDA EVARISTO (Zezé Polessa) – Primeira-dama da cidade, mulher de Anselmo (Paulo Betti). Oriunda de uma família de políticos, foi por meio dela que o marido, Anselmo, conseguiu ser nomeado prefeito de São Jacinto. Dominadora e muito religiosa, por causa de uma promessa, obriga o filho Luís (Paulo Mendes) a se manter na Irmandade de acolhimento de sacerdotes idosos submetendo-o a chantagens e situações constrangedoras. É também a mulher forte por trás do prefeito, que nunca a enfrenta, preferindo agir pelas suas costas.
    
GASPAR EVARISTO (Thiago Lacerda) – Filho mais velho do prefeito Anselmo (Paulo Betti). O escolhido por Leonel (Paulo Gorgulho) para desposar Marê (Camila Queiroz) e sedimentar o acordo, que garante o direito do empresário de explorar as águas termais da cidade. Um rapaz ambicioso e sem escrúpulos. Vai ser seduzido por Gilda (Mariana Ximenes), que se alia a ele para dar o golpe em Leonel e Marê.  
    
IVAN EVARISTO (Bruno Montaleone) – Filho do meio, um dos três Irmãos Evaristo, trabalha como salva-vidas nas termas do Grande Hotel Budapeste. É cobiçado por todas as moças, moradoras e turistas de Águas de São Jacinto. A única que resiste aos seus encantos é Tânia (Iza Moreira), filha mais nova de Neiva Batista (Maria Gal) e camareira do Grande Hotel Budapeste. Tânia é apaixonada pelo irmão de Ivan, Luís (Paulo Mendes), noviço na irmandade dos frades.  
    
LUÍS EVARISTO (Paulo Mendes) – Não tem a menor vocação para a vida religiosa. Mas se submeteu à promessa da mãe, Cândida (Zezé Polessa).
    
FAMÍLIA BATISTA
 
APOLÔNIO BATISTA, Popô (Mestre Ivamar) – Pai de Neiva (Maria Gal), viúvo, concièrge do hotel, se gaba de conhecer intimamente todas as “personalidades” que por lá se hospedam, suas manias e peculiaridades. É um griô romântico, viveu um lindo casamento com Olímpia (Analu Prestes) e nunca mais se envolveu com ninguém, até se aproximar da professora da cidade e reencontrar o amor.  
    
NEIVA BATISTA (Maria Gal) – Viúva, filha da falecida Olímpia (Analu Prestes) e de Popô (Mestre Ivamar). Conhece Marê (Camila Queiroz) desde que ela é pequena e é sua grande confidente. Substitui a mãe, Olímpia, já falecida, trabalhando na casa de Gilda (Mariana Ximenes) e vive o conflito de não querer repetir a vida de Olímpia.    
    
ADÉLIA BATISTA (Malu Dimas) – Filha de Neiva (Maria Gal), trabalha como enfermeira. Informante de Gilda (Mariana Ximenes), mas tem o desejo forte de crescer na vida, progredir pelo próprio esforço e mudar a história da sua família.  
    
TÂNIA BATISTA (Iza Moreira) – Filha de Neiva (Maria Gal), camareira do Grande Hotel Budapeste. É disputada pelos irmãos Ivan (Bruno Montaleone) e Luís (Paulo Mendes), por quem é verdadeiramente apaixonada. Seu sonho é ser professora.    
    
AS NOGUEIRA  
    
DARLENE NOGUEIRA (Carol Castro) – Garçonete do café-concerto. Depois de enviuvar, vai a Águas de São Jacinto para procurar Frei João (Allan Souza), seu namorado do passado, e lhe apresentar sua filha, Clara (Vitória Pabst). O amor dos dois renasce após esse reencontro e João vai ficar dividido entre a vida religiosa e seu amor do passado.    
    
CLARA NOGUEIRA (Vitória Pabst) – Filha de Darlene (Carol Castro), tem oito anos. É cadeirante, consequência da poliomielite. É uma garota muito inteligente, com um interesse especial pelas ciências e a matemática, e vai conquistar o coração de Frei João (Allan Souza), seu pai. Será grande amiga de Marcelino (Levi Asaf).
    
A FAMÍLIA MONTEIRO    
    
ADEMAR (Gustavo Arthidoro) – Dono da Casa Minhota, a principal mercearia da cidade. Marido de Ione (Carol Badra). Teve um caso, nunca assumido com Sônia (Bárbara Sut), que engravidou dele. Sem seu apoio, a moça escondeu a gravidez de toda a cidade. Segue apaixonado por Sônia, mas não tem coragem de se separar da mulher.  
    
