Edward Hopper: o pintor do isolamento social é retratado em documentário

Divulgação curta!

''A tela em branco é como a página em branco: começa-se do zero''. É com essa provocação e com a expectativa do que o artista pode colocar de si mesmo em uma obra que o diretor Jean-Pierre Devillers dá a partida no documentário "Edward Hopper e a Tela em Branco". A produção francesa que explora a vida e a obra do famoso pintor norte-americano chega agora ao Curta!.

O filme examina a singularidade da arte de Hopper, apresentando muitos dos seus trabalhos, como os famosos "Nighthawks", “Gas”, “Morning Sun”, "Cape Cod Morning" e "Office at Night". O documentário também aborda a vida pessoal do artista, incluindo seu relacionamento com sua esposa e musa, Josephine Nivison Hopper. O público é levado em uma viagem de imagens impressionantes a lugares que inspiraram as pinturas do artista, que se celebrizou por cenários ermos e personagens arredios. Essa temática fez com que os quadros do pintor, morto em 1967, fossem muito relembrados durante o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19.  

O documentário oferece uma visão única sobre a arte de Hopper, com entrevistas com especialistas e análises de suas pinturas. O filme mostra como ele revolucionou a arte americana com suas imagens evocativas e atmosféricas que capturaram a essência da solidão e do isolamento da vida moderna. É uma homenagem ao legado duradouro de Hopper e sua importância na história da arte mundial.

"Edward Hopper e a Tela em Branco" também está disponível no Curta!On – Clube de Documentários, que pode ser acessado na ClaroTV+ ou no site CurtaOn.com.br. A exibição é na Terça das Artes, 28 de março, às 22h30.

Billie Holiday: documentário conta a história do ícone do jazz americano

Logo nos primeiros minutos do documentário “Lady Day – As Várias Faces de Billie Holiday”, a ser exibido no Curta!, o escritor Albert Murray faz uma pergunta para a câmera: “Quantos artistas que criaram obras-primas tiveram problemas pessoais insuperáveis?”; e conclui: “Nós celebramos o fato de que alguém com esses problemas pôde alcançar um nível tão alto de realização estética”. As palavras sintetizam o que o espectador verá dali em diante no filme.

A vida conturbada de Holiday e seu vício em heroína, contudo, não são explorados de modo sensacionalista pelo diretor Matthew Seig. A narrativa enfoca as dificuldades que a artista teve de superar e os seus muitos sucessos musicais. A atriz Rudy Dee participa da produção lendo trechos da autobiografia de Holiday, publicada em 1956, apenas três anos antes de sua morte, aos 44 anos. 

Na verdade, como mostra o filme, o livro foi escrito não pela própria cantora, mas pelo escritor William Dufty e tem passagens romantizadas da vida de Holiday. Ela teve uma infância pobre em Baltimore, onde cantava em bordéis e outras espeluncas. Aos 12 anos, foi para Nova York, onde passou a cantar em bares clandestinos e muquifos de venda de maconha. 

Foi num clube de jazz que o produtor John Hammond a ouviu pela primeira vez e a levou para a indústria fonográfica. Ela passaria pelas bandas de Count Basie e Artie Shaw antes de estourar com sua interpretação dramática da canção de protesto “Strange fruit”. 

O longa-metragem conta essa história com um vasto acervo de imagens de época e performances de Holiday. Entre os entrevistados, estão o escritor Albert Murray, a cantora Carmem McRae e o trompetista Buck Clayton, que tocou ao lado de Holiday.

“Lady Day - As Várias Faces de Billie Holiday” é uma homenagem emocionante a uma das maiores artistas de jazz da história. O filme também está disponível no Curta!On – Clube de Documentários, que pode ser acessado na ClaroTV+, ou no site CurtaOn.com.br. A exibição é na Segunda da Música, 27 de março, às 21h30.

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 27/03

21h30 – “Lady Day - As várias faces de Billie Holiday” (Documentário)

"Lady Day: As Muitas Faces de Billie Holiday" nos conta a história de uma das maiores cantoras de jazz de todos os tempos. Embora Billie Holiday tenha vivido uma vida cheia de tragédias, este documentário se concentra mais em suas conquistas como cantora e em sua excepcional habilidade de transmitir emoções por meio de sua voz. Direção: Matthew Seig. Duração: 59 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 28 de março, terça-feira, às 01h30 e às 15h30; 29 de março, quarta-feira, às 09h30; 01 de abril, sábado, às 20h30; 02 de abril, domingo, às 13h00.

