''Os times têm que perder jogos por conta de racismo'', diz Fred Bruno, do Desimpedidos, no Provoca de terça (04)

Foto Beatriz Oliveira

Na terça-feira (4/6), Marcelo Tas conversa, no Provoca, com o jornalista e influenciador digital Fred Bruno, do canal Desimpedidos. Na entrevista, ele explica o que é o Desimpedidos, que existe desde 2013; conta sobre o sonho de ser jogador de futebol desde pequeno e sua paixão pelo esporte até hoje; sobre sua infância vendendo doces com sua mãe na porta da escola; fala sobre racismo, machismo, saúde mental e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, no app Cultura Play, além do YouTube, Facebook e X, a partir das 22h.
 
Na edição, Tas pergunta sobre saúde mental no futebol. “Eu tive uma conversa com o Richarlyson recentemente que viralizou no mundo da psicologia, viralizou entre vários torcedores porque ele fala: ‘Fred, eu ia para Seleção, jogava mal, voltava, não queria treinar, não queria sair de casa, tinha lesão por conta disso e aí o meu fisioterapeuta falou: 'como estão as coisas? Tudo bem?' E eu falei não, estou com problema em casa, e ele falou: 'vai na terapeuta'. Acho que o caminho seja esse, cada vez mais termos jogadores falando sobre isso porque você vai quebrando esse tabu”, diz Fred.
 
Como tratar de temas como o racismo no futebol?, indaga Tas. “Eu acho que o primeiro é a conscientização, das pessoas se informarem, lerem e ouvirem sobre o assunto e, infelizmente, eu acho que outro método eficaz é a punição. Os times têm que perder jogos por conta de racismo. Teve caso de racismo? Foi 3 X 0 pro Valência, não interessa, 3 X 0 pro Real Madrid. Se explicando as pessoas não entendem, então que seja na base da punição”, expõe o jornalista.
 
Em outro momento do Provoca, o influenciador responde quem o ensinou sobre o machismo. “Teve um momento muito marcante dentro dos Desimpedidos, porque nós tínhamos um quadro dentro do Desimpedidos que chamava Momento Boiola, a gente pegava posts de jogadores que tinham algum trejeito e ficava zuando em cima daquilo. O púbico amava na época. E eu fui fazendo e foi me incomodando, até porque meu irmão na época se considerava mulher e era lésbica, e eu pensei, pô eu tenho uma pessoa homossexual dentro de casa e eu tô fazendo piadas homossexuais, não faz o menor sentido. E aí aquilo começou a me incomodar, e o quadro estava estourando, e eu anunciei que não ia fazer mais, aí tomei um hater gigantesco."
 
Sobre sua mãe, Fred diz: “Minha mãe foi vendedora ambulante (...) e eu trabalhei com ela desde os meus 9 anos vendendo doce na porta da escola. Tas pergunta: 'já fugiu do rapa?' “Várias vezes, uma das maiores tristezas, minha mãe tinha uma barraquinha que a gente montava (...) e lembro de ver minha mãe chorando que o dinheiro do mês tinha sido levado pela polícia”, relembra.
 
Tas pergunta aonde ele quer chegar. “Eu quero cada vez mais estar na vida das pessoas, pelo celular, pela televisão, fazer diferença na vida das pessoas, mas acima de tudo divertir elas. Eu não consigo me comunicar, me relacionar com as pessoas se eu não diverti-las”.

Anderson Ramos

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