IONE (Carol Badra) – Esposa de Ademar (Gustavo Arthidoro), é alegre e muito interessada na vida alheia, é a fofoqueira oficial da cidade.
    
ANINHA (Valentina Melleu) – Filha de Ione (Carol Badra) e Ademar (Gustavo Arthidoro), tem oito anos. É amiga de Marcelino (Levi Asaf), que tem um carinho especial por ela.    
    
A FAMÍLIA MADUREIRA    
    
ANTÔNIO (Alan Rocha) – Pai de Manoel (Ygor Marçal), o melhor amigo de Marcelino (Levi Asaf). Antônio é sobrinho de Frei Tomé (Tony Tornado) e patriarca de uma família de sitiantes, que vivem junto à Irmandade. Trabalha na “Queijaria São Jacinto”, de propriedade do prefeito Anselmo Evaristo (Paulo Betti), junto com a esposa Aparecida (Isabel Fillardis) e seu afilhado, Justino (João Fernandes).  
    
APARECIDA (Isabel Fillardis) – Mulher de Antônio (Alan Rocha), mãe de Manoel (Ygor Marçal) e Sônia (Bárbara Sut). Vai ajudar os freis a criarem Marcelino (Levi Asaf), quando ele é abandonado, ainda bebê, na Irmandade. Uma mulher de coração bom e extremamente maternal, que tem um casamento perfeito com Antônio – os dois são tão apaixonados um pelo outro como no tempo em que eram namorados.  
    
SÔNIA (Bárbara Sut) – Filha mais velha de Aparecida (Isabel Fillardis). Trabalha como recepcionista do Grande Hotel. Ela se apaixona e se envolve com Ademar (Gustavo Arthidoro), de quem acaba ficando grávida. Superará os traumas e a dor que essa relação lhe traz e vai se aproximar de Júlio (Daniel Rangel) com quem vai viver um romance.   
    
MANOEL (Ygor Marçal) – O caçula de Aparecida (Isabel Fillardis) e Antônio (Alan Rocha), tem nove anos, e é o grande companheiro de estripulias de Marcelino (Levi Asaf).  
    
JUSTINO (João Fernandes) – Afilhado de Antônio (Alan Rocha) e Aparecida (Isabel Fillardis), agregado à família, trabalha na delegacia e ajuda na queijaria de Anselmo (Paulo Betti). É apaixonado por Sônia (Bárbara Sut), que o trata muito mal. Tem um bicho de estimação, de quem nunca se separa, Mindin, um burrinho que é seu “fiel confidente”.    
  
FAMÍLIA MEDRADO    
  
VERÔNICA (Ana Cecília Costa) – É a amante de Anselmo (Paulo Betti), o prefeito, com quem teve um filho, Júlio (Daniel Rangel), que ele nunca reconheceu. Verônica esconde do filho a verdade sobre sua origem. A vida inteira disse a Júlio que seu pai morreu de uma doença grave quando ele era muito pequeno. Ela ama loucamente Anselmo e, por isso, aceita essa situação. Mas não deixa de sofrer com isso. Verônica conheceu Anselmo quando vivia em Alfenas e o prefeito ia visitar um velho tio. Os dois se envolveram, Verônica ficou grávida e criou sozinha o filho até os seus três anos. Depois, decidiu mudar com o menino para São Jacinto e assim ficar mais perto de Anselmo, que há mais de 20 anos a enrola.
    
JÚLIO (Daniel Rangel) – É advogado de Marê (Camila Queiroz). Filho bastardo de Anselmo (Paulo Betti) e apaixonado por Marê desde a infância, vai ser o seu grande aliado na tentativa de provar sua inocência, recuperar o filho e sua condição de herdeira do império Rubião.  
    
FAMÍLIA ALBUQUERQUE  
    
DELEGADO CIRO ALBUQUERQUE (Beto Militani) – Homem ambicioso e de pouco caráter, é aliado de Gilda (Mariana Ximenes) e contribui para a prisão e condenação de Marê (Camila Queiroz).  
  
LÍVIA (Lucy Ramos) – Mulher do delegado e responsável pelo salão de beleza do Grande Hotel Budapeste. Uma mulher meiga, de grande instinto maternal e infeliz no casamento com aquele homem seco e truculento. Sem conseguir engravidar, convenceu o marido a adotar Tobias (Davi Queiroz), mesmo contra a vontade dele. Mãe dedicada, ama Tobias, a quem Albuquerque (Beto Militani) despreza, apesar do menino tê-lo como um herói.
   
TOBIAS (Davi Queiroz) – Filho de Ciro (Beto Militani) e Lívia (Lucy Ramos), tem oito anos, e chegou à família quando tinha dois. Tem grande admiração pelo pai que o despreza, por ele não ser seu filho biológico.  
    
