Bárbara Colen fala de sua estreia em novelas como uma ex-modelo internacional: 'A Gisele Bündchen foi o principal referencial'

Divulgação Globo/João Miguel Júnior

Revelada no longa-metragem ‘Aquarius’ (2016), sucesso em ‘Bacurau’ (2019), a atriz Bárbara Colen faz sua estreia em novelas em ‘Quanto Mais Vida, Melhor!’, próxima novela das sete, com estreia prevista para 22 de novembro. Na trama, ela vive Rose, uma ex-modelo internacional, parou de trabalhar a pedido de Guilherme (Mateus Solano) logo que engravidou de Antônio (Matheus Abreu). Apesar da rebeldia do filho, consegue estabelecer com ele uma relação de mais confiança, melhor do que o jovem tem com o pai. Sofisticada e viajada, teve uma vida de luxo graças ao casamento, mas carrega um amor mal resolvido.

Quando desfilava na Europa, conheceu e viveu uma paixão avassaladora com Neném (Vladimir Brichta), mas que também durou pouco, por conta da vida boêmia que ele levava. Ao se separarem, reencontrou Guilherme, que logo a pediu em casamento. O reencontro com o craque acontece da forma mais inesperada possível: o destino fez com que ele e o marido dela passassem juntos por uma experiência de quase morte, que vai mudar a vida dos dois.
 
Muito depende do marido, Rose se aproxima da Dra. Joana (Mariana Nunes), médica competente, que sonha tirar do papel o projeto de construção de uma ala pública dentro do Clínica Monteiro Bragança, para atendimento gratuito de crianças com problemas cardíacos. A ex-modelo então encontra no trabalho voluntário um novo propósito para sua vida, justamente quando a paixão antiga e mal resolvida por Neném volta a assombrá-la. Na entrevista abaixo, a atriz conta sobre o processo de criação dessa personagem, que exigiu dela também um mergulho no mundo da moda.
 
Como é que você define a Rose?
A Rose é uma mulher solar, amorosa e leal. Ela tem uma atitude generosa e positiva com a vida.  É uma mulher sofisticada e discreta, que foi modelo internacional, viajou pelo mundo, viveu no exterior, mas abandonou a carreira ao ficar grávida, para se dedicar à sua família. Porém, seu marido, o Guilherme, é um homem extremamente possessivo e ciumento, e, com o passar do tempo, esse jeito controlador dele foi reprimindo sua força. Ela acabou perdendo espaço e voz dentro da sua própria vida. Agora, ela está percebendo em si o desejo de buscar um sentido maior e de resgatar o ímpeto da sua juventude, para romper com as relações de dominação que a reprimiam.
 
Em quem se inspirou para fazê-la?
A Rose é uma heroína romântica. E quando se interpreta a “mocinha” da novela é preciso buscar um equilíbrio entre as qualidades de alguém que é bom e que acredita nas outras pessoas, com uma força e integridade, para que a personagem não fique rasa ou ingênua. Então, me inspirei em várias atrizes que conseguem fazer isso muito bem. E como estética e tom da personagem, a Gisele Bündchen foi o principal referencial. Até mesmo para a construção do conceito do figurino.
 
Como você chegou à Quanto Mais Vida, Melhor? Nunca tinha feito novelas e tinha vontade de experimentar essa linguagem?
Exatamente! Nunca tinha feito novelas. Tinha muita vontade! Por vários motivos. Primeiro, porque no nosso país a teledramaturgia é o carro-chefe. O Brasil domina com maestria essa linguagem e acho que qualquer ator brasileiro precisa ter contato com ela. Até porque, os atores da minha geração cresceram vendo novela, né? Até a adolescência, eu era muito noveleira. É algo que já temos interiorizado e foi algo surpreendente para mim perceber o quanto eu já tinha de memória dessa linguagem, sem nunca ter feito. Em segundo lugar, é fascinante o alcance que as novelas têm no Brasil. E essa possibilidade de ver seu trabalhando chegando a milhões de espectadores é algo que acho comovente. A sensação de que você realmente estar se comunicando com um grupo enorme de pessoas, de várias regiões e classes sociais, me traz uma satisfação imensa como artista.
 
Comente sobre esse triângulo amoroso em que a Rose está envolvida.
É um triângulo dificílimo! De um lado, está um casamento de quase 20 anos, uma casa, um filho, e o Guilherme, que, apesar de ser um homem muito ciumento, é extremamente amoroso e protetor com a Rose. Ela se sente muito segura e cuidada por ele.  Mas, de outro lado, existe essa paixão do passado pelo Neném. Eles tiveram um encontro supercurto, nos tempos que ela trabalhava como modelo, mas foi paixão lancinante. E a memória desse caso de amor é algo muito presente, que ela não consegue abandonar.
 
Rose é uma ex-modelo internacional. como foi sua imersão nesse mundo para vivê-la?
Procurei ver muitos filmes a respeito desse universo, tanto de ficção quanto de documentário: ‘Blow Up’, ‘O Diabo Veste Prada’, ‘Franca: Chaos and Creation’, ‘Coco Antes de Chanel’, ‘Bonequinha de Luxo’, entre outros.
 
‘Quanto Mais Vida, Melhor!’ é um convite a uma viagem por um mundo divertido e lúdico, com estreia no dia 22 de novembro. A próxima novela das sete é criada e escrita por Mauro Wilson, com direção artística de Allan Fiterman. É escrita com Marcelo Gonçalves, Mariana Torres e Rodrigo Salomão, com direção geral de Pedro Brenelli e direção de Ana Paula Guimarães, Natalia Warth, Dayse Amaral Dias e Bernardo Sá. No elenco, estão nomes como Vladimir Brichta, Giovanna Antonelli, Mateus Solano, Valentina Herszage, Elizabeth Savala, Marcos Caruso, Ana Lucia Torre, Mariana Nunes, Bárbara Colen, entre outros. A produção é de Raphael Cavaco e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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