Paola Carosella revela história com Slash e bastidores de turnês internacionais no Na Palma da Mari

Foto: CNN Brasil

Durante o novo episódio do Na Palma da Mari, a chef Paola Carosella e o humorista Fabão se encontraram para uma conversa leve e cheia de boas histórias com Mari Palma. Entre lembranças divertidas, desabafos sinceros e reflexões sobre a vida digital, os dois convidados mostraram lados pouco conhecidos de suas trajetórias.

Dispensa em Slash e bastidor com Madonna

Paola relembrou o período em que trabalhou em serviços de catering para grandes turnês internacionais, e surpreendeu ao contar que chegou a ''dispensar'' o guitarrista do Guns N’ Roses. ''Durante dois anos a gente cozinhou para Metallica, Kiss, Madonna, Ziggy Marley, Peter Gabriel, Guns N’ Roses. Eu cruzei com o Slash no catering, ele entrou para perguntar, e o Slash fala espanhol por algum motivo, que horas a gente servia o almoço e eu mandei ele embora. Falei: 'Não, aqui a gente só serve a banda'. Depois alguém me deu um chute e eu saí voando, e eu peguei ele e trouxe de volta'', contou.

 

A chef também recordou o trabalho nos bastidores de um dos shows de Madonna, e depois nas gravações do filme Evita, dirigido por Alan Parker. ''Foram dois meses cozinhando, mas eu a vi duas vezes de longe. Ela estava grávida da Lourdes, e eu acho que ela não comia muita comida, não'', disse.

 

Relação com as redes

O episódio também abordou o impacto das redes sociais e a forma como cada um lida com a exposição. ''Eu não sou uma voz importante na internet, porque cada vez eu uso menos. Eu peço desculpas às pessoas que me seguem, porque eu não entrego nada. É triste, mas eu adorava abrir a câmera e fazer alguma coisa, só que agora é tudo complicado. Você abre a câmera, precisa escolher a música, a música tem que ser trend, tem que editar, e eu não sei editar. Dá muito trabalho, deixa eu viver'', afirmou Paola.

 

Fabão, que soma milhões de visualizações nas redes, também refletiu sobre o equilíbrio entre humor e seriedade. ''Um dia eu falei assim: eu gostaria de ser levado mais a sério. Aí eu li um comentário que dizia: o Fabão sofre da síndrome do palhaço de circo, que é quando o palhaço decide falar sério e o picadeiro não dá risada. E eu falei: cara, é muito isso. Hoje eu tô aprendendo a dosar, porque com humor dá pra fazer tudo, mas tem hora que a gente precisa dosar. Talvez eu não precise entrar nessa trend. Talvez eu não precise comentar sobre tudo.''

 

Diferença entre vida real e digital

Entre os temas mais sinceros da conversa, os dois falaram sobre o peso da exposição e a sensação de viver entre dois mundos. ''Existiu um momento em que parecia que a gente tinha duas vidas: a real e a da rede social. Precisava se manifestar sobre todos os assuntos, celebrar quem nascia, ficar triste por quem morria. Agora tá claro que a gente não precisa fazer isso. Temos vidas para cuidar. E o que a gente apresenta nas redes sociais, se é verdadeiro e honesto, é maravilhoso'', disse Paola.

 

Fabão completou: ''Uma vez me perguntaram sobre posicionamento político. Eu falei assim: eu enquanto homem preto gay vivo, sou um posicionamento político. Quer que eu abra a câmera e faça um vídeo de cinco minutos falando? Posso fazer, mas eu não quero. Acho que eu abrir a câmera e mostrar que eu estou bem, que eu tô vivo, que eu tô conseguindo viver ajudando as pessoas que estão ao meu redor, já é o suficiente.''

 

Aprendizado com o Master Chef

Paola também refletiu sobre sua trajetória na gastronomia e o aprendizado com o MasterChef. ''Para mim, a mais importante de todas é a de se divertir. De trazer leveza, sem deixar de ser respeitoso à profissão de cozinheiro. O MasterChef mostrou ao Brasil a disciplina, a seriedade, a estrutura. Mas não é a única parte da cozinha. Existem tantas outras maneiras de se relacionar com a comida.''

 

A chef lembrou ainda um conselho marcante de Ana Paula Padrão. ''A gente tava gravando o MasterChef, e eu devia estar séria, muito preocupada, porque eu sou uma mulher que trabalha muito. E ela falou: 'Amiga, você não tá se divertindo, não?'. E eu pensei: por que eu não tô me divertindo? Eu tenho essa oportunidade maravilhosa e tô sendo cruel comigo mesma.''

 

Amizade, conexão e afeto

Paola e Fabão também contaram como se conheceram e se tornaram amigos. ''A gente se conheceu porque pessoas legais devem se juntar. Essa é a dica que eu deixo para todos. Se você gosta de alguém que você vê na internet, manda uma mensagem. Foi o que eu fiz'', contou Paola.

 

Em outro momento, Fabão divertiu o público ao relembrar sua primeira viagem internacional, quando foi a Paris para cobrir as Olimpíadas. ''Eu estava em Paris, já meio chocado, e me surge uma Sabrina Sato super alegre me abraçando. Nas fotos eu tô muito alegre, e por dentro eu tô tipo: o que tá acontecendo? Eu sou fã dela!'', brincou.

Na Palma da Mari

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