Cinema Novo é o tema do próximo Cinejornal do Canal Brasil

Divulgação

A próxima edição do Cinejornal do Canal Brasil resgata um dos momentos mais marcantes da sétima arte brasileira, o Cinema Novo. Na segunda, dia 03/05, às 19h45, Simone Zucolotto conversa com Luiz Carlos Barreto, Affonso Beato, Zelito Viana e Cacá Diegues. Na sequência, tem início a Mostra Luiz Carlos Barreto, em homenagem aos 93 anos do produtor, com a exibição de “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha.

Os cineastas começam a conversa fazendo uma homenagem a Ruy Guerra, outro grande realizador brasileiro, que não pôde estar presente. Cacá Diegues lembra que o diretor trouxe muitas técnicas da Europa que influenciaram a linguagem do Cinema Novo. Ele diz que no início do movimento, eles acreditavam que poderiam mudar o mundo através do cinema. “Ninguém estava registrando o país de verdade e a gente queria fazer isso”, lembra Cacá.

Barretão ressalta o impacto do movimento brasileiro no resto do mundo. “Não só economicamente, como esteticamente, o Cinema Novo foi um acontecimento internacional”. Affonso Beato complementa, lembrando de um episódio em que o diretor estadunidense Martin Scorsese discursou durante mais de uma hora sobre Glauber Rocha. “Eu acho que nós mudamos o Brasil, nós mudamos as gerações novas, nós mudamos o Estado”, diz ele. O Cinema Novo também foi responsável por um legado nas leis do audiovisual do país. Naquela época, foi criada a Embrafilme, os conselhos e toda a estrutura que hoje possibilita produzir cinema no país.

Zelito Vianna chama a atenção para o fato de que nada seria possível sem as mudanças tecnológicas dos equipamentos cinematográficos. Eles diminuíram e se tornaram mais leves, permitindo que os cineastas não se prendessem às filmagens de estúdio. “Ajudaram muito os autores a se expressar com mais facilidade e mais criatividade”, diz Vianna. No fim, Barretão volta a destacar a relevância do Cinema Novo na vida da população brasileira. “Teve a mesma ou maior importância que a Semana de Arte Moderna de 22”. Segundo ele, diferentemente da Semana de 1922, o movimento não se limitou às elites, atingiu a classe média e parcelas do povo. Ao final da conversa, os cineastas chegam a um consenso e elegem “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha, como o mais marcante do Cinema Novo.

Cinejornal 
Horário: segunda, 03/05, às 19h45
Apresentação: Simone Zucolotto
Convidados: Luiz Carlos Barreto, Affonso Beato, Zelito Vianna e Cacá Diegues.

Terra em Transe (1967) (108’)
[Mostra Luiz Carlos Barreto]
Horário: segunda, dia 03/05, às 20h
Classificação: 14 anos
Direção: Glauber Rocha

Sinopse: País fictício da América Latina, Eldorado é palco de uma convulsão interna desencadeada pela luta em busca do poder. No centro dos acontecimentos, está o cínico jornalista Paulo Martins.

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