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 28/03

22h30 – “Edward Hopper e a Tela em Branco” (Documentário)

O fascínio que as pinturas de Edward Hopper exercem tem a ver com a dosagem relevante de reminiscência e estranheza que o pintor introduz em sua concepção. O filme se baseia em imagens raras de Hopper e na coleção de documentos, cadernos e fotos que sua esposa, Josephine, cedeu ao Whitney Museum. Cada etapa pictórica em seu caminho é contrastada com a história social, política e cultural americana. Direção: Jean-Pierre Devillers. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 29 de março, quarta-feira. às 02h30 e às 16h30; 30 de março, quinta-feira, às 10h30; 01 de abril, sábado, às 14h30; 02 de abril, domingo, às 23h.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 29/03

23h – “Cannes, um Festival pela Liberdade” (Documentário) 

Um dos eventos de cinema mais importantes do mundo, o Festival de Cannes tem suas origens marcadas pela guerra e pela política. A trajetória de coragem de seus criadores, os visionários Philippe Erlanger e Jean Zay, é o fio condutor dessa história de arte e resistência. Dirigido por Frédéric Chaudier, o filme começa em 1938. Naquele ano, Philippe Erlanger — jornalista e crítico de arte que ocupava altos cargos no governo francês — se revolta diante do domínio nazifascista sobre o Festival de Veneza que acabara de ocorrer. Por isso, resolve organizar um festival pela liberdade e contra o autoritarismo e a barbárie iminente. Jean Zay, judeu e ministro da Educação Nacional e Belas Artes, une-se à empreitada de Philippe e, juntos, trabalham para inaugurar o Festival de Cannes em 1º de setembro de 1939. Porém, na madrugada do mesmo 1º de setembro de 1939, Hitler invade a Polônia e a guerra é deflagrada na Europa. Direção: Frédéric Chaudier. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 30 de março, quinta-feira, às 03h e às 17h; 31 de março, sexta-feira, às 11h; 01 de abril, sábado, às 21h35; 02 de abril, domingo, às 14h05.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 30/03

22h30 – “Chomsky e Cia” (Minissérie em duas parte) - Parte 1

Hoje com 94 anos, o americano Noam Chomsky é um dos pensadores mais influentes do mundo desde a segunda metade do século XX. Neste documentário, Daniel Mermet e Olivier Azam examinam seus ideais políticos, e seus métodos muitas vezes controversos de análise dos truques e paradoxos no funcionamento das democracias neoliberais. Os diretores entrevistam Chomsky, que dificilmente atende a imprensa, e embarcam em uma viagem através de cidades americanas e europeias a fim de encontrar seguidores de uma forma libertária de pensamento. Direção: Olivier Azam e Daniel Mermet. Duração: 54 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 31 de março, sexta-feira, às 02h30 e às 16h30; 01 de abril, sábado, às 09h; 02 de abril, domingo, às 00h30.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 31/03

23h – “O Pessoal é Político” (Documentário) 

O documentário retrata a Segunda Onda Feminista no Brasil, com destaque para os anos de 1975 a 1985, período instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a Década Internacional da Mulher. No longa, são evocados fatos e acontecimentos como: a participação das mulheres na luta armada contra o regime militar; a participação brasileira na Primeira Conferência Mundial sobre as Mulheres, na Cidade do México; a publicação dos primeiros periódicos feministas; a militância de mães e esposas no Movimento Feminino pela Anistia; e, por fim, o legado que essas mulheres corajosas e precursoras deixaram para os dias atuais, como a Lei do Divórcio, o novo Código Civil e a reforma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Direção: Vanessa de Araújo Souza. Duração: 53 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 01 de abril, sábado, às 03h; 02 de abril, sábado, às 11h.

Sábado, 01/04

22h35 - “Clementina” (Documentário) 

Uma viagem através das músicas e da história de Clementina de Jesus. Marcada na história da MPB pela sua voz excepcional e repertório de música afro brasileira, essa neta de escravos trouxe com o seu canto a alegria, a potência e o drama da condição do negro no Brasil. É considerada por muitos o elo perdido entre a cultura brasileira e as raízes africanas. Direção: Ana Rieper. Duração: 75 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 27 de março, segunda-feira, às 22h35; 28 de março, terça-feira, às 02h35 e às 16h35; 29 de março, quarta-feira, às 10h35; 02 de abril, domingo, às 15h.

Domingo, 02/04

19h30 – “Sobre Sonhos e Liberdade” (Documentário)

Em que contexto foi assinada a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, e quais as consequências da abolição da escravatura, da forma como foi feita, para os milhares de negros que trabalhavam nas lavouras e nas cidades e para os seus descendentes? O documentário coloca essas questões em discussão, com depoimentos de historiadores, cientistas sociais, ativistas e artistas. Quando o decreto da abolição foi assinado, o pano de fundo era uma crescente luta dos negros não só por liberdade, mas por igualdade de direitos. A historiadora Wlamyra Albuquerque, uma das entrevistadas do filme, afirma que a “canetada” da Princesa Isabel “esvaziou o sentido político da escravidão” e criou um novo episódio em uma “luta que começa quando chega o primeiro navio negreiro”. O também historiador Walter Fraga complementa que “a abolição foi uma resposta a essa movimentação toda que estava acontecendo nas senzalas. Foi uma maneira de frear um processo que poderia ter consequências imprevisíveis”. Desde a década de 1830, somavam-se processos judiciais impetrados por africanos que reivindicavam liberdade, como lembra o historiador Luiz Claudio Dias do Nascimento. Era comum, também, a fuga de trabalhadores negros das senzalas. As comunidades quilombolas fundadas por esses rebeldes são visitadas pelo filme, que mostra o papel de protagonismo das mulheres nelas. Direção: Marcia Paraiso e Francisco Colombo. Duração: 70 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 31 de março, sexta-feira, às 21h30; 01 de abril, sábado, às 01h30 e às 13h.

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