DEMAIS PERSONAGENS:  
    
LUCÍLIA OLIVEIRA (Kenia Barbara) – Prima de Orlando (Diogo Almeida). Solteira, nutre desde muito jovem uma paixão doentia por Orlando e não vai medir esforços para conquistá-lo e ser sua esposa. Se tornará uma aliada de Gilda (Mariana Ximenes) para tentar separar o primo e Marê (Camila Queiroz). E, principalmente, reaver o dinheiro do tio – afastado da sociedade com Leonel (Paulo Gorgulho), acusado injustamente de um golpe.  
    
TURÍBIO FONSECA (Glicério do Rosario) – Jornalista, é um homem sem princípios, e um dos primeiros a ser comprado por Gilda (Mariana Ximenes) em sua grande armação contra a enteada. Dono da “Gazeta de São Jacinto”, incita, através do jornal, a opinião pública contra Marê (Camila Queiroz) e está sempre promovendo a boa imagem de Gilda e bajulando os poderosos da cidade para proveito próprio. É um homem rude e deselegante, que vive uma relação abusiva com a esposa, Elza (Raquel Karro).  
  
ELZA FONSECA (Raquel Karro) – Esposa de Turíbio (Glicério do Rosario), profundamente infeliz no casamento, é constantemente destratada, humilhada e agredida por ele. Se apaixona e tem um caso com Odilon (Bruno Quixotte), repórter e fotógrafo da Gazeta.
  
ODILON FERNADES (Bruno Quixotte) – Jornalista e fotógrafo da “Gazeta de São Jacinto.” É amigo do patrão, Turíbio Fonseca (Glicério do Rosario), mas acaba se apaixonando pela mulher dele, Elza Fonseca (Raquel Karro).    
   
SÍLVIO PACHECO (Bukassa Kabengelle) – Promotor de Justiça. Magistrado muito respeitado, mas se vende para Gilda (Mariana Ximenes) a peso de ouro, se tornando uma peça-chave no plano da vilã para conseguir a condenação de Marê (Camila Queiroz). É apaixonado pela mulher, Wanda (Juliana Alves).
  
WANDA PACHECO (Juliana Alves) – Esposa do promotor Sílvio Pacheco (Bukassa Kabengelle), nem de longe suspeita que o marido foi comprado por Gilda (Mariana Ximenes). Uma mulher moderna, de espírito cosmopolita, é dona da loja “A Brasileira Elegante”, que oferece, entre seus artigos, produtos femininos “ousados” para a mentalidade interiorana da época, como tops, calças compridas e terninhos. Roupas que ela mesma não se furta a usar, chegando a causar um choque entre as figuras mais conservadoras da cidade, como o prefeito Anselmo Evaristo (Paulo Betti).  
    
CATARINA SIQUEIRA (Cristiane Amorim) – Camareira do Grande Hotel Budapeste. Ex-amante do jardineiro Ronaldo Monteiro (Breno Filippo), será uma testemunha-chave para que Marê (Camila Queiroz) ganhe a liberdade.
    
ÉRICO REQUIÃO (Carmo Dalla Vecchia) – Advogado e membro da diretoria do Grupo Rubião. Grande amigo de Leonel (Paulo Gorgulho), vai se recusar a defender Marê (Camila Queiroz) quando ela é acusada de ter assassinado o pai. Anos depois, convencido de sua inocência, se redime e vai apoiar a moça quando ela sai da prisão e reivindica a presidência da empresa no lugar de Gilda (Mariana Ximenes).
  
JESUS (Jorge Florêncio) – O Jesus de Marcelino (Levi Asaf). Amigo e confidente do menino, ele está presente em seu caminho, sempre nos momentos que o menino precisa de ajuda ou aconselhamento. Ele também se manifesta como uma pomba branca e viverá no crucifixo que fica no sótão da Irmandade.  
    
DR. ÍTALO MIRANDA (Genézio de Barros) – Velho amigo de Leonel (Paulo Gorgulho), e único médico das termas do Grande Hotel Budapeste, além de diretor do Hospital de São Jacinto. Viúvo e solitário, é um aficionado por literatura. Vive uma rotina sobrecarregada de trabalho, até a chegada de Orlando (Diogo Almeida), que se torna seu colega, amigo e protegido.
  
RONALDO MONTEIRO (Breno Filippo) – Jardineiro do Grande Hotel, casado, tem um caso com Catarina (Cristiane Amorim), sua colega de trabalho no hotel. Depois da morte de Leonel (Paulo Gorgulho), pressionado, depõe contra Marê (Camila Queiroz), mediante suborno de Gilda (Mariana Ximenes), e em seguida desaparece de Águas São Jacinto com a esposa.

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